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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Estados Unidos emitem alerta de cólera en Cuba


Raio ilumina a via do Malecón em Havana, capital cubana, na noite de quarta-feira (19). (Foto: Ramón Espinosa/AP)

O escritório diplomático dos EUA em Havana emitiu ontem um ALERTA REGIONAL de epidemia de cólera, provocando novas acusações de que Havana está a se omitir sobre um surto dessa doença infecciosa potencialmente letal para evitar turvar a imagem e causar danos à sua indústria turística, que movimenta algo em torno 2,5 bilhões de dólares por ano.



Francisco Vianna

Da mídia internacional
 
O medo dos americanos, principalmente da Flórida, de que o vibrião colérico acabe contaminando as águas por lá, dada não apenas a proximidade com a ilha, mas também ao movimento de viajantes entre os dois países, fez com que o Departamento de Saúde do estado sulista americano entrasse de prontidão com relação às medidas sanitárias aplicadas a quem vem de Cuba, dizendo, contudo ontem que não recebeu ainda qualquer comunicado de casos de cólera importados da ilha, apesar de dezenas de milhares de cubanos americanos terem visitado o seu país de origem durante o período de férias deste verão.

O governo cubano praticamente permanece mudo publicamente quanto aos recentes casos de cólera na ilha, uma infecção bacteriana que causa diarreias intensas, desidratação e morte por inanição e desnutrição aguda. A mídia local, amplamente controlada pela ditadura dos Castros se refere apenas a “distúrbios diarreicos agudos”.

Sherri Porcelain, uma professora titular de Saúde Pública Global em Assuntos Internacionais da Universidade de Miami e que está acompanhando o surto de cólera em Cuba, disse que “é claro que ninguém há de querer falar do assunto, porque esses surtos, provenientes da miséria e extrema pobreza em que vive a maior parte da população cubana, causam una diminuição do turismo tanto externo quanto ao interno, embora esse último seja desprezível”.

No entanto, Havana terá dificuldades em evitar toda a publicidade negativa neste mês. Além disso, do alerta americano, há relatos de que cinco casos de pessoas infectadas que viajaram de Cuba para a Venezuela, Chile e Itália, e uma nota emitida pela Organização Pan Americana de Saúde (OPS). A declaração da Seção de Interesses dos EUA em Havana instou aos cidadãos estadunidenses que vivem ou visitam Cuba em seguir as recomendações de saúde pública, tais como a lavagem frequente das mãos e o cuidado especial com a higiene dos alimentos e da água que se consomem.

“A mídia tem indicado que os casos de cólera foram identificados na cidade de Havana, possivelmente relacionados com um surto de cólera na zona leste de Cuba”, disse o comunicado datado de terça feira passada e publicado na página digital do escritório americano na quarta feira. Essa declaração não deu mais detalhes sobre os casos, embora jornalistas ‘independentes’ da ilha tenham reportado dezenas de casos no último ano e especialmente neste verão, quando as altas temperaturas e as chuvas parecem ter ajudado a difundir a enfermidade.

A OPS, braço regional da Organização Mundial de Saúde (OMS), informou que a Venezuela já confirmou em 9 de agosto dois casos de cólera entre os viajantes que chegam de Cuba, e que a Itália informou mais um, um homem que chegou de Havana em 13 de julho último.

O Chile informou outros dois chegados de Cuba com cólera, acrescentou a OPS. O aeroporto de Santiago declarou a seguir um “estado de vigilância epidemiológica” na chegada de cubanos, segundo comunicados da imprensa. O Canadá também emitiu uma advertência aos viajantes que se dirigem a Cuba.

O relatório da OPS assinalou também que 51 casos foram detectados em Havana no início deste ano, “relacionados com a manipulação dos alimentos”, além de outros 47 registrados nas províncias de Camagüey, Guantánamo e Santiago de Cuba, todos à leste da ilha, onde o furacão Sandy mais causou destruição.

“A falta de transparência de tudo o que ocorre em Cuba é realmente decepcionante”, disse Porcelain. “O intercâmbio de informação no momento oportuno é algo essencial para a prevenção... De fato, não publicam nenhuma informação, nada mesmo. Parecem não existir. O governo da ilha tem sido particularmente opaco e silente quando ao surto de cólera em curso na ilha”, acrescentou uma nota publicada no ProMED, um website da Federação de Cientistas Estadunidenses para difundir informação sobre surtos endêmicos e epidêmicos de doenças infecciosas.

No momento em que as autoridades anunciaram que a praia estaba fechada por causa de “uma situação epidemiológica de alto risco”, conforme escreveu um jornalista local. Alguns turistas já tinham chegado com medicação para longas estâncias e os rumores tinham começado a se espalhar.
22 de agosto de 2013

1 comentários:

Anônimo disse...

Cólera é doença de falta de saneamento básico, alimentação de nenhuma qualidade.

Enquanto isso Cuba é o Paraiso para os Castros, só os Castros.

e os petistas dizem que o comunismo é a porta para o paraiso, deles é claro.