Partido avisa que ministros vão ter que deixar os cargos
Por Júnia Gama, Simone Iglesias
e Cristiane Jungblut
O Globo
BRASÍLIA. A reunião que confirmou o rompimento do PMDB, o maior partido de sustentação da base aliada, com o governo, começou em clima de euforia entre aqueles que defendem o desembarque, nesta terça-feira amplamente majoritários no partido. Os políticos mais alinhados ao governo ou aqueles que ainda tinham dúvidas sobre o momento adequado para dar este passo, não compareceram. O rompimento foi aprovado em três minutos
Figuras emblemáticas do rompimento, como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o vice-presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR) e o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) chegaram ao local da reunião do Diretório Nacional, na Câmara, estampando sorrisos no rosto. Jarbas resumiu o espírito do encontro desta tarde, dizendo que há mais de 15 anos não via o partido tão unificado:
— Lula, Dilma e o PT conseguiram unificar quase que na totalidade o partido contra o governo. Na minha história, não vi nenhum ato tão próximo da unanimidade no PMDB como este — afirmou.
Jucá colocou uma única moção em votação, liderada pelo diretório do PMDB da Bahia, pedindo o rompimento e a entrega imediata de todos os cargos ocupados pelo partido. Aprovada por ampla maioria dos peemedebistas, todos levantaram e gritaram: “Brasil pra frente, Temr presidente” e “Fora, PT”.
Segundo Jucá, a saída dos agora seis ministros do PMDB do governo será ditada pela "consciência" de cada um.
Filha do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), a ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, afirmou que veio à reunião para acompanhar a decisão do PMDB pelo desembarque. Sarney foi procurado pelo ex-presidente Lula para tentar evitar o rompimento.
— O timing de saída está certo. Estou aqui acompanhando a decisão que o partido for tomar — disse.
29/03/2016
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