Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

terça-feira, 19 de novembro de 2013

No Dia da República, o Brasil lembrou um país em que todos são iguais perante a lei





Por Augusto Nunes

No vídeo de 5:11 , o Implicante resumiu a enorme relevância histórica do 15 de Novembro de 2013 com uma sequência de contrapontos entre a luz e a treva, a verdade e a mentira, a honestidade e a corrupção, a honradez e a indecência, a Justiça e o crime.

No Dia da República, para surpresa dos muito céticos e para assombro dos muito cínicos, a prisão dos quadrilheiros do mensalão, transmitida ao vivo pela TV, fez o Brasil ficar parecido, ao menos por algumas horas, com países onde todos são iguais perante a lei.

Arrogantes, presunçosos, atrevidos, os bandidos de estimação dos donos do poder só conseguiram acreditar que lhes fora confiscado o direito à perpétua impunidade depois de confrontados com os mandados expedidos pelo ministro Joaquim Barbosa e entregues por agentes da Polícia Federal.

Se soubessem ouvir os gritos do silêncio, teriam escutado nitidamente a voz de prisão berrada em coro por milhões de brasileiros que ─ apesar de tudo, apesar de tantos, apesar de todos ─ permaneceram agarrados à crença de que ainda há juízes no Brasil.

Os integrantes da resistência democrática venceram, e o triunfo pertence a todos: tanto aos que nunca perderam a fé quanto aos que sucumbiram a compreeensíveis surtos de ceticismo (e agora sabem que é preciso combater o bom combate sobretudo em tempos especialmente sombrios).

Nenhuma noite é suficientemente longa para assassinar a manhã. Demorou oito anos, mas os bandidos conheceram a insônia de cadeia. É muito mais opressiva, perturbadora, aguda. É também bastante pedagógica.

O Brasil, obviamente, não foi transferido para o Primeiro Mundo depois deste 15 de Novembro.

Mas soube que é possível ficar bem melhor no curto espaço de um dia.

Os brasileiros vão aprendendo que o país será o que eles quiserem.

Períodos históricos são frequentemente estrelados por farsantes.

Mas o protagonista é sempre o povo.

Ele é o condutor, desde que seja capaz de pensar, refletir, escolher; decidir.


19.11.2013

0 comentários: