O PSDB, eleitoralmente inexpressivo na cidade, fez aliança com o PV e o PPS e vai de Fernando Gabeira. Na base aliada, é altíssima a fragmentação. PMDB, PCdoB, PT e PRB também vão ao primeiro turno com candidatura própria, respectivamente, Eduardo Paes, Jandira Feghali, Alessandro Molon e Marcelo Crivella.
Ontem, em cerimônia no Palácio Guanabara, o presidente Lula e o governador Sérgio Cabral receberam as famílias das vítimas da tragédia do morro da Providência. Três dos quatro candidatos da base estavam presentes ao beija-mão: Eduardo Paes, Jandira Feghali e Marcelo Crivella – o deputado Molon alegou outros compromissos e não compareceu.
Aliás, o senador Marcelo Crivella esteve em dois eventos que contaram com a presença do presidente: em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, para a comemoração dos 50 anos da Bayer, e no Palácio Guanabara.
Em ambos, Lula passou direto por Crivella, sem sequer estender-lhe a mão. O presidente não quis correr o risco de ser fotografado confraternizando com Crivella.
O presidente é absolutamente cioso de sua popularidade.
Não a coloca em risco por nada – nem por ninguém.
Na presença dos parentes dos três jovens mortos no episódio dos militares no morro da Providência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mudou subitamente de opinião a respeito da atuação do Exército na favela, no Rio de Janeiro. Lula autorizou a participação dos soldados no projeto Cimento Social.
Depois da tragédia, ainda autorizou que o Ministério da Defesa entrasse com recurso na Justiça para garantir a permanência das tropas. Diante das famílias, porém, o presidente se disse contra a atuação militar.
Lula chegou a classificar de "injustificável" a participação do Exército na obra.
Leia mais aqui.
(Lula já jogou ao mar amigos muito mais antigos e companheiros muito mais leais, como José Dirceu, Antonio Palocci, Luis Gushiken, José Genoíno, Delúbio Soares, entre outros. Não vai arriscar sua popularidade pelo ex-bispo Crivella.)
Lucia Hippolito
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