Por Jorge Serrão
Uma verdadeira operação abafa já está montada para que não vaze na imprensa uma relação de políticos de todos os partidos que recebiam contribuições, em Real e em Dólar, do grupo Camargo Corrêa.
As 54 folhas de papel ofício, apreendidas pela Operação Castelo de Areia na casa do diretor Pietro Bianchi, ainda não foram anexados ao processo do caso pela procuradora federal Karen Kahn.
A torcida e a pressão para que isto não aconteça são enormes.
A listinha de contribuições financeiras, feita pela própria empreiteira, envolveria mais de mil políticos de todas as agremiações e ideologias, da base aliada à oposição.
O documento mais comprometedor da Operação Castelo de Areia tem 20 nomes de políticos subvencionados por página. Se vazar, transformará outros escândalos em pequenos delitos.
Em conversas gravadas pela Polícia Federal, diretores da Camargo Corrêa revelaram que havia doações a políticos “por dentro”, registradas na Justiça, e “por fora”, para formação de caixa dois de campanhas eleitorais.
Nas eleições municipais passadas, A Camargo Corrêa repassou “por dentro” 7,4 milhões de reais aos políticos. O suspeito de coordenar tal operação era o diretor da empreiteira, Fernando Botelho.
A PF chegou a prender Fernando Dias Gomes, da auditoria, Dárcio Brunato, da controladoria, e Raggi Badra Neto, da divisão de obras públicas. Mas agora o principal alvo das investigações sobre o financiamento a políticos é Pietro Bianchi, que tem cargo de consultor, e em cuja residência foram apreendidas as 54 folhas de papel ofício que os políticos detestariam que viessem à tona.
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