AMORIM: QUANDO O CÉREBRO É VIZINHO DO FÍGADO
Por Reinaldo Azevedo
Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores do Brasil, perdeu o juízo.
Depois de ter colaborado para conduzir Lula a um vexame inédito, falta escandalosamente com a verdade.
Em entrevista coletiva, afetou certa indignação irônica com a decisão dos cinco países com assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, que aprovaram um rascunho de sanções ao Irã, e afirmou que o acordo conduzido por Brasil e Turquia “cumpre todas as condições” que eram exigidas do país. A afirmação pode ser definida com uma palavra: MENTIRA!
O Irã não abriu mão. Por exemplo, do enriquecimento próprio de urânio e não garante o livre acesso da Agência Internacional de Energia Atômica a suas instalações nucleares. A patacoada limita-se à troca de uma parte do urânio de que dispõe, enriquecido a 3,5%, por outro enriquecido a 20%.
Os chanceleres dos cinco países — EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha e França — foram unânimes em defender as sanções porque entendem que nada mudou essencialmente. Consideram o óbvio: o Irã está apenas ganhando tempo. E Amorim decidiu descer a ladeira: escreve a quatro mãos, com o chanceler da Turquia, uma espécie de carta-desabafo a ser enviada ao conselho.
Na loucura manomaníaca em que se encontra, afirmou:
“Achamos que os pontos essenciais podem ser considerados um passaporte para uma solução negociada e pacífica da situação nuclear iraniana, e essas condições foram cumpridas”.
Releiam: o que, antes, era “o” acordo se transformou agora em “pontos essenciais” que funcionam como um “passaporte para uma solução negociada”.
Mas esperem: quando Lula e Adhmadinejad levantaram os braços, em sinal de triunfo, não foi saudando justamente a “solução negociada”?
Não!
Amorim confessa, certamente sem querer, que tudo não passa mesmo de… protelação.
Estamos de volta ao princípio: se é uma “questão soberana”, então para que negociação, AIEA, mediação, o diabo a quatro?
Cada um que faça o que achar melhor, arcando com as conseqüências, ora essa. Acontece que Amorim tem o que chama uma “convicção”: o programa nuclear iraniano, diz ele, não é militar.
O que o Megalonanico deseja é que o resto do mundo passe a ter a mesma convicção que ele tem. Tive um professor, bastante influente na minha formação, que costumava dizer sobre certas obtusidades salientes:
“Este tem a certeza dos idiotas”.
Algumas informações importantes seus respectivos serviços de Inteligência devem ter.
Tudo bobagem!
Todas elas devem ser jogadas no lixo e substituídas pelas “convicções” de Celso Amorim.
Este senhor deveria demonstrar que seu cérebro pode ser mais distante de seu fígado do que impõe a ditadura da natureza.
Até porque a estatura externa nada tem a ver com a interna.
Amorim também está inconformado com outra coisa: acha que os cinco países “não colocaram na balança as coisas que Lula falou”.
Meu Deus!
Que gente criminosa!!!
Lula falou e ninguém babou, é isso?
Que gente criminosa!!!
Lula falou e ninguém babou, é isso?
Você conhece aquela piada que termina assim:
“Que vergonha do Várte!”?
Se não conhece, alguém do seu círculo certamente saberá contá-la.
É isto: “Que vergonha do Várte!”
terça-feira, 18 de maio de 2010 | 21:34
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