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sábado, 4 de outubro de 2008

Crise dá tranco nas empresas no Brasil


O Globo

RIO - A grave crise que está sacudindo os mercados financeiros em todo o mundo acabou surpreendendo pela forma como está atingindo em cheio empresas e bancos brasileiros, mostra reportagem de Juliana Rangel, publicada pelo Globo neste sábado.

Depois de a Sadia ter admitido perdas de R$ 760 milhões, a Aracruz Celulose anunciou prejuízo de R$ 1,95 bilhão com operações no mercado futuro de dólar em volume acima do que era necessário para a companhia se proteger de variações da moeda.

O efeito nas ações foi pesado: os papéis da Aracruz despencaram 24,8%, para R$ 4,85, a maior queda desde março de 1990, e puxaram os de outras exportadoras. Outras grandes exportadoras, como a JBS (frigorífico) e a Votorantim Papel e Celulose, tiveram desvalorizações acima de 10%.

Em outra frente, a crise levou os bancos grandes a bloquearem o acesso ao crédito de bancos pequenos e médios, o que fez o Banco Central (BC), na quinta-feira, afrouxar mais uma vez o recolhimento compulsório para liberar dinheiro no mercado .

Na sexta-feira, o BC reeditou circular que flexibilizou a regra do recolhimento compulsório de parcela dos depósitos a prazo dos bancos com o objetivo de aumentar o controle sobre as exigências. Agora, o BC determinou que os bancos que vendem suas carteiras ficarão proibidos de recomprá-las. Eles poderão, em contrapartida, manter a co-obrigação sobre as carteiras.

As ações dos bancos também caíram: as units (grupo de ações) do Unibanco caíram 10,08%. Os papéis PN de Bradesco e Itaú caíram 5,03% e 7,1%, respectivamente, enquanto as ações ON do Banco do Brasil recuaram 6,4%.

O temor é de que a crise de liquidez seque os recursos destinados para empréstimos e financiamos destinados aos consumidores e às empresas. As operações entre bancos ficaram paralisadas pelo temor de que instituições pequenas estejam atravessando dificuldades.

O aperto do crédito fez o empresário Eike Batista adiar o investimento de US$ 2 bilhões no Porto Brasil , em São Paulo. Os papéis de sua empresa, a LLX, recuaram 25,9%.

Leia a reportagem completa no Globo Digital (conteúdo exclusivo para assinantes)

Publicada em 03/10/2008 às 23h52m

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