O Estado de S.Paulo
No centro do escândalo gerado pelas investigações sobre o contraventor Carlinhos Cachoeira, o dono da construtora Delta, Fernando Cavendish, está convocado a prestar esclarecimentos à sessão da CPI do Cachoeira desta quarta-feira, 29. O empresário, porém, deve ficar em silêncio.
A Delta é apontada pela Polícia Federal como integrante do esquema de Cachoeira e repassaria dinheiro a empresas de fachada envolvidas em desvio de dinheiro público. Na sessão dessa terça, 28, Cavendish foi mencionado durante o depoimento do ex-diretor do Departamento Nacional de Transportes (Dnit) Luiz Antonio Pagot. Segundo ele, o ex-senador Demóstenes Torres fez lobby em favor da Delta. A construtora é a principal empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Em meio ao escândalo, foi declarada inidônea pela Controladoria-Geral da União e ficou proibida de fechar novos contratos com órgãos da administração pública.
Além de Cavendish, é aguardado para esta quarta o depoimento do ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. Seu nome surgiu após declarações de Pagot à revista Isto É de que dinheiro de obras do Rodoanel teria sido desviado para uso em campanha eleitoral de José Serra e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB. O contrato mencionado foi feito entre o Dnit e a Departamento de Obras Rodoviárias de São Paulo (Dersa), então comandada por Paulo Preto.
À CPI, no entanto, Pagot disse ter sido mal interpretado pela revista e afirmou que houve pressão para aprovar mais recursos para obra, mas que não se pode provar que o valor seria usado em campanhas. Em entrevista ao Estado, há uma semana, Paulo Preto disse que está disposto a falar aos parlamentares.29.agosto.2012
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Dono da Delta vai à CPI do Cachoeira
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