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domingo, 19 de outubro de 2008

Lula teria caído na época do mensalão. As oposições foram covardes. Apostaram que cairia de podre ou sangraria no poder, sem chances de se reeleger

Uma entrevista de Reinaldo Azevedo no "Correio", de Campinas

Manoel Marques
BASTANTE CONVENCIONAL
Reinaldo Azevedo: "No auge de minha esquisitice, defendo o cumprimento da lei"

Você me disse que, sem o Lula fazendo sucesso como presidente, o livro nem teria razão de ser. Isso quer dizer que o sucesso do seu livro se deve ao Lula?

Essa resposta prescinde de um contexto. Os petralhas tentaram ironizar o lançamento do livro afirmando que ele vem a público no momento em que Lula tem 80% de popularidade. E eu respondi que assim é que é bom. Não teria graça chutar cachorro morto. Prefiro os vivos. O sucesso do meu livro se deve ao fato de que há muita gente no país que não concorda com os métodos dos petralhas.

As esquerdas estão mais ou menos organizadas no Brasil. Você e alguns outros jornalistas influentes batem na tecla de que o Foro São Paulo é um projeto de poder perigoso para a democracia no continente. Qual o cenário que você imagina na América Latina para que esse projeto tenha sucesso?

O Foro de São Paulo não é um projeto, é um fato. Quando ele foi criado por Lula e Fidel Castro, só Cuba tinha um governo alinhado com seus princípios. Hoje, temos a Nicarágua, a Venezuela, o Equador, a Bolívia, o Paraguai, o Uruguai e o Brasil. E o México chegou bem perto. Qual é a agenda principal do Foro? Enrijecer a democracia e, se possível, extingui-la. Cada governante local faz o que é possível dentro da institucionalidade do seu país. E isso não é segredo. Eles próprios afirmam isso.

O que significa “enrijecer a democracia”? Estabelecer mecanismos de supostas consultas diretas que tornem irrelevante a alternância do poder. A idéia é usar mecanismos democráticos contra a democracia. Chávez, Correa e Evo Morales são hoje protoditadores. No Brasil, a marcha tem de ser mais lenta porque o país é mais complexo. Mas está em curso o aparelhamento do Estado, das estatais e dos fundos de pensão pelo PT. Se um partido de oposição vencer a eleição em 2010, uma boa parte do poder continuará na mão do PT. E, é claro, é preciso lembrar que as Farc, uma organização narcoterrorista, fazem parte do Foro. Daí o apoio incondicional desses países que citei ao Equador no conflito com a Colômbia.

Note bem: o Brasil apóia um país que acoitava o terrorismo contra um país democrático.
E é bom lembrar que, até hoje, o Brasil não reconhece as Farc como narcoterroristas.
Seus líderes já deram entrevistas confessando que fazem tráfico de droga.
E o Brasil se declara “neutro” em relação a esse caráter terrorista da organização.


Se houvesse uma oposição contra o governo Lula como foi a petista contra FHC, você acha que Lula teria sobrevivido?

É claro que não. Lula teria caído na época do mensalão. As oposições foram covardes. Apostaram que ele cairia de podre ou que sangraria no poder, sem chances de se reeleger. Justiça me seja feita — e dê um destaque gráfico para este “me” aí —, afirmei em Primeira Leitura que era um erro terrível. Chamei essa escolha de “estúpida”.
Leia mais aqui.

Ninguém merece...ninguém!

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