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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A FRATERNIDADE DEMAGÓGICA ... continuação


Por Rivadavia Rosa

É uma nova classe exploradora, que não tem nada a ver com o proletariado nem com a utopia, mas com a prática de outras formas de dominação, muito mais perversa e violenta, agravada por sua natureza  sistêmica.

Aí entra o problema ‘ético-moral’ absolutamente ausente no comunismo que leva a perguntar pela natureza do homem, por sua condição natural. Para uma corrente de interpretação o homem nasce e é mau por natureza e só Deus pode controlá-lo; para outra – o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe.

Para ela sua salvação ou aperfeiçoamento está na mudança da sociedade. Sobre estas duas posições se apóia boa parte da teoria social.

E até o presente não se tem demonstrado a viabilidade do comunismo, enquanto isso as religiões e os regimes de força, sempre recobertos de ‘legalidade, liberdade e democracia’, seguem na ponta do controle da sociedade.

O certo é que o socialismo, vulgarmente conhecido como comunismo - é uma ideologia política - neo-regressava totalitária – configurada por teorias e ações (praxis) que propugnam por um sistema econômico e político, baseado na propriedade e administração do sistema de produção pelo Estado, mediante o controle social (parcial ou completo) de todos os demais setores da sociedade.

a meta-desejo-propaganda do comunismo – é de ‘dominar os impulsos egoístas individuais’, em que todo e qualquer problema individual deve ser relevado ante o bem estar coletivo. Assim – não haverá necessidades pessoais, tudo é coletivo.

O fracasso do coletivismo utópico no século passado ocorreu justamente por considerar o ser humano como um instrumento do Estado-partido (deus-estado) e não uma criatura de Deus, com individualidade própria, com direitos inerentes a sua condição humana agora ressuscita mediante a falsificação da história que enterrou o totalitarismo nazista (nacional-socialismo), mas ocultou obsequiosa e criminosamente os crimes e a tragédia do socialismo-comunismo cuja dimensão foi muito maior em barbárie e degradação provocados pela ação (des) humana da ideologia patológica.

O COMUNISMO não passa de uma mudança de forma e níveis de exploração-dominação pelas auto denominadas ‘revoluções sociais’ que anunciam a utopia do homem livre de todo tipo de exploração-alienação-destruição, mas na realidade instituem a mais perversa forma de servidão – a vassalagem ao Estado-partido-chefe.

As famigeradas relações de soberania e dependência que Karl Marx apontava como derivadas da relação jurídica proprietária “de dominação e servidão” que o modo capitalista de produção gera (segundo essa mesma concepção marxista) - na realidade socioeconômica e trabalhista atual foram usurpadas pelo próprio Estado que aparece como forma derivada/trágica da subsunção do processo de trabalho, forma de domínio social, baseada justamente na apropriação de mais-trabalho, consubstanciado na “mais-valia”, mediante a cobrança de impostos a níveis extorsivos, tanto do empresário/capitalista, quanto da renda e dos bens do próprio trabalhador.

Assim, tanto o ‘capitalista’, quanto o ‘trabalhador’, resultantes do produtivo e eficiente pactum uniones et subjectionis – estão sujeitos ao poder despótico do Estado, enquanto forma de dominação e servidão imposta de forma ‘nunca vista antes’ no mundo civilizado, a todo o aparato produtivo, representado pelo capital e pelo trabalho.

O Estado configura então um ‘modo, não de produção’,
mas de extorsão do resultado do capital e do trabalho, em que a “mais-valia” é apropriada pelo Estado, em sua nova função gradativamente imposta no sistema institucional e econômico do trabalho, já agora trabalho ‘social’, que paradoxalmente não implica necessariamente em resultado efetivamente ‘social’ justamente pela falta de responsabilidade social do próprio Estado.

É o ‘novo Estado’
– como ‘sócio da produção’, mas alienado de sua responsabilidade social e, muitas vezes movido pelo cancro da corrupção o maior de todos os males sociais.

Temos então o CAPITAL ‘SOCIAL’ que na concepção marxista é a “superação do capital como propriedade privada no âmbito do modo de produção capitalista” e, assim o ‘modo de apropriação socialista’, que é o verdadeiro regime “social”, da servidão social.
Para finalizar, resta lembrar que na Declaração Universal dos Direitos do Homem da ONU e na Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem da OEA, e diversos Pactos e Convenções Universais e Regionais – a propriedade é erigida a um direito fundamental. Tais instrumentos consagram que temos DIREITOS e assim, nem um Estado pode despojar a propriedade.

O DIREITO DE PROPRIEDADE – é considerado um dos pilares das constituições modernas – assim como a liberdade, a segurança e a igualdade, sob a concepção contratualista todas as constituições o expressam de forma clara e inequívoca - desde a Revolução Francesa (- O fim de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do Homem.

Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão” -
“Le but de toute association politique est la conservation des droits naturels et imprescriptibles de l'Homme. Ces droits sont la liberté, la propriété, la sûreté, et la résistance à l'oppression.”(Art. 2.  Déclaration des Droits de l'homme et du citoyen du 26 août 1789).
O verdadeiro fim ‘social’ da propriedade é a criação de riqueza mediante o lucro lícito e a geração de empregos e mais bens comuns materiais e intangíveis, que resultam em maior e melhor bem-estar social.

As soluções efetivas para o progresso político, econômico e social ainda que de governos autodenominados socialistas, sociais democratas ou outros eufemismo – são as soluções LIBERAIS, em que a LIBERDADE é INDIVIDUAL; o socialismo, o comunismo e o nacional-socialismo e outros ismos daí derivados – são COLETIVISTAS, portanto, contra a LIBERDADE.

O axioma liberal de que somente a criação de riqueza pode eliminar ou reduzir a pobreza, nunca esteve tão evidente. Atacar a propriedade só faz produzir pobreza, fome e miséria, justamente o paradoxalmente se propõem ‘eliminar’.

Oremos e vigiemos, pois ...
Rivadávia Rosa

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