Os votos dos ministros e do relator no processo que julga os implicados no mensalão já não deixam dúvidas
A maioria dos indiciados será condenada, entre elas a cúpula do PT que vivia ao redor do presidente Lula
Por Polibio Braga* Clipping Jornal da Paraíba, Marcos Tavares, stavares@tce.pb.gov.br
Apeado do poder e sem tanto poder de fogo na mídia o ex-presidente amarga o que não teve por ocasião das denúncias: a condição de ser chefe de um bando que visava perpetuar-se no poder pagando votos no Congresso, ou ainda pior, de um presidente que não sabia o que se passava na sua antessala. Ele escolhe se quer entrar para a história como idiota ou desonesto.
Havia uma tácita certeza de impunidade. Todos esperavam que o tempo dissolvesse o mensalão ou que Barbosa, indicado pelo PT para o posto de ministro iria aliviar na pegada. Não aconteceu nenhuma das duas coisas. O processo demorou, mas foi a julgamento, e Joaquim Barbosa mostra-se duro e intransigente com os que se aproveitaram do dinheiro público para manter-se no poder. Joaquim, que nunca se mostrou dócil, mostra agora sua face mais feroz e leva com ele o Tribunal.
Ninguém vai acusar Lula nominalmente, mas todo o Brasil deve compreender que um processo dessa envergadura passou pela sala do presidente, se é que não foi gerado lá.
José Dirceu, a eminência parda do Governo Lula se complica cada vez mais junto com seus coadjuvantes num processo que pode causar sérios embaraços a Lula numa futura campanha.
Dilma a tudo contempla e, como demitiu ministros corruptos, parece que não vai fazer força para livrar companheiros em apuros.12 de setembro de 2012
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