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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Aleluia!





Blog do Coronel

Abaixo, posicionamento do deputado federal baiano José Carlos Aleluia (na foto), líder do DEM, sobre as manifestações do sábado. Vocês já leram esta mesma opinião aqui no Blog, ou não?

Há algo de novo nas manifestações pós-eleições que merece atenção: a sociedade civil está nas ruas de forma espontânea, livre da tutela de movimentos sociais e com uma agenda clara e definida. O povo está unido pela condenação do PT pelos seus erros. 

Sem militância paga, motivação partidária oculta, ou mesmo veículos de imprensa simpáticos à causa. 

O ineditismo desse movimento demonstra sua importância justamente pelo esforço de setores contrários em desqualificá-lo. Como se o instrumento democrático do protesto só existisse para as entidades de classes ligadas ao governo ou, como bem disse Aécio Neves, às suas "linhas auxiliares".

Me atenho a dois tópicos que se sobressaem nas passeatas: 

A primeira é pelo pedido de auditoria das urnas, algo legítimo e uma consequência inevitável do grau de desconfiança que se criou com nossas instituições após 12 anos de PT. 

A segunda é o impeachment. Existe um argumento claro para fundamentar o pedido: a vitória nas urnas não redime Dilma de seus pecados. Pasadena, Abreu e Lima, empréstimo sigilosos, Petrolão, o aparelhamento dos Correios na campanha, tudo deve ser investigado sob o zelo minucioso de todos nós. São suspeitas que, caso comprovadas, devem levar a um processo legítimo de cassação. 

Muito importante ressaltar que não se trata de golpe ou nada que vá de encontro a nossa democracia. Estamos considerando um instrumento legal de controle governamental. Democracia não é a ditadura da maioria. Há precedente nos Estados Unidos, por exemplo, onde Richard Nixon sofreu um impeachment em 1974 dois anos após ter sido reeleito. Ele foi julgado por erros que cometeu no primeiro mandato. 

Considerar esta hipótese é algo sério e assim deve ser tratado. Mas as ruas não podem ser caladas, por mais incômoda que seja a mensagem.


3 de novembro de 2014

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