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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

CPI investiga ONG Cuiabá que não prestou contas de R$ 9,4 milhões na linha de fogo: o deputado Carlos Abicalil (PT-MT).


O impasse entre base aliada e oposição paralisou a CPI das ONGs.

Não se votam pedidos de quebra de sigilo bancário ou convocação de representantes de entidades suspeitas de cometer irregularidades no uso do dinheiro público. Longe dos holofotes, porém, os técnicos da comissão seguem na garimpagem. E têm feito descobertas que exigem aprofundamento da investigação. A mais nova coloca um político da base aliada na linha de fogo: o deputado Carlos Abicalil (PT-MT).

Pessoas ligadas ao petista aparecem vinculadas a uma organização não-governamental do Mato Grosso, base eleitoral do parlamentar.

Trata-se do Instituto de Apoio ao Desenvolvimento Humano e do Meio Ambiente. Ou apenas Instituto Trópicos, seu nome fantasia.

A entidade recebeu verbas da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), ligada ao Ministério da Saúde, e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). No total, foi beneficiada com cerca de R$ 13 milhões entre 2001 e 2004.

De acordo com a (CGU), o instituto se encontra na situação de inadimplente com o governo federal. São quatro convênios firmados com a União — três com a Funasa e um com a Superintendência Estadual do Incra em Mato Grosso — que envolvem mais de R$ 9,4 milhões. A ONG não deu satisfação do que fez com parte do dinheiro recebido.

Ao rastrear os CPFs dos responsáveis por esses convênios na Receita Federal, chega-se a um dos homens de confiança de Carlos Abicalil: Wilmar Schrader, comandante do escritório político do deputado em Cuiabá. Sob os cuidados de Schrader, o Instituto Trópicos firmou três convênios com a Funasa para cuidar da saúde de comunidades indígenas do Mato Grosso. Esses três contratos estão inadimplentes, segundo os dados enviados pela CGU aos técnicos da CPI.

O chefe de gabinete de Abicalil foi responsável pela ONG criada em 1996 até 2002, quando o petista se elegeu para uma vaga na Câmara dos Deputados. Advogado, Schrader se desligou da entidade e passou, depois, a cuidar dos interesses parlamentares do congressista em Cuiabá.

O assessor de Abicalil é ligado ao PT mato-grossense — é integrante da Comissão de Ética do partido no estado para as eleições municipais deste ano. Em 2006, ano em que o deputado conseguiu se reeleger para mais quatro anos no Congresso, Schrader doou ao parlamentar R$ 928. LEIA MAIS:


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