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domingo, 11 de janeiro de 2009

O Boi vai pro brejo. Só não se sabe, ainda, em que velocidade. Existem vários escândalos prestes a estourar


do Alerta Total
Por Jorge Serrão


Luiz Inácio Lula da Silva caiu em desgraça perante as Forças (nem tão) Ocultas que controlam o sistema globalitário. O bem informado apedeuta devia saber que se paga um preço alto quando se contraria algum interesse maior ou quando o dirigente político não mais serve de fantoche para os poderes globais. A situação ficou tão preocupante que Lula foi obrigado a antecipar sua volta das férias.

A previsão é que Lula vai levar bronca dos patrões no Fórum Econômico Mundial, em Davos, nos Alpes Suíços, no dia 27 deste mês. O encontro anual da elite econômica e política global serve para que presidentes e chefes de Estado recebem as ordens e diretrizes dos clubes de poder que mandam no mundo de verdade.

Os ataques no fígado do apadeuta vieram da mídia amestrada pela Oligarquia Financeira Transnacional. Teria doído mais se Lula tivesse lido as notícias. Sorte dele que não faz isso. Mas o chefão foi bem informado sobre as pancadas editoriais. Lula foi duramente atacado, na sexta-feira, por dois dos mais prestigiados veículos de informação britânicos.

O jornal britânico Financial Times gritou que Lula foi complacente ao lidar com os primeiros estágios da crise econômica global, que chegou à América Latina e ao Brasil. Em artigo intitulado "Going South" ("Piorando" ou "caindo", em tradução livre de expressão idiomática), o jornal porta-voz dos controladores globais advertiu: "Até o Brasil, com suas reservas em moeda estrangeira de mais de US$ 200 bilhões, poderia se ver em dificuldades caso a suspensão de crédito persista por muito tempo ao longo do ano".

O Financial Times criticou Lula porque, em setembro, o chefão batraqueou que a crise era do presidente americano George W. Bush. "(Mas) agora ela é de Lula da Silva". Foi o que destacou o jornal, alertando que "a produção industrial do país caiu 6,2% no ano até novembro, segundo números anunciados nesta semana - a queda mais acentuada da produção desde dezembro de 2001".

A última edição da revista britânica The Economist também meteu o pau em Lula. Advertiu que ele terá de governar na defensiva neste ano, apesar de seus altos índices de popularidade. Um dos principais motivos para isso seria a crise econômica. No artigo, intitulado "Lula's last lap" ("A última volta de Lula"), a publicação afirma que os altos índices de popularidade do presidente - classificados como "espantosos" para um segundo mandato - podem dar uma aparência de "onipotência" a Lula, mas que ela é apenas "ilusória".

The Economist enfatiza: "Até as eleições (presidenciais, do ano que vem), a maior parte das energias de Lula deve ser gasta no gerenciamento da crise". O artigo da revista inglesa afirma que muitos brasileiros devem se "decepcionar" em 2009, já que a economia apenas começou a sentir os "solavancos" da crise. The Economist explica que a tarefa de gerenciamento da turbulência econômica deve ser complicada, já que o espaço para lançar estímulos fiscais no Brasil é "limitado".

Os britânicos alertam: se a inflação continuar preocupante, o que fará com que o Banco Central evite cortes na taxa de juros, o governo vai começar a ser pressionado - "especialmente pelo PT" - para encontrar outras maneiras de estimular o crescimento econômico, o que pode incluir mais crédito para a agricultura e empreiteiras. "Nos últimos anos, todas as vezes em que a economia apresentava problemas, os políticos brasileiros acalmaram os mercados demonstrando seu compromisso com a ortodoxia econômica. Alguns analistas se preocupam que este compromisso pode ser débil. Mas, neste ano, com governos ao redor do mundo intervindo nos mercados, os investidores devem ficar seguros se o Brasil fizer o mesmo - até certo ponto".

O grande mistério é: no que Lula contrariou os interesses dos controladores globais para virar saco de pancada? Ou será que a Oligarquia Financeira Transnacional, simplesmente, chegou à conclusão de que ele não serve para mais nada? Ser alvo de ataques dos então sustentadores globais ou se tornar descartável por eles são dois péssimos agouros para Lula.

As Forças (nem tão) ocultas (assim) não perdoam. O Boi vai pro brejo. Só não se sabe, ainda, em que velocidade. Existem vários escândalos prestes a estourar. Marcos Valério que o diga. Um senador oposicionista que sabe de todo o rolo, também. Quem sobreviver verá... O desgaste de Lula é certo e sem volta. A crise só vai dar um empurrãozinho.

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