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sábado, 9 de abril de 2011

Governo dos EUA diz que há violações aos direitos humanos no Brasil

 
Fala, Macunaíma: “Ai, que preguiça!”


O governo dos Estados Unidos faz um relatório anual sobre a situação dos direitos humanos no mundo. Vejam o que informa a Agência Efe. O Itamaraty decidiu responder. Leiam o que segue. Volto no próximo post com a resposta do Itamaraty e um comentário.

Em relatório divulgado nesta sexta-feira, 8, o governo dos Estados Unidos indicou a ocorrência de torturas e assassinatos praticados por forças policiais no Brasil em 2010.

De acordo com o relatório do Departamento de Estado americano, a situação no País é semelhante à de Argentina e Paraguai no tocante aos abusos, torturas e maus-tratos de presos e o trabalho forçado e emprego de crianças na economia informal.

Enquanto isso, ainda segundo o texto, os responsáveis “desfrutam de imunidade”.

A lista de transgressões inclui ainda o uso excessivo da força e a tortura de detentos sob custódia policial.

“O Brasil é uma república federativa, constitucional e que contou com eleições recentes, em geral, livres e limpas”, apontou o documento, que criticou, entretanto, a existência de “instâncias nas quais as forças de segurança atuam independentemente do controle civil”.
“As forças de segurança em nível estadual cometeram numerosos abusos aos direitos humanos”, diz o texto.

Durante o ano passado, as autoridades se mostraram “incapazes de proteger testemunhas em julgamentos criminais, as condições nas cadeias foram deploráveis, houve prolongadas detenções durante julgamento e demoras inapropriadas nos processos”, afirma o relatório.

O texto segue mencionando “a relutância em processar e a ineficácia nos julgamentos de funcionários governamentais [acusados] de corrupção; a violência e a discriminação contra as mulheres e a violência contra as crianças, incluindo o abuso sexual”.

E “os violadores dos direitos humanos continuam desfrutando da impunidade”, continua.

O governo federal e seus agentes no Brasil “não cometeram assassinatos por motivos políticos, mas os assassinatos perpetrados pelas polícias militar e civil foram generalizados, em particular nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro”, informa o Departamento de Estado.

Em muitos casos, “os agentes policiais empregaram força letal indiscriminada, nas capturas, e em outros casos civis morreram depois dos maus-tratos ou de tortura nas mãos de agentes policiais”.

O Itamaraty tem recaída e dá uma resposta de governo mixuruca aos EUA


A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da OEA, fez um relatório sobre a usina de Belo Monte — eivado, de fato, de absurdos —, e o Itamaraty correu para dar uma resposta a um órgão irrelevante, que está metendo o bedelho em algo que está fora de sua competência.

E ainda prometeu que voltará ao assunto.

Já chamei aqui Belo Monte de “o mais belo monte” do governo Lula, embora o Brasil precise de energia, é claro. Mas anda tudo errado por lá.

De todo modo, a OEA exorbitou, e o governo Dilma aceitou o joguinho.

No post acima, vocês lêem que o governo americano acusa o Brasil de violação aos direitos humanos, especialmente no que respeita aos presos comuns.
Aponta a violência policial e a leniência com a corrupção. Se é para responder, há duas respostas a dar: uma de gente adulta e outra de moleque birrento.

Adivinhem qual foi a escolha feita pelo Itamaraty neste “novos tempos” de Dilma Rousseff…


Leiam:


“O Governo brasileiro tomou conhecimento da publicação, hoje, 8 de abril, do relatório anual do Departamento de Estado dos EUA sobre Direitos Humanos.

O Governo brasileiro não se pronuncia sobre o conteúdo de relatórios elaborados unilateralmente por países, com base em legislações e critérios domésticos, pelos quais tais países se atribuem posição de avaliadores da situação dos direitos humanos no mundo.

Tais avaliações não incluem a situação em seus próprios territórios e outras áreas sujeitas de facto à sua jurisdição.

O Brasil reitera seu forte comprometimento com os sistemas internacionais de direitos humanos, dos quais participa de maneira transparente e construtiva.

O Brasil permanecerá engajado, em particular, no mecanismo de Revisão Periódica Universal do Conselho de Direitos Humanos, instância criada para avaliar situações de direitos humanos nos países membros das Nações Unidas.”


Voltei


É uma resposta de gente mixuruca, típica dos piores tempos do Itamaraty sob o comando do Megalonanico.

Existe violência policial no Brasil?

Sim!

Existe desrespeito a presos comuns?

Sim!

Existe corrupção?

Sim!

É tudo verdade!


Mas a nota do Itamaraty, pelo visto, considera isso uma avaliação feita “com base em legislações e critérios domésticos”.

Quer dizer com isso que os EUA avalia o mundo com base em suas leis.

Huuummm…

Por quê?

As leis brasileiras permitem tortura a presos, violência policial e corrupção?

A nota é toda abespinhada, coisa de gente impotente e brava. Acusa os EUA de ignorar os direitos humanos em seu próprio país e faz referência ao Afeganistão e ao Iraque. Se é para tocar no assunto, que seja direto, que vá ao ponto.

Mas como reagir então?

Se é que caberia uma reação, bastaria afirmar que o Brasil dispõe de mecanismos para coibir e punir abusos e que está empenhado em combater todas as formas de violência.

E pronto!

Assim como fez, acusou o golpe e se saiu com o famoso ninguém manda nimim“, dando a entender, o que é pior, que nega o óbvio.


8/04/2011

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