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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

“Nada é mais terrível do que uma ignorância ativa” (Johann Wolfgang Von GOETHE)

Resposta à petista ONGUISTA dona NEIDE
QUE DEIXOU UM RECADO NO BLOG

Por Rivadavia Rosa

NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO – todos podem se manifestar independentemente de credo religioso ou político, mas acho que há alguns limites necessários para sobrevivência da própria humanidade.

SÓCRATES dizia que a ignorância é a raiz de todos os males e GOETHE (Johann Wolfgang Von GOETHE) completa: “Nada é mais terrível do que uma ignorância ativa”; SANTO AGOSTINHO é lapidar:

Errare humanum est, perseverare autem diabolicum - - errar é humano, perseverar, diabólico (errar es humano; perseverar en el error es diabólico).

O CERTO É QUE ignorantia non est argumentum (ignorância não é argumento).

Entretanto – os militantes APOIADOS NUM CERTO APEDEUTISMO DOMINANTE SE CONSIDERAM iluminados, detentores de uma excepcional capacidade percepção incomum, e assim também portadores da verdade absoluta, cuja clarividência ninguém sabe de onde vem.

A MÁ FÉ E/OU A PERVERSÃO DO ENTENDIMENTO – leva os que se auto classificam como ‘revolucionários’ – contra toda a evidência – a se considerarem os representantes do altruísmo, da solidariedade, do progresso, da justiça, da defesa dos pobres, da honestidade, da democracia, da ética, da transparência – ou seja, o SUPRA-SUMO DO BEM; enquanto que os que se lhes opõem – são a encarnação da reação (reacionários), da iniqüidade, da desonestidade, do egoísmo, do direitismo, ‘neoliberalismo’, até nazista (nacional-socialista) e outras denominação previamente satanizadas – em síntese – o MAL.

todavia - OS QUE TÊM VERGONHA NA CARA SABEM QUE Vivemos o mais sórdido e triste período da vida nacional, pela corrupção de dimensão tsunâmica e degradação das instituições com o objetivo de corroer a base moral da atual e futura geração.

E, QUEM DEFENDE TAL ESTADO DE COISAS - se, não faz parte da societas sceleris - é devoto transformado em eunuco político, e assim está encantado com a situação, ouvindo o discurso panglossiano do chefe dos chefes.


SEM DÚVIDA - O EXPERIMENTO QUE PRETENDE construir uma sociedade igualitária, redistribuição de renda (sem a mínima intenção de produzi-la antes), com justiça social (como se Justiça precisasse de adjetivo), democrática, ética, transparente – na realidade fundamenta-se no cinismo e no desrespeito a todos os valores e princípios da civilização - mas segue sob aplausos de alguns em sua marcha na contramão da história.

OS GOVERNOS DE CEPA NEOPOPULISTA – apresentam-se com a máscara de defensores dos interesses e aspirações do povo, aos quais fazem as promessas mais mirabolantes e impossíveis de serem cumpridas; elaboram uma retórica de aversão às elites econômicas (e às vezes intelectuais) e, reiteradamente denunciam a corrupção política que a prima facie, imputam às ‘classes’ privilegiadas, dominantes, oligárquicas, inclusive até à classe média, embora eles com a chave dos cofres públicos sejam os próprios a promover o maior saque/roubo do dinheiro público, ‘nunca visto antes’, numa perversidade sem precedentes.

COM EFEITO - NENHUM REGIME POLÍTICO – abaixo da linha do Equador pretende ou mesmo pensa seriamente em acabar com a pobreza, estimular a educação aberta e promover o desenvolvimento, tampouco a defesa efetiva dos direitos humanos (direitos e garantias fundamentais do cidadão), pelo contrário expande o assistencialismo mendicante e tenta impor insidiosamente doutrinas contrárias à própria natureza humana fracassadas no século passado, apostando no neopopulismo e na demagogia, no apelo às massas carentes, exploradas, ressentidas ou obscurecidas pela confusão e retórica típica da luta (sem) classes e pela intensa propaganda midiática.

O MODUS OPERANDI da barbárie:


-episódios de violência – demonstrativos da vigência de situações que vão do grotesco, do degradante até a extrema barbárie, o medo e intimidação diária que parecem não ter limites;

- a democracia foi transformada em lenocínio eleitoreiro (na ‘casa de tolerância – chamada Parlamento);

- o princípio da (i) (a) moralidade mafiosa – prevalece com a assimilação indiferente dos delitos de corrupção e corrupção eleitoral;

- os novos vândalos (novíssima classe petista-sindical) pisoteiam cotidianamente a Constituição, as leis e o Estado de Direito – rumo à barbárie e exclusão do País da ordem civilizada;

- A forçA do Estado – detentor do monopólio legítimo da força – como manda a lei – não se aplica. A anarquia impera, o Estado fica à deriva – enquanto a criminalidade – desenvolve a violência impune e cotidiana; a comunidade indefesa, com a defesa da ordem pública ‘interditada’, sob o argumento de que se está criminalizando ‘os movimentos sociais’, eufemismo para anti-social;

-ACENTUA-SE A ausência criminosa do poder do Estado ante a intimidação das invasões de terra, bloqueio de rodovias, invasões de prédios públicos – demonstrada pela indiferença ante a insegurança e o crime cotidiano está afrontando – o ESTADO DE DIREITO;
-A anarquia vai se impondo – carnavalescamente (no pior sentido) – diante da leniência e paralisia da vontade dos governantes – que já não se animam nem a garantir a livre circulação nas vias públicas – numa verdadeira estratégia de corrosão dos valores e das instituições para criar uma anarquia institucional e impor sua nova ordem como sonho utópico delirante;

-Há um reclamo de justiça, mas não se respeitam as leis e os juízes, que por sua vez não se fazem respeitar pelo uso dos poderes que lhe são conferidos pela soberania popular; fala-se muito de ética, mas não se a exigem de si mesmos; A polícia sempre é apedrejada, mesmo quando age dentro da lei e no estrito cumprimento do dever legal (basta ir ‘além das ‘sandálias de Apeles’);

-Violência incontida e país resignado, covarde, enquanto os bárbaros dissimulam a realidade – clamando nos Foros por igualdade, justiça, redistribuição de renda, direitos humanos...

PORÉM, poucos percebem o processo novilingüístico (George Orwell, 1984) – dado a sofisticação na instrumentalização dos meios de comunicação, aliado a um inteligente manejo da imagem ‘construída’ pela intensa propaganda midiática.

é O PROCESSO - do domínio total, sem medida de comparação histórica senão pelo processo novilingüístico insidioso e cruel: de um lado, a encenação do espetáculo virtual da boa democracia, dotada de uma Constituição, de um Parlamento e demais poderes da República, porém, sustentado por toda sorte de movimentos sociais, ONGs, para facilitar o desvio dos recursos públicos e como exército marginal da reserva para promover invasões, esbulhos, saques, terrorismo político, assim como organismos burocráticos de todo tipo, sindicais e associativos, que simulam a racionalidade e a defesa da democracia e da Constituição, quando lhe é favorável; a eficácia onde reina a negligência econômica; a sociabilidade, onde predominam a suspeita generalizada, o medo da denúncia; a liberdade, onde prevalece a arregimentação, o histrionismo símio, a demagogia, o neopopulismo, assistencialismo, além do arbítrio, a repressão e toda sorte de mistificação e fraude.


ENFIM – ESSA A PRAXIS DO GOVERNO DE VIÉS AUTORITÁRIO – ou seja, recorrer à intimidação, à ‘compra’ de políticos ou à violência para ocultar sua falta de autoridade, assim poderá aparentar ter ‘autoridade’, ser ‘líder’ máximo para seus seguidores, fiéis ou devotos, cooptados ou ‘comprados’, cúmplices ou kamaradas submetidos ao ‘centralismo democrático’, mas todos sob o domínio de um pensamento grupal que não admite dissidências.

Por isso - justamente por isso – pensa e os acólitos acreditam que suas ações e realizações - no mínimo 'beiram à perfeição', embora o país continue no podium na iniqüidade, com a marcha acelerada do processo de degradação das instituições republicanas, cujos freios e contrapesos essência da democracia para auto controle dos poderes – são aniquilados pelo Poder Executivo, anulando a independência dos demais poderes (Legislativo e Judiciário).

O sistema político segue, porém num estado de crise permanente. O ‘presidencialismo autoritário’ asfixia a democracia e anula a divisão de poderes; os partidos são fracos, constituindo-se em grupos com fins meramente eleitorais. A ‘classe’ dirigente carece de uma formação e visão estratégica para impulsionar o desenvolvimento humano, econômico e social na complexidade mundial imposta pela globalização. Numa meramente estratégia do poder pelo poder – ou “... o poder que encarna o poder é obsceno e imundo e mais cedo ou mais tarde ele desmorona no sangue ou no ridículo.”

(Jean Baudrillard, in As estratégias fatais, Rocco, Rio, 1996) - o dirigente de plantão leva ‘vantagem’, mas o povo, o respeitável e distinto povo – permanece no subdesenvolvimento físico, mental e econômico.

É a sedução da barbárie.

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