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quarta-feira, 7 de março de 2012

Senado rejeita recondução de Bernardo Figueiredo na ANTT


Jucá avaliou que veto é fruto da insatisfação ‘de vários partidos’ com o governo

Bernardo Figueiredo é vetado pelo Senado
O Globo / Gustavo Miranda

BRASÍLIA – Por 36 votos contra 31 a favor e uma abstenção, o plenário do Senado rejeitou nesta quarta-feira a recondução de Bernardo Figueiredo para o cargo de diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Considerado um homem do staff da presidente Dilma Rousseff, com quem trabalhou diretamente por dois anos na Casa Civil, o resultado é uma derrota de Dilma no Senado. Integrantes da base aliada avaliaram que o resultado reflete a insatisfação de senadores com o governo. E o Planalto foi pego de surpresa com o resultado da votação.

O núcleo palaciano já tinha identificado a insatisfação na base. Mas não esperava essa derrota. A votação foi recebida por interlocutores diretos da presidente como uma advertência dos partidos aliados no Senado.

- Hoje, os aliados estão usando uma votação secreta para mandar um recado. O problema maior será se essa rebelião acontecer numa votação aberta - reconheceu um auxiliar direto da presidente Dilma.

Ainda na avaliação do governo, houve uma junção de insatisfações no caso. No encaminhamento da votação, mais cedo, o recado fora dado pelo PMDB. Foi apresentado um requerimento para adiamento da votação, e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), conseguiu manter a votação por apenas cinco votos de vantagem. Ao encaminhar, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), avisou que iria manter a votação, mas que a indicação não era pacífica dentro do partido, numa senha para a votação seguinte.

Interlocutores do Planalto disseram que avisaram que haveria problemas. O PR, que queria manter o controle da agência, estava irritado com a situação. Outros, inclusive dentro do PT, comentaram que foi uma derrota da presidente, devido sua ligação com o indicado.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), também avaliou que o resultado da votação secreta traduziu a insatisfação de alguns senadores com o governo.

- Existe insatisfação em vários partidos e isso foi manifestado no voto secreto - concluiu.

Para ele, é preciso aprofundar as relações políticas entre o governo e a base para acabar com traições. A insatisfação, de acordo com o líder, tem a ver com os problemas de sempre: falta de liberação de emendas, indicações políticas, falta de atenção dos ministros.

- Juntou a insatisfação com os problemas com o nome do indicado. O relatório do TCU deu combustível - observou.

A oposição comemorou.

- As irregularidades eram flagrantes, e as denúncias, gravíssimas. Prevaleceu o bom-senso e o Senado agiu com independência - disse o líder do PSDB, Álvaro Dias (PR).

Bernardo teve forte oposição do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que apresentou acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) que aponta várias irregularidades na gestão do então diretorda ANTT. Requião lembrou que o Ministério Público Federal acusa Figueiredo de ter se omitido no papel de fiscalizador das concessionárias de linhas férreas e ainda de ter contribuído para que empresas privadas dilapidassem o patrimônio da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA).

A oposição se revezou na tribuna para falar contra a recondução de Bernardo para a diretoria-geral da ANTT.
07/03/12

1 comentários:

Anônimo disse...

O Brasil é, e continuará sendo por muitos anos, habitado por um povo VIRA-LATAS, inculto, sem noção de PN e absolutamente alienado.

É o que faz supor a eleição
de Lula, Dilma, Tiririca sem falar nos inúmeros outros gangsters eleitos para representá-los.