Avaliação é que a imagem de descer a rampa é muito forte e pode ser interpretada como 'capitulação' e 'entrega' do governo para Temer
Por Vera Rosa
O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff pediu para auxiliares suspenderem a cerimônia de descida da rampa do Palácio do Planalto depois que o plenário do Senado aprovar o impeachment contra ela, em votação prevista para esta quarta-feira, 11.
O governo dá como certo o afastamento de Dilma por até 180 dias.
A presidente Dilma Rousseff
A avaliação é que a imagem de descer a rampa é muito forte e pode ser interpretada como “capitulação” e “entrega” do governo para o vice-presidente Michel Temer. Dilma, ao contrário, quer passar a ideia de que a gestão Temer é ilegítima.
Representantes de movimentos sociais ainda pretendem fazer uma caminhada do Planalto até o Palácio da Alvorada, sede da residência oficial, em protesto contra o impeachment. Se não houver nenhuma mudança no roteiro da votação, a caminhada deverá ocorrer na quinta-feira, 12. Dilma, porém, não participará do ato.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva almoçou nesta terça-feira, 10, com os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e José Eduardo Cardozo (Advocacia Geral da União) no hotel Royal Tulip, em Brasília. Um dos assuntos discutidos foi a demissão coletiva dos ministros. Agora, Dilma estuda só dispensar os auxiliares que quiserem sair, e não mais toda a equipe, como estava combinado.10 Maio 2016
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