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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Quanto custa a perniciosa estratégia de coalizão



A grande capa que o doutor honóris causa própria, Lula da Silva, sempre usou para enfrentar a fúria das togas do Supremo Tribunal Federal foi o manto que serve como disfarce da desestabilização
democrática do País

A inclusão de Lula - tanto como o então presidente da República quanto agora como presidente de honra do PT - foi passada aos brasileiros como sendo um desastre para os novos tempos e um prenúncio de amargo regresso à ditadura.
Um besteirol canalha. Uma desculpa esfarrapada. Fernandinho Beira Collor saiu pela porta dos fundos do Palácio do Planalto por causa de uma camionete Fiat Elba - uma falcatrua banal - e nada demais aconteceu. Pelo contrário, Itamar Franco foi muito mais presidente que Beira Collor e bem melhor e muito mais sério no seu breve tempo do que os perniciosos  e longos oito Anos-Lula.

A desestabilização democrática se deu há muito tempo. Começou a balançar em 2002, quando Lula subiu a rampa e, dono de um carisma engrossado pelo desassombro de quem sabe o quanto vale uma mentira repetida mil vezes, implantou sorrateiramente a "estratégia de coalizão pela governabilidade". A governança de Lula botou preço em tudo e em todos. Lula descobriu o quanto as burras públicas podiam comprar de inteligência nacional. E quanto poderiam valer as consciências do Estado democrático.

E fez assim, sem que ninguém notasse nada, até que Roberto Jefferson espalhou a fedentina de mensaleiros por tudo quanto foi parede da Esplanada dos Ministérios, da Praça dos Três Poderes, em cada corredor do Palácio do Planalto. E a lama desceu a rampa, no escândalo mais escancarado da história de todos os governos da República Federativa do Brasil.

E o jeito Lula continua fazendo assim. Porque agora é assim. Se não faz, manda fazer. Outro dia mesmo, a primeira-presidenta Dilma Vana cumpriu a tarefa de Lula e, como sua corretora, comprou o apoio de Marta Suplicy à campanha do hilário Fernando HaHaHaddad, pagando-lhe a aliança com o Ministério da Cultura.

E cargos e funções e diretorias e presidências de empresas estatais, ministérios e organismos genéricos e similares dos três Poderes constituídos, são usados desde sempre e ainda hoje e para sempre como moeda de troca, numa deslavada cooptação de políticos de todas as alas e de todos os blocos, num carnaval indecente, como se esta emporcalhada "estratégia de coalizão" não fosse um monstruoso e hipócrita atentado ao Estado democrático.

O julgamento do Mensalão não é, como a pandilha lulática espalha por aí, um golpe contra a estabilidade democrática do País. É, na verdade e para o pavor dos mafiosos que se encravaram na estrutura do Estado brasileiro, a ponta da linha do carretel que rola em direção a Lula, o grande tecelão dessa desordem moral que tomou conta do Brasil.

Mensaleiro é o de menos no Brasil, embora seja o que mais tem por aí... O demais, a grande chave da balbúrdia ética nacional é o poder de mexer com os pauzinhos que servem para abrir e fechar cada porta da Esplanada dos Ministérios, cada porta de estatal, cada governo estadual, cada prefeitura, cada sede partidária, cada central sindical, cada político, cada cidadão, cada núcleo social que esteja desprevenido contra a pior e mais perniciosa marca que um político poderia infringir ao tecido social de um país: a estratégia de coalizão pela governabilidade.

A estratégia, verdadeiro jeito Lula de ser, marcou e continua marcando cada coisa e cada pessoa que compra como se fosse só mais uma cabeça de gado do incomensurável rebanho que adquiriu depois de oito anos como proprietário do Brasil, com uma senha mágica muito mais ágil e prática do que a frase "abre-te Sésamo" de Ali Babá:

- Qual é o preço?!?

28/09/2012

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