Homem de confiança do senador Camata por 19 anos denuncia rotina de mesadas de empreiteiras e notas frias.
- Minha ligação com Camata era tão grande que as pessoas falavam as coisas comigo como se estivessem falando com ele. Uma delas foi Silvio Peixoto, da Odebrecht, que uma vez apareceu no escritório do senador com um pacote de dólares - conta o ex-caixa.
Marcos afirma que, sem ser indagado, Silvio contou que o pacote guardava US$ 5 mil, fruto de um suposto acordo da empresa com o senador que garantiria a Camata uma espécie de participação nos resultados mensais da cobrança de pedágio.
Quando fui nomeado, ele disse: "Marcos, você vai pagar umas contas". Paguei o condomínio do apartamento do senador, o IPTU, a luz e o telefone. Quando fui cobrar reembolso, tive uma surpresa. Ele disse que, todo o mês, eu teria de fazer aquilo. E sem reembolso.
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