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terça-feira, 12 de junho de 2012

Por que Lula tem pavor do mensalão?


Recordando....




Os segredos do doleiro Antonio Oliveira Claramunt
(Toninho da Barcelona)

O que sabe o doleiro Toninho da Barcelona?


Por Policarpo Junior
Revista VEJA


Publicado Sábado, 20 de Agosto de 2005


Jonne Roriz/AE
ARQUIVO VIVO

Toninho da Barcelona afirma que o PT tem conta secreta no exterior e revela o caixa dois do partido


Na semana passada, doze parlamentares da CPI dos Correios desembarcaram em São Paulo para ouvir o doleiro Antonio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona.

Durante quatro horas, o doleiro procurou atiçar o apetite da CPI para negociar uma delação premiada, instituto pelo qual um criminoso conta o que sabe em troca de uma redução de sua pena.

Toninho da Barcelona cumpre 25 anos de prisão na penitenciária de Avaré, a 258 quilômetros de São Paulo. Aos parlamentares da CPI, ele contou que conhecia detalhes das operações financeiras do PT para o exterior, disse que sabia de remessas feitas pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e indicou que o MTB Bank, casa bancária de Nova York, era o epicentro da lavagem de dinheiro.

No depoimento, no qual chorou várias vezes, o doleiro disse ainda que a corretora Bônus Banval, de São Paulo, operava para o ex-ministro José Dirceu e era uma das fontes de pagamento do mensalão.


No dia seguinte, Toninho da Barcelona concordou em dar uma entrevista a VEJA, por escrito.

Ele recebeu uma lista com vinte perguntas da revista e levou duas horas para manuscrever as respostas, que ocupam treze folhas de ofício.

Suas revelações ajudam a desvendar o tesouro milionário do PT no exterior e mostram que:


• O PT tinha conta clandestina no exterior, operada pelo Trade Link Bank, uma offshore vinculada ao Banco Rural. Quando o PT queria sacar recursos do Trade Link para usá-los no Brasil, o doleiro acionado era Dario Messer, do Rio de Janeiro.

• Dario Messer recebia os dólares petistas em sua offshore no Panamá e entregava ao PT o correspondente em reais no Banco Rural, sediado em Belo Horizonte.


• Os cofres do PT viviam abarrotados de dólares. Em 2002, no auge da campanha presidencial, a casa de câmbio do doleiro, a Barcelona, chegou a fazer trocas de moeda em ritmo quase diário.


• As trocas, em valores que oscilavam entre 30.000 e 50.000 dólares, eram realizadas no gabinete do então vereador Devanir Ribeiro, ex-metalúrgico e petista histórico.


• A Bônus-Banval, de São Paulo – aquela corretora que recebeu um pagamento de Marcos Valério para Bob Marques, amigão do ex-ministro José Dirceu –, realizava operações de "esquenta-esfria". Por essas operações, um lado sempre ganha (e esquenta dinheiro de caixa dois) e outro sempre perde (e esfria dinheiro de caixa um, produzindo assim recursos para destinos escusos).


• Nas operações de esquenta-esfria, os prejuízos eram sempre de fundos de pensão de estatais – cujos recursos, esfriados, eram liberados para entrar no caixa dois do PT. Um dos atendidos pelo esquema da Bônus-Banval, diz o doleiro, era José Dirceu.
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