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segunda-feira, 11 de abril de 2011

POLITICAMENTE CORRETO JÁ ENCONTROU O CULPADO PELA TRAGÉDIA DE RALENGO: O REFERENDO DE 2005


A coleção de bobagens e vigarices que os "especialistas do fato consumado" têm repetido desde a lamentável tragédia ocorrida em Realengo é assustadora.



Imagem da Internet
fotoformatação (PVeiga)


"Abraham Lincoln may have freed all men, but Samuel Colt made them equal."

Esses falsos profetas, seduzidos pela psicologização do mundo, espancam a lógica com a mesma desenvoltura com que derramam sua avalanche de argumentos desprovidos de qualquer fundamento concreto.

Ninguém se interessa pelos dados objetivos - e o maior de todos, está posto, é a responsabilidade individual do assassino -, mas apenas pelo hobby preferido de todo pensador politicamente correto: levar os clichês para passear.
Eu fico fascinado com a desfaçatez de um acadêmico que vai à TV dizer, com um ar afetado de autoridade, que "é mais provável morrer num assalto quando se está armado".

De nada adianta lembrar à audiência que essa "constatação" não passa de um chute, afinal não há nenhum estudo empírico que a confirme.

Que nada! O estrago já está feito...

O coração condoído e a comoção nacional se encarregam de incutir no subconsciente do telespectador a mensagem nada oculta: "ARMAS MATAM! É PRECISO DESARMAR A POPULAÇÃO!"
Bullshit!

Se esse tipo de argumentação tivesse que ser levada a sério verdadeiramente, seria necessário, por honestidade intelectual e respeito ao debate, apontar o quadro geral da coisa.

Por exemplo, como quantificar quantos crimes já foram evitados simplesmente porque uma pessoa armada deu um disparo pro alto, afugentando o bandido que pretendia entrar na casa ao lado?

Ou essas estatísticas são apresentadas por inteiro, ou deixa-se de uma vez de lado esse exercício cotidiano de "mãe Dinah" que os intelectuais vêm fazendo nos meios de comunicação.
Pessoalmente, nem preciso de estatísticas para ser contra qualquer campanha estatal a favor do desarmamento.

Basta lembrar que Sarney apóia essa estrovenga ridícula e, na minha escala individual de valores, tudo o que é bom para Sarney, é ruim para o Brasil...

Estou exagerando? Bem, me digam vocês: alguém aí daria ouvidos a Sarney se ele aparecesse dizendo que comprar o carro "A" é melhor que comprar o carro "B"? Ou que um Big Bob é melhor que um Big Mac? Ou, ainda, que um milk shake de morango é melhor que um de ovomaltine? Ora, então por que diabos eu deveria escutar o que ele acha melhor sobre o porte de armas? Eu, não!
"Ah, mas isso é ser muito maniqueísta. Rejeitar só porque Sarney apóia não é algo muito simplório?"
Bom, até posso concordar que seja.

Mas o fato é que há uma infinidade de argumentos lógicos capazes de mostrar - de forma conclusiva - que o desarmamento civil não tem absolutamente nenhuma relação com tragédias como a do Rio. Mostrar isso é espantosamente simples, basta que o interlocutor esteja disposto a entender.
Antes de qualquer outra coisa, é preciso que se pare de uma vez por todas com essa estupidez de dizer que ou o Brasil restringe (ainda mais!) o comércio legal de armas, ou vamos virar um país como os Estados Unidos.

Já disse antes, e repito: queira Deus que nos tornemos como os EUA! Sabem por quê? Porque lá mata-se seis pessoas por grupo de 100 mil habitantes, quatro vezes menos que nestas terras tupiniquins. Isso, meus caros, não é assim porque eu quero que seja. É assim porque assim são os fatos!
Sim, eles têm lá seus massacres em Columbines da vida, mas that's the point: nenhum lugar do mundo está livre da ação de psicopatas. Prever - e evitar - casos como o de Realengo - atenção agora! - NÃO é política de Estado, afinal é simplesmente impossível determinar quando vai ocorrer um surto psicótico em alguém.

Política pública é garantir que os cidadãos livres não sejam assaltados e mortos nas ruas, ou dentro de suas casas. Agora digam aí: onde os indivíduos estão mais protegidos no seu cotidiano? Na belicosa América, ou neste país mulato-hospitaleiro-pacífico-e-malemolente? So, I rest my case!
E eu nem vou aqui perder tempo comparando os índices de criminalidade do Brasil com os da Suíça, o país que tem a população civil mais armada do mundo. Tenho certeza que vocês já entenderam o espírito da coisa, e que não será preciso passar mais um carão no suposto pacifismo brasileiro...
"Mas se o psicopata não tem acesso a armas, há menos risco de causar mortes", argumentam os que insistem em ligar o caso Realengo ao desarmamento civil.

Meus queridos vamos entender de uma vez por todas o seguinte: um psicopata não comete suas atrocidades porque tem acesso a armas. Ele as comete porque... é um psicopata!

Não se trata de oportunidade, mas de condição, percebem?

Se o tal Wellington não tivesse conseguido comprar armas (ilegalmente, diga-se de passagem. A proibição do comércio legal can suck my balls...), ele teria entrado lá com facas, correntes, barbeadores enferrujados ou qualquer outra coisa.

O que temos de fato concreto é que proibir o comércio legal de armas não poderia garantir que fatos como os ocorridos em Realengo deixassem de acontecer.

Ou vocês acham que o psicopata, tal qual São Paulo na estrada de Damasco, veria a luz e decidiria, pelo bem dos outros, não comprar armas no mercado negro?

Ora, tenham a santa paciência!

Afinal, é preciso que se lembre que as pistolas usadas por Wellington não foram adquiridas legalmente, com emissão de nota fiscal e toda a burocracia (que é imensa!) pertinente.

Again: como diabos a vitória do "SIM" naquele referendo (ou em algum outro) poderia ter mudado as coisas?

Não poderia! Essa linha argumentativa não passa de trapaça retórica pura e simples.
E nem vou perder muito tempo comentando a idiotice segundo a qual toda arma ilegal foi, um dia, legal. Isso implicaria dizer que todas as armas hoje na ilegalidade foram roubadas da casa de alguém, o que é, por motivos óbvios, uma estupidez sem tamanho.

Sem considerar casos como o do maluco que abriu fogo num cinema em Campinas (acho que foi lá mesmo, mas giyf), matando várias pessoas.

Pra quem não lembra, o rapaz estava portando uma metralhadora Uzi, uma arma de uso exclusivo das Forças Armadas!

Desnecessário dizer que aquela belezinha nunca foi legal, afinal ninguém pode comprar algo assim na loja da Taurus mais perto de você. E aí, desarmamentistas? Cadê seu Deus agora?!
Eu não gosto de armas. Não teria uma arma. Mas não aceito que o Estado me tire o direito de poder vir a ter uma arma, no dia em que eu decidir fazê-lo, ainda mais quando o faz valendo-se de desculpas esfarrapadas de quinta categoria!

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