OS DIREITOS HUMANOS: OUTRO BALÃO DE ENSAIOS
“Quando a onça morre,
todo mundo enfia o dedo na bunda dela.”
Provérbio matuto
Waldo Luís Viana*
Não li o tal decreto do Lula sobre “direitos humanos” e parece que nem ele leu. Lembram-se de uma tal “cartilha do politicamente correto” que tentaram nos impingir. Não pegou.
Agora, a comentada “comissão da verdade” gerou uma crise de machismo em nossos chefes militares que ameaçaram se demitir, pondo a capacidade de negociação do nosso Stalinácio para funcionar.
Se os militares de pijama forem pro banco dos réus, também iriam os arrimos da guerrilha que estão pendurados em grandes cargos no governo. E isso jamais poderia acontecer. Então assunto encerrado que o Legislativo e o Judiciário ainda gozam da pasmaceira das férias e nem vão se pronunciar...
Agora, a comentada “comissão da verdade” gerou uma crise de machismo em nossos chefes militares que ameaçaram se demitir, pondo a capacidade de negociação do nosso Stalinácio para funcionar.
Se os militares de pijama forem pro banco dos réus, também iriam os arrimos da guerrilha que estão pendurados em grandes cargos no governo. E isso jamais poderia acontecer. Então assunto encerrado que o Legislativo e o Judiciário ainda gozam da pasmaceira das férias e nem vão se pronunciar...
Estamos às vésperas do Carnaval e nada como a notícia de bater continência para uma bandeira do MERCOSUL. É brincadeira gaiata. A esquerda gostosa sempre sonhou com uma quimera: a solidariedade latinoamericana que nunca houve.
Nossos irmãos latinos sempre nos detestaram por não falarmos espanhol e porque somos um continente e eles um bando de republiquetas que jamais se entendeu.
O tal MERCOSUL é uma teimosia, fruto da nossa arteriosclerose diplomática: basta anotar que se o Brasil fosse um avô rico e que adotasse os países-membros sem dinheiro para sustentar e comerciar, seus filhos e netos atentos tratariam de o interditar como doido. Nós somos esses filhos e netos do Brasil, que quer manter o esqueleto de uma união aduaneira que não deu certo e jamais dará.
Ainda mais agora com a tentativa de entrada do recessivo coronel Chávez e a sua Venezuela bolivariana e truculenta (ou com os adjetivos em vice-versa, tanto faz), um sujeito que quer bancar Fidel Castro sem cultura.
Pelo menos, o comandante, velho e carcomido, teve educação religiosa na infância e adolescência e sabe de alguma coisa. Tanto que conseguiu aborrecer os norte-americanos por cinco décadas e não morreu assassinado. É gênio...
Nossos irmãos latinos sempre nos detestaram por não falarmos espanhol e porque somos um continente e eles um bando de republiquetas que jamais se entendeu.
O tal MERCOSUL é uma teimosia, fruto da nossa arteriosclerose diplomática: basta anotar que se o Brasil fosse um avô rico e que adotasse os países-membros sem dinheiro para sustentar e comerciar, seus filhos e netos atentos tratariam de o interditar como doido. Nós somos esses filhos e netos do Brasil, que quer manter o esqueleto de uma união aduaneira que não deu certo e jamais dará.
Ainda mais agora com a tentativa de entrada do recessivo coronel Chávez e a sua Venezuela bolivariana e truculenta (ou com os adjetivos em vice-versa, tanto faz), um sujeito que quer bancar Fidel Castro sem cultura.
Pelo menos, o comandante, velho e carcomido, teve educação religiosa na infância e adolescência e sabe de alguma coisa. Tanto que conseguiu aborrecer os norte-americanos por cinco décadas e não morreu assassinado. É gênio...
Mas voltando ao assunto. A esquerda nunca esquece. Tortura nunca mais, indenizações para sempre e torturadores na cadeia. Já os guerrilheiros, coitados, eram jovens assassinos idealistas e seus crimes já prescreveram. Engulam essa, se puderem...
Daí eles vêm com uma flor (vermelha) até nosso jardim, a gente deixa. Depois entram na sala, tomam nosso quarto e estupram a nossa filha. E a gente consente. Levam então nosso vizinho preso porque não reza pela cartilha do governo. Empastelam os jornais, fecham as rádios, demitem os jornalistas célebres e pressionam as redes de TV a ficarem quietinhas, por pressão econômica.
E a gente nada faz. As Forças Armadas, ora, já não tem força pra nada, nem grana pro rancho e para a botina dos recrutas, nem são prioridade para um governo desconfiado e que quer castigá-las por um dia haverem se levantado contra a luta armada.
Vão pagar eternamente, inclusive com a honra. Aliás, para a esquerda nem houve luta armada, foi um confronto esquisito, de um lado só: um bando de malucos torturadores resolveram usar um regime de direita para matar impiedosamente uma turma de inocentes bem-intencionados que só queria democracia.
Ora, são muito maus esses torturadores protegidos pela lei da anistia, que devem ser punidos de uma vez por todas! Ora, abram-se os arquivos, mas com o cuidado de omitir todos os nomes dos que pegaram em armas, como guerrilheiros e terroristas, mataram gente, porém estão agora no poder, enriquecendo e cuidando de todos nós...
E a gente nada faz. As Forças Armadas, ora, já não tem força pra nada, nem grana pro rancho e para a botina dos recrutas, nem são prioridade para um governo desconfiado e que quer castigá-las por um dia haverem se levantado contra a luta armada.
Vão pagar eternamente, inclusive com a honra. Aliás, para a esquerda nem houve luta armada, foi um confronto esquisito, de um lado só: um bando de malucos torturadores resolveram usar um regime de direita para matar impiedosamente uma turma de inocentes bem-intencionados que só queria democracia.
Ora, são muito maus esses torturadores protegidos pela lei da anistia, que devem ser punidos de uma vez por todas! Ora, abram-se os arquivos, mas com o cuidado de omitir todos os nomes dos que pegaram em armas, como guerrilheiros e terroristas, mataram gente, porém estão agora no poder, enriquecendo e cuidando de todos nós...
Lula, que é um presidente que assina sem ler e não sabe de nada desde o mensalão, ampliou o genérico “direitos humanos” para um amplo espectro de patologias: agronegócio, congresso, imprensa, invasão de terras, lei da anistia e outros badulaques que foram adredemente adjudicados ao texto provisório como um belo balão de ensaios. Se colar, colou. Como estão todos comprometidos, não querem perder seus empreguinhos e soldos por colocar o pescoço de fora, os contestadores tornar-se-ão seguidores e vão aceitar qualquer estupro. Foi assim com Hitler e com a polícia secreta russa e de todo o leste europeu. Viva Brecht e Maiakovski...
Em plena pós-modernidade, estamos querendo voltar no tempo uns cem anos e reimplantar o socialismo de Estado que morreu na Europa. A América Latrina aliás é o império das ideias amassadas e putrefatas. Com todas as características do velho paquiderme: mobilização de tropas de choque auxiliares do regime (os tais movimentos sociais e ONGs) para calar as oposições remanescentes, divisão do povo brasileiro em facções (como fez Mussolini), patrulhas ideológicas e amordaçamento na imprensa e eleições dirigidas pelo voto eletrônico sem recibo, sob a estrita vigilância e chancela dos hackers do governo.
Como a história se repete como farsa (ou tragédia), voltamos àqueles tempos da propaganda do regime militar: não temos saída sobre Lula, é ame-o ou deixe-o. O presidente é o país e o que ele quiser, nós temos de querer, porque “ele é o cara”.
Nosso único porta-aviões é a diesel e não temos nenhuma bomba atômica. Nossas tropas não aguentariam dez dias de luta contra um inimigo externo e mesmo assim acreditamos que somos realmente uma potência. É claro que somos: temos a melhor seleção de futebol e os políticos mais corruptos do mundo! O resto vai de roldão nas enchentes...
Nosso único porta-aviões é a diesel e não temos nenhuma bomba atômica. Nossas tropas não aguentariam dez dias de luta contra um inimigo externo e mesmo assim acreditamos que somos realmente uma potência. É claro que somos: temos a melhor seleção de futebol e os políticos mais corruptos do mundo! O resto vai de roldão nas enchentes...
Só podemos comprar caças franceses porque eles devem ser tão bons quanto a Carla Bruni, mesmo que os especialistas digam o contrário. O que vale é o que Lula quer, que é o que nós a pulso devemos também querer: um assento no Conselho de Segurança da ONU, com apoio da França e que jamais virá, porque já brigamos, por causa de nossa empáfia, com todos os outros países que poderiam influir nessa decisão.
Os norte-americanos monitoram eletronicamente Brasília, as 24 horas do dia. Não somos mais “personas gratas” para o velho Tio Sam, mas objetos de extrema desconfiança. Enquanto Lula se comportava como “poodle” da imprensa internacional, tudo bem, era engolido como objeto de troça e circo, mas agora a lua de mel acabou.
Ele está em fim de mandato e quer deixar o caos como sucessor.
É esse o viés inconsciente de todos os salvadores da Pátria, que se fingem de democratas, e abrem, na falta do que fazer, um leque de alternativas, tanto no plano externo, quanto no interno.
Ele está em fim de mandato e quer deixar o caos como sucessor.
É esse o viés inconsciente de todos os salvadores da Pátria, que se fingem de democratas, e abrem, na falta do que fazer, um leque de alternativas, tanto no plano externo, quanto no interno.
Lá fora, o Brasil nitidamente já deu o que tinha que dar: desmoralizou sua sábia e reconhecida política externa, sob uma ótica de imediatismo terceiro-mundista, fingindo uma força de persuasão que absolutamente não tem.
No plano interno, os grupos de esquerda revolucionária acham que é o momento de um golpe branco e escolheram o período de desmobilização pré-carnaval para entrar com a rosa vermelha em nosso jardim através de um decreto presidencial.
No plano interno, os grupos de esquerda revolucionária acham que é o momento de um golpe branco e escolheram o período de desmobilização pré-carnaval para entrar com a rosa vermelha em nosso jardim através de um decreto presidencial.
Depois virão os truculentos com suas armas, gritos, palavras de ordem, preconceitos de classe e violência, queimando a Constituição. E nós, desesperados, como já não temos Forças Armadas, que se acostumaram a obedecer em silêncio bajulador o comandante de plantão, num arremedo de dor, completamente afônicos, sem jornais e Internet, que estará então convenientemente censurada e proibida – vamos nos queixar ao bispo, talvez ao Macedo, porque aqui tudo é farsa, mesmo...
*Waldo Luís Viana é escritor, economista, poeta e não tem 17 leitores, tem mais de 17 mil, mas, do jeito que a coisa anda acabará sem nenhum, escrevendo crônicas sobre o tempo em algum jornalzinho de interior...
Teresópolis, 9 de janeiro de 2009
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