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sábado, 31 de outubro de 2015

Lula: o mito e as verdades




As investigações da Polícia Federal e do Ministério Público sobre casos de corrupção atingem filhos, parentes, amigos, amigos íntimos, amigas íntimas e ex-assessores do ex-presidente


Por Daniel Pereira e Rodrigo Rangel
Veja.com
Com reportagem de Hugo Marques
e Pieter Zalis


PARANOIA - Lula (de camiseta) e Dilma no Palácio da Alvorada: o ex-presidente acredita que é vítima de uma perseguição que contaria com o aval da presidente
(André Duzek/Estadão Conteúdo)




Oito anos na Presidência da República fizeram de Lula um mito. Ele escapou ileso do escândalo do mensalão, bateu recorde de popularidade, consolidou o Brasil como um país de classe média e elegeu uma quase desconhecida como sua sucessora. Os opositores reconheciam e temiam seu poder de arregimentação das massas.

O líder messiânico, o novo pai dos pobres, o protagonista do primeiro governo popular da história do Brasil encontra-se atualmente soterrado por uma montanha de fatos pesados o bastante para fazer vergar qualquer biografia - até mesmo a de Lula. Investigações sobre corrupção feitas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público vão consistentemente chegando mais perto de Lula. Ele próprio é foco direto de uma dessas apurações.

Do seu círculo familiar mais íntimo ao time vasto de correligionários, doadores de campanha e amigos, o sistema Lula é formado predominantemente por suspeitos, presos e sentenciados. Todos acusados de receber vantagens indevidas de esquemas bilionários de corrupção oficial.


O mito está emparedado em verdades. Lula teme ser preso, vê perigo e conspiradores em toda parte, até no Palácio do Planalto. Chegou recentemente ao ex­-presidente um raciocínio político dividido em duas partes. A primeira dá conta de que sua derrocada pessoal aplacaria a opinião pública, esse monstro obstinado, movido por excitação, fraqueza, preconceito, intuição, notícias e redes sociais.

A segunda parte é consequência da primeira. Com a opinião pública satisfeita depois da punição a Lula, haveria espaço para a criação de um ambiente mais propício para Dilma Rousseff cumprir seu mandato até o fim. Nada de novo. A política é feita desse material dúctil inadequado para moldar alianças inquebrantáveis e fidelidades eternas.


Os sinais negativos para Lula estão por toda parte. Uma pesquisa do Ibope a ser divulgada nesta semana mostrará que a maioria da população brasileira condena a influência de Lula sobre Dilma. Some-se a isso o contingente dos brasileiros que até comemorariam a prisão dele, e o quadro fica francamente hostil ao ex-presidente. O nome de Lula e os de mais de uma dezena de pessoas próximas a ele são cada vez mais frequentes em enredos de tráfico de influência, desvios de verbas públicas e recebimento de propina.

Delator do petrolão, o doleiro Alberto Youssef disse que Lula e Dilma sabiam da existência do maior esquema de corrupção da história do país. Dono da construtora UTC, o empresário Ricardo Pessoa declarou às autoridades que doou dinheiro surrupiado da Petrobras à campanha de Lula à reeleição, em 2006. O lobista Fernando Baiano afirmou que repassou 2 milhões de reais do petrolão ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula e tutor dos negócios dos filhos do petista. Baiano contou aos procuradores que, segundo Bumlai, a propina era para uma nora do ex-presidente.

A relação de nomes é conhecida, extensa e plural - dela faz parte até uma amiga íntima de Lula. A novidade agora é que a lista foi reforçada por um novo personagem. Não um personagem qualquer, mas Luís Cláudio da Silva, um dos filhos do ex-presidente. O cerco está se fechando.




30/10/2015

1 comentários:

O MESMO de SEMPRE disse...

Saindo do assunto, acabo de ver a audiência de Marcelo Odebrecht com o Juiz MORO:

Juiz Moro, INFELIZMENTE, foi SUBJUGADO pelo Marcelo Odebrecht.

Primeiramente o Juiz não deveria lhe ter permitido considerações preliminares absolutamente irrelevantes para o processo e questão.

Portanto, deveria tê-lo interrompido para que não procastinasse ou mudasse o foco do processo.

Em segundo lugar, o juiz Moro JAMAIS poderia deixar que Marcelo Odebrecht afirmasse estar respondendo aos questionamentos do JUIZO. Afinal ele NÃO os respondeu!

Imagine-se um depoimento onde o próprio réu SE faz as perguntas para que as responda e assim SIMULAR ter respondido. Afinal, o interrogatório VISA BUSCAR CONTRADIÇÕES no relato do DEPOENTE.

Ou seja, ardilosamente Marcelo Odebrecht ENROLOU o Juiz MORO.

O juiz deveria ter insistido que um depoimento pré elaborado pelo PRÓPRIO RÉU não se constitui em um depoimento e que portanto, a bem da verdade, estaria o sr. Marcleo Odebrecht invocando seu direito ao silêncio a fim de furtar-se a entrar em contradições.

Jamais o juiz deveria ter permitido a afirmação de marcelo sobre não estar invocando seu direito ao silência.

O tal AUTO-DEPOIMENTO jamais poderia ser afirmado como "respondendo a todos os questionamentos", mas apenas deveria TER SIDO TOMADO COMO UMA MERA PEÇA DA DEFESA.

O juiz MORO infelismente foi ENROLADO por Marcelo. Deveria ter declarado que:

Sr. Marcelo, um AUTO DEPOIMENTO não se constitui como resposta a questionamentos de um juizo. Portanto, sua afirmação de que não esta invocando seu dioreito ao siêncio irá apenas significar que não respondeu as questões que lhe foram postas.
DESTA FEITA, a auto depoimento fornecido a este juizo CONSTITUI-SE APENAS e nada mais que apenas, NUMA PEÇA da DEFESA.

Assim, como sua afirmação de que não esta invocando seu direito ao silẽncia será causa para que se tome a ausência de respostas as questões aqui formuladas como NÃO SOUBE RESPONDER. Afinal, ao que sugere o sr. Marcelo não decorou a peça de defesa oferecida por seus advogados.

E ZÉ FINI!!!

Jamais o juiz poderia ter aceito tamanha pantomina. Tecnicamente FAJUTA, mas o consentimento do juiz, ACATANDO as afirmações de Marcelo, implica em favorecimento deste em posteriores questionamentos as decisões do juiz Moro.

UMa PENA QUE moro tenha sido enrolado.

Jamais poderia ter permitido que um réu apresentasse um AUTO-DEPOIMENTO como se um depoimento onde o objetivo é JUSTAMENTE COLHER CONTRADIçÔES nas declarações do réu/acusado.

Tal é um precedente ABSURDO.

O Juiz jamais poderia ter admitido tal PATACOADA!!!

Deveria ter imediatamente esclarecido:

Sr. MARCELO, o seu AUTO DEPOIMENTO NADA MAIS É DO QUE UMA MERA PEÇA DA DEFESA. Portanto, não substitui o depoimento oral, onde se pode verificar a coerência do depóente.

Tal artificio, pretenso artificio, na verdade apenas expõe o TEMOR do DEPOENTE em ENVOLVER-SE EM CONTRADIÇÕES. Desta feita, tal incorre em indício PARA ACUSAÇÃO!