Seis meses de gestão foram suficientes para quatro trocas ministeriais;
nomes do primeiro time da presidente se envolveram em situações comprometedoras
Gabriel Castro
Dilma Rousseff durante a posse: em seis meses, mais escândalos e menos feitos
(Ueslei Marcelino/Reuters)
(Ueslei Marcelino/Reuters)
Em seis meses de governo, a gestão da presidente Dilma Rousseff se notabilizou pela profusão de escândalos - mais do que por medidas concretas de governo.
Dois ministros foram demitidos.
Outros dois trocaram de lugar.
Dois se safaram por pouco.
Outros dois ainda devem explicações.
Antonio Palocci, chefe da Casa Civil, comandava uma consultoria bem-sucedida antes de ingressar no governo. O crescimento patrimonial espantoso levantou suspeitas de que o braço-direito da presidente autou como lobista.
Quando resolveu se explicar, Palocci já era um cadáver político.
Sem o principal articulador político do governo, a presidente se viu novamente em apuros.
Dilma Roussef evitou mais uma demissão: preferiu rebaixar o petista a ministro da Pesca. Luiz Sérgio trocou de cargo com Ideli Salvatti.
A paz aparente durou pouco tempo.
Aloizio Mercadante, responsável pela pasta de Ciência e Tecnologia, também ficou exposto por uma revelação feita por VEJA.
O episódio também respingou em Ideli Salvatti: então senadora, ela ajudou a espalhar o material para a imprensa.
Mercadante e Ideli continuam sob fogo da oposição.
O primeiro deve ir à Câmara dos Deputados se explicar. A segunda é alvo de requerimentos de convocação, mas os governistas atuam para blindar a petista.
Alfredo Nascimento, ministro dos Transportes, deixou o cargo depois que VEJA revelou o funcionamento de um grande esquema de corrupção na pasta.
Dilma ainda protelou a demissão por quatro dias.
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