Por Reinaldo Azevedo
Luiz Inácio Apedeuta da Silva esteve num encontro do PT do Interior (de São Paulo), que ocorreu na sexta e no sábado passados, em Bauru.
Foi o lançamento não oficial da candidatura do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao governo do Estado de São Paulo.
Regozijando-se com as denúncias sobre a formação de cartel, exultante mesmo, feliz a mais não poder, Lula — este monumento à ética da política pátria — comemorou com Padilha: “Você entrou no jogo!”.
Ora, isso remete ao começo de tudo, não é mesmo?
Vamos lembrar um tantinho.
As primeiras manifestações violentas, cujo pretexto era o reajuste da passagem de ônibus, se deram em São Paulo, reunindo meia dúzia de gatos-pingados.
Os protestos sempre foram caracterizados por uma incrível truculência e por provocações deliberadas dirigidas contra os policiais militantes, em particular contra a tropa de choque.
Agora sabemos de tudo.
Os black blocs já estavam lá.
A tal Mídia Ninja, do grupo petista Fora do Eixo, já estava lá.
A baderna, o quebra-quebra, a busca de confronto com a PM, todos esses atos eram deliberados.
O resto é história, que já contei aqui muitas vezes. O que interessa é deixar isto registrado: o intuito era mesmo provocar a bagunça em São Paulo, de olho já nas eleições.
O tiro acabou saindo pela culatra — e, sobre isso também escrevi dezenas de textos.
A desordem não se instalou por aqui, e o governador Geraldo Alckmin acabou com a imagem menos arranhada do que a da própria presidente Dilma Rousseff.
Urgia fazer alguma coisa.
E, tchan, tchan, tchan!!!
Eis que surgem os vazamentos da investigação dita “sigilosa” que se dá no Cade sobre a formação der cartel, com base num acordo de leniência firmado pela Siemens com o órgão federal e com o Ministério Público.
Como deixam claros os documentos, as suspeitas não recaem apenas sobre São Paulo, não.
Mas, por alguma razão, os ditos “executivos” parecem ter se esmerado em fornecer e-mails que comprometem só o estado.
Pois é!
A Siemens, não obstante, é a maior fornecedora da área de energia para o governo federal.
Mas esse não é eixo deste texto (há outros posts a respeito).
Lula sempre oportuno
Lula, como sempre, diz coisas oportunas. Era preciso pôr Alexandre Padilha no jogo, certo?
Lá no governo federal, ninguém se conforma com o fato de que um aliado importante, como Sérgio Cabral, teve a reputação calcinada pelos protestos.
Em São Paulo, não se deu o mesmo. Então os companheiros decidiram que era chegada a hora de promover o baguncismo por aqui também.
Assim, o Passe Livre — um dos aliados barulhentos do PT nas eleições de 2010 e 2012 — decidiu marcar uma manifestação de protesto para esta quarta-feira.
O PT, claro, aderiu.
Trata-se, de fato, de uma parceria.
E, podem esperar, em casos assim, aparecem os black blocs e seus porta-vozes oficiosos: a Mídia Ninja, aquela gente que pertence ao tal “Fora do Eixo”, de Pablo Capilé.
Mais uma vez, a tática será a mesma: tentar promover o caos na cidade com o objetivo de atingir a reputação do governo do estado.
Afinal, como disse Lula, Alexandre Padilha precisava “entrar no jogo”.13/08/2013
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Nesta quarta, haverá petistas, Passe Livre, black blocs e Mídia Ninja nas ruas de SP. Lula deu o comando: Alexandre Padilha precisava entrar no jogo
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