Fragmentação partidária
Por Reinaldo Azevedo
A fragmentação partidária, outra herança perversa da Constituinte de 1988, também está na raiz desse mal estrutural, que predispõe o sistema brasileiro à corrupção.
Os tais movimentos sociais capitaneados pelo PT e pela igreja, os egressos do exílio, mesmo os liberais que combateram a ditadura militar, toda essa gente se juntou para defender a ampla liberdade de organização partidária, estabelecendo critérios muito frouxos e pouco exigentes para a criação de legendas, que foram se tornando ainda mais relaxados por legislação específica.
“Pra que tanto partido, meu Deus?”, pergunta o meu coração.
Para assaltar os cofres públicos!
Ou alguém identifica no, sei lá, PR, PP e PRB diferenças ideológicas de fundo, que realmente os diferenciem?
Ou ainda: o que eles têm de incompatível com o PMDB, por exemplo, e este com o PSB ou com o PDT?
A experiência mundo afora tem demonstrado que dois partidos bastam para fazer uma sólida democracia, eventualmente três.
Os demais ou servem à vaidade de líderes regionais — na hipótese benigna e mais rara — ou ao assalto organizado ao caixa.
Esses partidos não DÃO apoio a ninguém, mas o VENDEM. Os que não conseguem expressão eleitoral para reivindicar cargos públicos fazem negócios antes mesmo da eleição: negociam seu tempo na televisão.
Dá para ser otimista quanto a esse particular?
Não!
Os encarregados de fazer uma reforma partidária, por exemplo, são os principais beneficiários da fragmentação partidária.
Isso não vai mudar.
20/07/2011
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