Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O réu ausente no mensalão






No julgamento do mensalão há um ausente no banco dos réus que teria poder de abortar o caso no seu início, mas se omitiu, não cumpriu seu papel e sistematicamente violou a lei entre 2003 e 2005
Trata-se do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), criado em 1998 com a missão específica de identificar transações bancárias suspeitas de lavagem de dinheiro

Suely Caldas
O ESTADO DE S. PAULO

A legislação obriga os bancos a informarem ao Coaf todas as operações efetuadas em dinheiro vivo - depósitos ou saques - em valores acima de R$ 10 mil. Examinadas as transações, o órgão envia as que julgar suspeitas para o Ministério Público (MP) investigar.

No caso do mensalão, o Coaf escondeu as informações e não as repassou ao MP. Entre julho de 2003 e maio de 2005 as empresas do principal operador do esquema, o publicitário Marcos Valério, realizaram uma centena de saques em dinheiro vivo de valores entre R$ 100 mil e R$ 400 mil, transportados em malas até Brasília e distribuídos a parlamentares que, segundo a acusação, eram indicados pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

Uma única notificação chegou ao MP de São Paulo em 2003. Depois, silêncio completo. E nenhuma ao MP de Minas Gerais, de onde saiu o grosso do dinheiro sacado por Valério na agência do Banco Rural em Belo Horizonte.

Se desde o primeiro momento o Coaf informasse as transações suspeitas de Valério e o MP pedisse abertura de inquérito à Polícia Federal, o mensalão teria sido obstruído no nascedouro. Ou o esquema seria obrigado a buscar outros meios de financiamento. "E por que o Coaf não agiu?", indagou a ex-deputada Denise Frossard em ofício dirigido ao então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, ao qual o Coaf era subordinado.

Recebeu em resposta um convite de visita do ministro da Justiça e hoje advogado de um réu no caso Márcio Thomaz Bastos. Ele prometeu à deputada que o fato não se repetiria porque o Coaf passaria por uma competente reforma.

Na Fazenda a conversa com a ex-deputada foi interpretada como um recôndito desejo de Bastos de transferir o Coaf para o Ministério da Justiça. Se verdade é, não conseguiu.

O mensalão teve vertentes, filhotes e desdobramentos que não chegaram a ser apurados. O caso Coaf é um deles. Mas se destaca dos demais pelo importante papel que exerce no aparato policial para investigar crimes de lavagem de dinheiro. Como a investigação começa justamente a partir dele, sua omissão tem o poder de encobrir crimes e criminosos. Por isso não podem pairar dúvidas sobre sua atuação. Ele deveria funcionar no modelo de uma agência reguladora, agir com independência, autonomia e distanciado de más influências do poder político. Mas a realidade é outra.


Em 14 anos de existência, seu balanço apresenta resultados positivos, outros negativos. Ao completar dez anos, em março de 2008, o Coaf divulgou em relatório ter rastreado 686 contas bancárias de 748 pessoas ligadas à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que movimentaram R$ 63 milhões entre 2005 e 2007. A ação do Coaf permitiu à Justiça bloquear R$ 17,7 milhões dos criminosos. Ponto positivo.


Só que os negativos causam um estrago institucional tão nocivo que superam os positivos e comprometem sua credibilidade. E eles têm ocorrido a partir do uso político do órgão e da influência de quem tem poder para mandar. No caso do mensalão isso ficou flagrante: após a primeira notificação sobre as empresas de Valério, o Coaf emudeceu durante dois anos. Em conversa que tivemos em 2008, o advogado Antonio Gustavo Rodrigues, presidente do Coaf desde 2004, não explicou a omissão ao longo de dois anos e tratou de negar influência política: "Nunca sofri pressão política de algum superior, a não ser a interferência do chefe de gabinete do ministro (Palocci) no caso do caseiro".


Mensalão, violação da conta bancária do caseiro Francenildo Costa, saques em dinheiro de R$ 1,75 milhão feitos por dois aloprados do PT para comprar um dossiê falso contra tucanos. Tudo isso aconteceu, mas o Coaf não viu.


Jornalista, é professora de Comunicação da PUC-Rio

1 comentários:

Anônimo disse...

ESTÁ NA REDE:
A CORRUPÇÃO INSTITUCIONALIZADA NO PAÍS COMPROVA A CULPA DOS MILITARES: CONHECIAM AS INTENÇÕES DOS BANDIDOS, MAS PERMITIRAM QUE ASSUMISSEM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
AGORA: “SÓ TRATAMENTO DE CHOQUE”.

ÚLTIMA SAÍDA: SE PERDER, VIRA ESCRAVO DE POLÍTICOS.
APOSENTADOS, PENSIONISTAS, PROFESSORES, MILITARES, FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS – ESCRAVIZADOS E HUMILHADOS – VÃO “FERIR DE MORTE POLÍTICA” O CORAÇÃO DOS CARRASCOS CORRUPTOS: AS URNAS.
NÃO TEMOS OUTRA SAÍDA DEMOCRÁTICA. TEMOS QUE COMEÇAR A ATROPELAR OS BANDIDOS PELAS URNAS, DESTA FORMA: CONCENTRAR VOTOS NA OPOSIÇÃO – INDEPENDENTE DE PARTIDO.

É UM CAMINHO MAIS CURTO E MAIS SEGURO DO QUE ANULAR VOTOS OU ESPERAR QUE A SOLUÇÃO VENHA COM A CONSCIENTIZAÇÃO POLÍTICA. AFINAL, HÁ MUITO TEMPO, PESSOAS CONSCIENTES ANULAM VOTOS, MAS O QUE TEMOS É: BANDIDOS CADA VEZ MAIS PRÓXIMOS DE SEREM DONOS DO BRASIL.

ADEMAIS, PRECISAMOS “CORRER CONTRA O TEMPO” POR CAUSA DAS BOLSAS-VOTOS. PERCEBERAM? ENQUANTO DESENVOLVE-SE A CULTURA DO VOTO NULO, POLÍTICO MAL INTENCIONADO, MAIS RAPIDAMENTE, COM O NOSSO DINHEIRO, IMPLANTA A SUA CULTURA.

NÓS VAMOS PERDER!!!

PRECISAMOS, EM ALGUNS CASOS, UTILIZAR AS ARMAS DOS BANDIDOS. "VAMOS APRONTAR UM ZARALHO NAS URNAS" PARA GANHAR TEMPO, NOS APROVEITAR DA SITUAÇÃO E CRIAR ESTRATÉGIAS.

É exatamente assim que os canalhas "se dão bem" com o poder judiciário no Brasil.

NÃO SE ESQUEÇAM:

1) OS ÚLTIMOS GOVERNOS ACABARAM COM A EDUCAÇÃO NO BRASIL, OS POLÍTICOS ORA NO PODER QUEREM UM POVO “ABESTADO”, COMO DIZ O TIRIRICA, PARA MELHOR APROVEITAREM-SE DA NOSSA RIQUEZA E DO DINHEIRO PÚBLICO. PARA ISSO, O PRIMEIRO CAMINHO É DIZER QUE VALORIZA A ESCOLA E DESVALORIZAR O PROFESSOR. É UMA ESTRATÉGIA DIABÓLICA. O ALUNO ESTÁ SENDO ENGANADO E SERÁ UM ADULTO ESCRAVIZADO PELAS “BOLSAS-MISÉRIAS-VOTOS”.

NÃO ESXISTE VALORIZAÇÃO DA ESCOLA COM PROFESSOR ESCRAVIZADO!

OUTRA ESTRATÉGIA DIABÓLICA PARA CONSUMAR A LESA À PÁTRIA É GASTAR MILHÕES DO ERÁRIO COM PROPAGANDAS MENTIROSAS E INSTITUTOS DE PESQUISA CHAPA-BRANCA.

2) O GOVERNO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES E COLIGADOS ESTÃO ESCRAVIZANDO TRABALHADORES, FUNCIONÁRIOS E APOSENTADOS PARA MANTER O PODER A QUALQUER PREÇO, COM UMA ESTRATÉGIA DIABOLICAMENTE ARTICULADA.

ALGUMAS CATEGORIAS, "AMIGOS DE CONFIANÇA DO REI", QUE OCUPAM CARGOS CONTROLADOS PELO PARTIDO, GANHAM ”RIOS DE DINHEIRO”.
OS TRABALHADORES E APOSENTADOS: ESCRAVIZADOS, MISERÁVEIS, HUMILHADOS E ENDIVIDADOS NÃO VÃO PERMITIR – A PARTIR DAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES – QUE OS “TUMORES CANCERÍGENOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA” SAIAM SE REPRODUZINDO E ESPALHANDO MAIS FILHOTES PELO BRASIL AFORA.
AINDA HÁ TEMPO PARA SALVAR AS CRIANÇAS DA ESCRAVIDÃO.

OS NOSSOS FILHOS E NETOS SERÃO ESCRAVIZADOS PELO PARTIDO DOS TRABALHADORES – PT – PARA MANTER A CORRUPÇÃO E ENRIQUECER BANDIDOS E POLÍTICOS.

É ISSO QUE VOCÊ QUER PARA A SUA FAMÍLIA??? FILHOS E NETOS???
Expressão de pensamento retirada de textos do movimento: “A REVOLTA DAS BENGALAS E DAS CADEIRAS DE RODAS” que gira na net.
VAMOS COMEÇAR A VENCER O CÂNCAR QUE DESTRÓI O BRASIL, JÁ NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES.