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domingo, 16 de setembro de 2012

OS PETRALHAS TENTARAM DAR UM GOLPE NA REPÚBLICA! SEU LUGAR É A CADEIA!







Por Reinaldo Azevedo

Meu blog está hospedado no site da VEJA.com, como sabem. E acredito que nós devemos incentivar os petralhas a gritar, com aquela energia muito característica, que emula com os zurros: “Cadê o áudio? Cadê o áudio?”

Será que eles sabem de algo que não sei?

Será que sabem tudo o que já vazou do que eles chamam “supostas” fitas e, sobretudo, o que não vazou?

Essa dúvida me atormenta!

Por que estão quietinhos desta vez?

Vocês não ignoram: petralha é gente bem informada, com os quatro membros sempre plantados no chão. Acho que devemos incentivá-los a gritar: “Cadê a fita?”

Desta vez, eles estão quase mudos, tão discretos, tão ensimesmados!

Eu gosto é de seu lado buliçoso, bucéfalo.

Eu aprecio é aquela ignorância arrogante e foliona, aquela burrice desafiadora, de crina sempre eriçada.

Admiro aquela estupidez cheia de si, ancha (uso palavras antigas e ainda estou longe dos 70 — sei que parte da imprensa se nega a ter mais de 12 anos…), jactanciosa, especiosa, presumida, empavesada.

Mas eu entendo o silencio dos que não são tão inocentes assim… Não sabem o que pode vir por aí, né?

Estão suputando (hoje eu não estou bolinho; hoje eu não estou prafrentex…) as possibilidades.

Estão numa dúvida quase existencial: “Será que a gente cobra que a VEJA divulgue as fitas ou será que a gente enfia a rabeca no saco?”

Pois é…

A verdade insofismável, que não se presta a nenhuma digressão redentora ou salvadora, é uma só: a canalha que está sendo julgada no processo do mensalão tentou dar um golpe da República.

O Ministério Público conseguiu identificar operações que, tudo somado, passam pouco de R$ 130 milhões. É claro que a paucidade (os dicionários mais conhecidos no Brasil só registram “pouquidade”…) contrasta com o vulto da ambição da canalha.

Valério confessa: só o que ele conhece soma R$ 350 milhões. E notem que seu esquema não lidava com empreiteiras, por exemplo… Imaginem quantos estão suando um tantinho frio a essa altura, né?, fazendo caramunha… Vai que alguém decida se apropinquar pra valer desse negócio…

Eu estou estranho: depois que a Folha decidiu que “prafentex” é uma palavra anciã, palavras em desuso começaram a me assaltar.

O que a reportagem da VEJA traz nesta semana — peçam a fita, petralhas! — é mais um capítulo da história do verdadeiro golpe que aquela gente encetou. Não conseguiu concluir a sua obra porque, em razão do jornalismo diligente, o esquema acabou desmoronando.

O fato é que Lula tentou o chavismo por outros meios. Se o Beiçola de Caracas não entende outra linguagem que não a da intimidação e da violência de caráter militar e paramilitar, os nossos autoritários, na sua condição de fatalistas cínicos, estavam — e estão — convencidos de que todos têm um preço.

Os petralhas tentaram comprar o que Chávez conseguiu roubando. Aquele é um ladrão de instituições; os petralhas são mercadores da ordem legal. Achavam e acham que ela pode ser comprada e vendida.

Eles, sim, eram e são golpistas convictos. Afinal, isso tudo a que se chamou “mensalão” era nada menos do que uma estratégia de conquista do estado e de dominação do processo político. No gozo pleno de sua efetivação, o golpe tornaria irrelevantes as eleições.

Ela seriam apenas a mímica da democracia que daria aparência aceitável a uma ditadura do suposto consenso, forjado com o dinheiro público. No comando, diz Valério a seus interlocutores (peçam a fita, petralhas!), estava ninguém menos do que Luiz Inácio Apedeuta da Silva.

José Dirceu era seu Leporello. Como tal, tinha ciência e domínio de todas as artimanhas do Dom Giovanni de São Bernardo, ávido para papar as instituições.

Alguns dos golpistas já foram condenados e têm reservado seu lugar na cadeia. Na segunda (ver post nesta página), o Supremo começa a julgar os outros.


16/09/2012

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