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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Democracia virtual - Eleição se ganha no dia.



Democracia virtual

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
O Estado de S.Paulo

Vivemos uma fase de democracia virtual.

Não no sentido da utilização dos meios eletrônicos e da web como sucedâneos dos processos diretos, mas no sentido que atribui à palavra "virtual" o dicionário do Aurélio: algo que existe como faculdade, porém sem exercício ou efeito atual.

Faz tempo que eu insisto: o edifício da democracia, e mesmo o de muitas instituições econômicas e sociais, está feito no Brasil. A arquitetura é bela, mas quando alguém bate à porta a monumentalidade das formas institucionais se desfaz num eco que indica estar a casa vazia por dentro.

Ainda agora a devassa da privacidade fiscal de tucanos e de outras pessoas mais mostra a vacuidade das leis diante da prática cotidiana.

Com a maior desfaçatez do mundo, altos funcionários, tentando elidir a questão política - como se estivessem tratando com um povo de parvos -, proclamam que "não foi nada, não; apenas um balcão de venda de dados..."

E fica o dito pelo não dito, com a mídia denunciando, os interessados protestando e buscando socorro no Judiciário, até que o tempo passe e nada aconteça.

Não tem sido assim com tudo mais?


O que aconteceu com o "dossiê" contra mim e minha mulher feito na Casa Civil da Presidência da República, misturando dados para fazer crer que também nós nos fartávamos em usar recursos públicos para fins privados?

E os gastos da atual Presidência não se transformaram em "secretos" em nome da segurança nacional?

E o que aconteceu de prático?

Nada.

Estamos todos felizes no embalo de uma sensação de bonança que deriva de uma boa conjuntura econômica e da solidez das reformas do governo anterior.

No momento do exercício máximo da soberania popular, o desrespeito ocorre sob a batuta presidencial.

Nas democracias é lógico e saudável que os presidentes e altos dirigentes eleitos tomem partido e se manifestem em eleições.

Mas é escandalosa a reiteração diária de posturas político-partidárias, dando ao povo a impressão de que o chefe da Nação é chefe de uma facção em guerra para arrasar as outras correntes políticas.

Há um abismo entre o legítimo apoio aos partidários e o abuso da utilização do prestígio do presidente, que, além de pessoal, é também institucional, na pugna política diária.

Chama a atenção que nenhum procurador da República - nem mesmo candidatos ou partidos - haja pedido o cancelamento das candidaturas beneficiadas, se não para obtê-lo, ao menos para refrear o abuso.

Por que não se faz?

Porque pouco a pouco nos estamos acostumando a que é assim mesmo.


Na marcha em que vamos, na hipótese de vitória governista - que ainda dá para evitar - incorremos no risco futuro de vivermos uma simulação política ao estilo do Partido Revolucionário Institucional (PRI) mexicano - se o PT conseguir a proeza de ser "hegemônico" - ou do peronismo, se, mais do que a força de um partido, preponderar a figura do líder.

Dadas as características da cultura política brasileira, de leniência com a transgressão e criatividade para simular, o jogo pluripartidário pode ser mantido na aparência, enquanto na essência se venha a ter um partido para valer e outro(s) para sempre se opor, como durante o autoritarismo militar.

Pior ainda, com a massificação da propaganda oficial e o caudilhismo renascente, poderá até haver a anuência do povo e a cumplicidade das elites para com essa forma de democracia quase plebiscitária.

Aceitação pelas massas na medida em que se beneficiem das políticas econômico-sociais, e das elites porque estas sabem que nesse tipo de regime o que vale mesmo é uma boa ligação com quem manda.

O "dirigismo à brasileira", mesmo na economia, não é tão mau assim para os amigos do rei ou da rainha.

É isto que está em jogo nas eleições de outubro: que forma de democracia teremos, oca por dentro ou plena de conteúdo.

Tudo o mais pesará menos.

Pode ter havido erros de marketing nas campanhas oposicionistas, assim como é certo que a oposição se opôs menos do que devia à usurpação de seus próprios feitos pelos atuais ocupantes do poder.

Esperneou menos diante dos pequenos assassinatos das instituições que vêm sendo perpetrados há muito tempo, como no caso das quebras reiteradas de sigilo.

Ainda assim, é preciso tentar impedir que os recursos financeiros, políticos e simbólicos reunidos no Grupão do Poder em formação tenham força para destruir não apenas candidaturas, mas um estilo de atuação política que repudia o personalismo como fundamento da legitimidade do poder e tem a convicção de que a democracia é o governo das leis, e não das pessoas.

Estamos no século 21, mas há valores e práticas propostos no século 18 que se foram transformando em prática política e que devem ser resguardados, embora se mostrem insuficientes para motivar as pessoas.

É preciso aumentar a inclusão e ampliar a participação.

É positivo se valer de meios eletrônicos para tomar decisões e validar caminhos.

É inaceitável, porém, a absorção de tudo isso pela "vontade geral" encapsulada na figura do líder.

Isso é qualquer coisa, menos democracia.


Se o fosse, não haveria por que criticar Mussolini em seus tempos de glória, ou o Getúlio do Estado Novo (que, diga-se, não exerceu propriamente o personalismo como fator de dominação), e assim por diante.

É disso que se trata no Brasil de hoje: estamos decidindo se queremos correr o risco de um retrocesso democrático em nome do personalismo paternal (e, amanhã, quem sabe, maternal).

Por mais restrições que alguém possa ter ao encaminhamento das campanhas ou mesmo as características pessoais de um ou outro candidato, uma coisa é certa: o governismo tal como está posto representa um passo atrás no caminho da institucionalização democrática.
Há tempo ainda para derrotá-lo.

Eleição se ganha no dia.

SOCIÓLOGO, FOI PRESIDENTE DA REPÚBLICA

05 de setembro de 2010

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O anjo Gabriel da sra Roussef


O anjo Gabriel de Dilma Rousseff e os que não tiveram direito a essa ventura



Quando nasce o neto de Dilma? Neste domingo, para sair no Fantástico, ou no dia 7 de Setembro, quando se comemora a Independência — não sei se atentam para o simbolismo…
O nome, Gabriel, não poderia ser melhor. Forneço uma peça à marquetagem. O Anjo está presente nos três monoteísmos: judaísmo, cristianismo e islamismo. Dilma, a mensageira da paz.

Os petistas não escondem: o neto virou peça de marketing político. É compreensível. Duda Mendonça levou ao horário eleitoral a morte da primeira mulher de Lula. O petista se debulhou diante de milhões e sugeriu que ela só morreu porque ele era um operário… Dilma leva o nascimento do neto — não deixa de ser um avanço. É que Lula precisava parecer mártir. Ela precisa parecer humana.

Dou os parabéns sinceros à vovó extremosa. Compreendo a sua emoção. Respeito a família das pessoas. Acho que se deve respeitar a família das pessoas. Não sei se a minha sutileza escapa a Dilma.

Ademais, é bom ter o direito de ser avó, de ser avô.

Solidarizo-me, por isso, com os familiares de Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen, Wenceslau Ramalho Leite, José Antunes Ferreira, José do Amaral, David A. Cuthberg, Cidelino Palmeiras do Nascimento, Aparecido dos Santos Oliveira e Kurt Kriegel, algumas das pessoas assassinadas pelo Colina e pela VAR-Palmares, grupos terroristas a que Dilma pertenceu. Isso também é um assunto de família, não? E também é um tema político. Como o neto da candidata.

Nesse grupo, há motorista de táxi, comerciante, soldado, marinheiro estrangeiro que nada tinha a ver com o peixe… Os que eram pais não puderam ser avós; os que eram solteiros nem pai conseguiram ser.

Volto a parabenizar Dilma pelo nascimento de seu neto. Que a experiência seja vivida com o devido decoro. O mesmo senso de decoro que me leva a lembrar o nome de algumas vítimas do terror. Política é algo que deve mesmo ser pensado com desassombro, tendo a verdade como norte. As famílias desses mortos não receberam indenização. Ao contrário: alguns assassinos foram indenizados.

A política não é lugar para anjos e demônios, certo?

E que ninguém venha com a bobagem de que “politizei” o neto da Dilma. Quem o fez foi ela, não eu. Basta ler os jornais.

05/09/2010

Estratégias comuno-petralhas

A estratégia e as táticas dos comuno-petralhas

Por Rivadavia Rosa


A democracia opera com instituições, garantidas por um sistema legal e protegida pelo Estado, porém quando os governantes se enveredam acima das instituições, estamos diante de uma ameaça perigosa contra o próprio Estado de Direito.


Na percepção do filósofo grego Aristóteles (Ἀριστοτέλης – 384-322 a.C): “… a maior parte dos tiranos são demagogos que ganharam a confiança do povo caluniando os notáveis.”


No ‘manual petista’ eufemismo para catecismo da infâmia, as afrontas à lei e as irregularidades eleitorais são imputadas aos adversários, denominado ‘inimigo’ ou seja, atribuem aos outros as irregularidades, as falsificações e as perversões (a) (i) moral que eles próprios praticam, seguindo a tática leninista do debate político cujo objetivo não é persuadir o adversário, nem apontar seus erros, mas destruí-lo, pela ‘máxima’ do fundador do totalitarismo comunista -

“Acuse os outros de fazer o que você está fazendo”

(Lênin (Vladimir Illitch Uliânov - Влади́мир Ильи́ч Улья́нов - - 1870-1024).


No catecismo em que é declarada “guerra” contra oposição/inimigo é clara a visão da política pelo viés da dialética amigo-inimigo.


A oposição/inimiga é ‘acusada’ de procurar “desesperadamente fraudar o processo eleitoral e incitar o ódio entre os brasileiros, valendo-se dos meios de comunicação”, de ser “cartel avesso à verdade, aos princípios republicanos e, obviamente, ao que se convencionou chamar de Estado de Direito.”


Surge até a expressão: “barbárie midiática”, “golpe contra a democracia”, o Mensalão, como singela “troca de favores na política”, “terrorismo midiático” e até ‘tipifica’ os crimes...


Por essa concepção maniqueísta e perversa a praxis política ressuscita a dialética (amigo-inimigo) em que não há adversários, mas inimigos; não há dissidentes, mas conspiradores, traidores, enquanto eles são “os defensores da verdade, da justiça e da democracia” ... “defendem os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade.”


O certo é que no atual governo - tivemos animadas transfusões ideológicas e políticas, destinos e alianças (in) comuns, discursos semelhantes ..., seguida por certas práticas políticas atuais – como se vê em alianças parlamentares regionais e nacionais ...


Porém os que não se enquadram nesse mercado ‘democrático’ – passam a ser inimigos como a ‘oligarquia rural’, genericamente, o campo em constante assédio, as ‘zelites’, ‘brancos de olhos azuis’, mídia, cuja escolha depende apenas da conjuntura.


Segue-se a inusitada ‘transversalidade’ novilingüística em que os meios de comunicação que mesmo que em sua maioria estejam devidamente enquadrados continuam ‘inimigos’, nomeados como cartel “Globo-Folha-Estado-Abril”


Também o ‘inimigo pode ser a Justiça, quando algum juiz ou órgão de controle segue os estritos limites da lei e se anima a impor limites aos abusos, fora os casos em que se os usa contra os opositores/inimigos.


De qualquer forma o ‘inimigo’ é sempre (fora os ‘justiçamentos’) quem ocupa a vereda oposta: .... a estratéga é o ataque constante, com suas variantes táticas: a surpresa, a eleição do terreno de luta, a ocupação de espaços, o aparelhamento, o uso astuto da informação e da contra informação, que conduz a espionagem, violação e divulgação criminosa de dados pessoais das fileiras inimigas...


Nos regimes totalitários, a falsificação da história não ocorre por razões historiográficas, mas pelo imediatismo político (política imediata)


O atual (des) governo além de ser autoritário é acometido de surtos totalitários com freqüentes arreganhos quando tenta modificar a história imediata e, pior falsificar o passado, conduta típica do terror stalinista que chegava até a suprimir (fisicamente e da história) personalidades do regime.


No típico linguajar novilingüístico (deturpação e falsificação da linguagem) agregado à falsificação dos fatos, por exemplo, - o tal de programa “Luz para Todos’ lançado ainda no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, o PT agora diz que é seu, aliás como tudo que deu certo no governo anterior, na realidade sua gênese (grandiosa) e, agora grandiloqüente foi a então União Soviética, depois copiado por Cuba, Venezuela e, coincidente pelo Brasil.


07.09.2010

País está estarrecido com tentativa do PT de se desvencilhar das responsabilidades sobre o vazamento de dados fiscais sigilosos





Carta do PSDB

País está estarrecido com tentativa do PT de se desvencilhar das responsabilidades sobre o vazamento de dados fiscais sigilosos


Brasília (06) – O país assistiu estarrecido esta tarde a uma
nova tentativa por parte da direção nacional do PT de tentar se desvencilhar das responsabilidades e das explicações que o partido deve aos brasileiros.

Não apenas aqueles que tiveram sua vida e privacidade violadas, mas a todo conjunto da sociedade que exige a apuração e punição das ações criminosas praticadas contra a filha do candidato José Serra e três integrantes do PSDB.

A nova tentativa de desviar a atenção da imprensa e da opinião pública reforça a percepção que todos temos de que as ações criminosas ocorridas no âmbito da Receita Federal têm claras motivações políticas.

A tentativa de tratar como fatos isolados os recentes episódios que causaram indignação ao país tem como objetivo evitar que a sociedade brasileira perceba o alcance das mesmas.

É de suma importância para o Brasil que recapitulemos o conjunto de fatos conhecidos.

As mãos que violaram os dados fiscais de Verônica Serra, Eduardo Jorge, vice-presidente do PSDB, Ricardo Sérgio Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil, do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros e do empresário Gregório Marim, são as mesmas que violaram o sigilo bancário de Francenildo Costa, que produziram dossiês contra a ex-primeira dama Ruth Cardoso e apagaram imagens gravadas por câmeras de segurança do governo.
São as mesmas mãos flagradas carregando uma mala com R$ 1,7 milhão destinados a compra de dossiê montado, à época, contra o candidato a governador José Serra.

São as mesmas mãos que alugaram casa de endereço conhecido em Brasília e, contrataram pessoas de nomes já divulgados, para abrigar “um serviço de inteligência” criado para montagem de novos dossiês.

Os novos fatos apontam para a existência de um verdadeiro esquema  de vazamento e manipulação de dados sigilosos envolvendo a agência da Receita de Mauá, na região do ABC de São Paulo, berço histórico do PT.

Ou seja, todos os fatos que vieram a público indicam que a violência praticada contra a filha de Serra e integrantes do PSDB são parte de uma mesma ação criminosa arquitetada para atender interesses políticos do PT.

O PSDB espera dos órgãos oficiais responsáveis uma investigação rigorosa e conclusiva.

Que sejam ouvidos todos os técnicos da Receita Federal e também os técnicos responsáveis pelo sistema de câmeras de segurança do governo.

Que seja trazido a público o resultado das investigações sobre a ação dos chamados aloprados na campanha de 2006 em São Paulo.

O Brasil não deve aceitar mais explicações rasteiras e fantasiosas.

Atos criminosos que estarrecem a nação e atentam contra a democracia, e que devem ser banidos por completo da vida política brasileira.

Senador Sérgio Guerra

Presidente Nacional do PSDB
Brasília, 06 de setembro de 2010


Eles não têm vergonha na cara.


Quebra do sigilo tucano:
a mentira petista das 18 foi antecipada para 16 horas.


Em uma entrevista que durou nove minutos, realizada em um estacionamento atrás do prédio da agência da Receita Federal em Formiga (a 210 km de Belo Horizonte), o analista tributário Gilberto Souza Amarante negou nesta segunda-feira (06) que tenha acessado os dados cadastrais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge.

Ele disse que o caso diz respeito a um "homônimo".

"Nesse episódio, os levantamentos que fiz, que fizemos... o acesso foi feito durante horário de expediente, no atendimento.

Há vários casos de homônimos com esse nome Eduardo Jorge. A nossa base [de dados] é nacional.

Então, o que é factível é que houve um homônimo e esse acesso durou 41 segundos apenas, não foram dez acessos"
, disse ele.
.................................................................................



Acontece que o nome não é apenas Eduardo Jorge.

É Eduardo Jorge Caldas Pereira.

Além disso, a busca sempre é feita a partir do CPF, jamais a partir do nome, justamente para evitar homônimos.

A mentira petista chegou duas horas antes do previsto.
Eles não têm vergonha na cara.

Cadeia neles!

Cadeia nos aloprados!

Setembro 06, 2010

"Vamos errar de novo?" - Ferreira Gullar



De indispensável leitura o artigo do poeta Ferreira Gullar na Folha de São Paulo de ontem. Estou surpreso por não tê-lo visto sendo comentado e repercutido pela rede. Segue aqui então na íntegra, um dia após a publicação e venda do mesmo na edição da Folha:



FAZ MUITOS ANOS já que não pertenço a nenhum partido político, muito embora me preocupe todo o tempo com os problemas do país e, na medida do possível, procure contribuir para o entendimento do que ocorre.

Em função disso, formulo opiniões sobre os políticos e os partidos, buscando sempre examinar os fatos com objetividade.

Minha história com o PT é indicativa desse esforço por ver as coisas objetivamente.

Na época em que se discutia o nascimento desse novo partido, alguns companheiros do Partido Comunista opunham-se drasticamente à sua criação, enquanto eu argumentava a favor, por considerar positivo um novo partido de trabalhadores.

Alegava eu que, se nós, comunas, não havíamos conseguido ganhar a adesão da classe operária, devíamos apoiar o novo partido que pretendia fazê-lo e, quem sabe, o conseguiria.

Lembro-me do entusiasmo de Mário Pedrosa por Lula, em quem via o renascer da luta proletária, paixão de sua juventude.

Durante a campanha pela Frente Ampla, numa reunião no Teatro Casa Grande, pela primeira vez pude ver e ouvir Lula discursar.

Não gostei muito do tom raivoso do seu discurso e, especialmente, por ter acusado "essa gente de Ipanema" de dar força à ditadura militar, quando os organizadores daquela manifestação - como grande parte da intelectualidade que lutava contra o regime militar- ou moravam em Ipanema ou frequentavam sua praia e seus bares.

Pouco depois, o torneiro mecânico do ABC passou a namorar uma jovem senhora da alta burguesia carioca.

Não foi isso, porém, que me fez mudar de opinião sobre o PT, mas o que veio depois: negar-se a assinar a Constituição de 1988, opor-se ferozmente a todos os governos que se seguiram ao fim da ditadura -o de Sarney, o de Collor, o de Itamar, o de FHC.

Os poucos petistas que votaram pela eleição de Tancredo foram punidos. Erundina, por ter aceito o convite de Itamar para integrar seu ministério, foi expulsa.

Durante o governo FHC, a coisa se tornou ainda pior: Lula denunciou o Plano Real como uma mera jogada eleitoreira e orientou seu partido para votar contra todas as propostas que introduziam importantes mudanças na vida do país.

Os petistas votaram contra a Lei de Responsabilidade Fiscal e, ao perderem no Congresso, entraram com uma ação no Supremo a fim de anulá-la.

As privatizações foram satanizadas, inclusive a da Telefônica, graças à qual hoje todo cidadão brasileiro possui telefone.

E tudo isso em nome de um esquerdismo vazio e ultrapassado, já que programa de governo o PT nunca teve.

Ao chegar à presidência da República, Lula adotou os programas contra os quais batalhara anos a fio.

Não obstante, para espanto meu e de muita gente, conquistou enorme popularidade e, agora, ameaça eleger para governar o país uma senhora, até bem pouco desconhecida de todos, que nada realizou ao longo de sua obscura carreira política.

No polo oposto da disputa está José Serra, homem público, de todos conhecido por seu desempenho ao longo das décadas e por capacidade realizadora comprovada.

Enquanto ele apresenta ao eleitor uma ampla lista de realizações indiscutivelmente importantes, no plano da educação, da saúde, da ampliação dos direitos do trabalhador e da cidadania, Dilma nada tem a mostrar, uma vez que sua candidatura é tão simplesmente uma invenção do presidente Lula, que a tirou da cartola, como ilusionista de circo que sabe muito bem enganar a plateia.

A possibilidade da eleição dela é bastante preocupante, porque seria a vitória da demagogia e da farsa sobre a competência e a dedicação à coisa pública.

Foi Serra quem introduziu no Brasil o medicamento genérico; tornou amplo e efetivo o tratamento das pessoas contaminadas pelo vírus da Aids, o que lhe valeu o reconhecimento internacional.

Suas realizações, como prefeito e governador, são provas de indiscutível competência.

E Dilma, o que a habilita a exercer a Presidência da República?

Nada, a não ser a palavra de Lula, que, por razões óbvias, não merece crédito.
O povo nem sempre acerta.

Por duas vezes, o Brasil elegeu presidentes surgidos do nada -Jânio e Collor.

O resultado foi desastroso.

Acha que vale a pena correr de novo esse risco?

Cartório desmente versão do PT

Cartório desmente versão do PT sobre filiação de falso procurador de Veronica Serra

FLÁVIO FERREIRA
Folha


Os registros do cartório da 217ª Zona Eleitoral de Mauá (Grande São Paulo) desmentem a versão do PT paulista de que a filiação ao partido do contador Antonio Carlos Atella Ferreira, o falso procurador da quebra do sigilo fiscal de Veronica Serra, não se consumou por um erro na grafia do nome dele.

O banco de dados do cartório aponta o nome dele como filiado ao PT com a grafia correta.

Além disso, indica que o cadastro dele na Justiça eleitoral existe desde outubro de 2003.


Segundo registro do cartório da 183ª Zona Eleitoral de Ribeirão Pires (SP), domicilio eleitoral atual de Atella, também não há registros do cancelamento de sua filiação partidária.

No sábado, o presidente estadual do PT, Edinho Silva, afirmou em nota que a filiação de Atella foi apresentada ao partido, mas não chegou a ser efetivada.

De acordo com o PT paulista, em outubro de 2003, o cadastro de inclusão do nome de Atella o registrou como Antônio Carlos "Atelka".

"Desde então, o senhor Antonio Carlos Atella Ferreira nunca procurou os dirigentes do diretório de Mauá para corrigir a situação.

Da mesma forma, ele nunca participou de qualquer órgão de direção partidária, nem de qualquer evento, seminário, reunião ou atividade, não tendo nunca cumprido quaisquer obrigações estatutárias, nem mesmo sequer comparecido para votar em quaisquer dos nossos processos eleitorais internos", diz a nota.

O PT afirma ainda que "ele não é considerado integrante do quadro de filiados" e que não participou "minimamente da vida partidária".

Após afirmar sucessivas vezes que nunca teve vínculo partidário, Atella se recusou a confirmar a informação.

Questionado pela Folha, disse que "não se lembra" se foi filiado ao PT.

Na semana passada, ele prestou depoimento à Polícia Federal em São Paulo, em inquérito que corre em Brasília, mas não foi indiciado.



Comentário

Queiram ou não, o Presidente Lulla é o grande responsável por esse desfibramento político e ético que assola o nosso Brasil.

Este poder sem pudor, teve inicio no vergonhoso caso do Mensalão do qual Elle não sabia de nada e ainda por cima deu carta de alforria à quadrilha dos 40, assim denominada pelo PGR daquela época.

O silêncio do MPF, STF, STE, PGU,políticos de esquerda, ONGs, UNE, etc. etc, é estarrecedor.

Acredito que a nossa tão sonhada democracia, está se minguando.

Maria do Céu Gomes de Oliveira

06/09/2010


Ora, faça-me um favor: tenha um pouco de respeito pela inteligência dos brasileiros.

Quando o fascismo bate à nossa porta

Por Paulo Renato Souza

O mais preocupante na quebra ilegal do sigilo de Verônica, filha de José Serra, é que é mais um passo na transformação do Brasil em um Estado policial, onde a mão pesada da máquina estatal é utilizada para esmagar os adversários do lulo-petismo, que quer se perpetuar no poder a qualquer preço.

Mesmo a preço da violação dos direitos individuais, consignados no artigo 5º da Constituição-Cidadã de 1988.
Perigosamente o fascismo vai se infiltrando na vida política nacional e bate às portas dos brasileiros.
Somos todos Francenildo, o caseiro, e Verônica Serra. Ninguém está livre de, amanhã, ter os seus direitos individuais violados.

O presidente semeia confusão ao tentar reduzir a trama contra a filha do candidato do PSDB, a um crime comum, de “falsidade ideológica”.

Foi muito mais do que isto.

Foi um crime eleitoral e contra a Constituição, cometido pelo lulo-petismo, com o objetivo de beneficiar a candidatura governista.

Não há como dissociar a quebra do sigilo de Verônica da violação ilegal dos dados fiscais de quatro membros do PSDB e do círculo familiar de José Serra.

É o caso de se indagar: por acaso foi violado o sigilo de algum petista?

Por que só de membros da oposição?

E como explicar que os dados fiscais de Verônica tenham sido divulgados, desde outubro do ano passado, por “blogs sujos”, alinhados ao lulo-petismo, como denunciou o candidato José Serra em sua entrevista ao Jornal da Globo?



E como os dados fiscais de Eduardo Jorge foram parar em um dossiê que estava sendo montado por membros da campanha de Dilma Roussef?


Só com muita má-fé pode se chamar tudo isto de “banditismo comum”, sem fins eleitorais.

Nada disto aconteceria se não houvesse a partidarização da Receita Federal, hoje aparelhada por sindicalistas e petistas.
 

O controle da Receita sempre foi visto pelo Partido dos Trabalhadores como estratégia para o seu projeto do poder pelo poder.

Oportunamente, o jornalista João Bosco Rabelo lembra uma célebre afirmação do deputado José Genoino, ex-presidente do PT, para quem “a burguesia só respeitaria o partido depois que este controlasse a Polícia Federal, a Receita e o Banco Central.”

Isto guarda muita semelhança com o fascismo de Mussolini, cujo controle rígido do aparato estatal era essencial para massacrar qualquer voz discordante.

No caso de Verônica, a comissão de investigação da Receita tinha elementos que indicavam a fraude montada para a quebra de seu sigilo, pois sabia que a procuração usada para a violação de seus dados poderia ser falsa.

A comissão levantou, internamente, suspeitas sobre o autor da procuração, dono de quatro CPF’s.

Apesar das evidências, o Secretário da Receita Federal, Otacílio Catarxo divulgou a versão que mais atendia aos interesses da candidata governista:

a quebra do sigilo de Verônica teria se dado a seu pedido, através de uma procuração legal e devidamente registrada em cartório.


A farsa durou menos de 24 horas, pois a tal da “procuração” não passava de uma fraude grosseira.
Segundo o tabelião do cartório onde ela teria sido registrada, existem seis adulterações na procuração e Verônica Serra nunca teve firma no 16º Cartório de Notas de São Paulo.

Para resumir: o carimbo do cartório era falso e até a grafia do nome do tabelião estava errada.

Para complicar mais ainda, a pessoa em cujo nome estava a procuração é um contador com uma ficha criminal complicada e se definiu como um “office-boy” de luxo que agiu a serviço de um terceiro que “queria prejudicar Serra.”

Isto nos lembra uma prática muito comum na Itália de Mussolini. Muitas vezes, quando iam fazer o jogo sujo, os fascistas utilizavam aventureiros ávidos por um “lucrozinho” ou lumpens dispostos a tudo.

Pelo visto, o lulo-petismo bebeu na fonte e para fazer o jogo sujo, não tem o menor pudor em utilizar a escória da sociedade como mão de obra terceirizada.

O caso Verônica nos remete, necessariamente, à disputa presidencial de 1989, quando, jogando baixo, Collor levou ao seu programa televisivo aspectos da vida de Lula que envolvia a sua filha Lurian, para ganhar as eleições.

De fato, Collor conseguiu o que queria, mas de forma abjeta, pois até a máfia tenta preservar a família de seus adversários.

Dá, portanto, para entender o desabafo de Serra:

“O Collor utilizou uma filha do Lula, a turma do Collor montou essa história para ganhar do Lula em 89. E o Collor ganhou.

Agora a turma da Dilma está fazendo a mesma coisa, pegando minha filha, que não faz política, que é uma mãe de três crianças pequenas, que trabalha muito para criar as crianças juntas, para poder viver...

Meter nesse jogo político sujo para me chantagear porque tem preocupação quanto à minha vitória”


Em momentos tão graves como o que estamos vivendo, conhece-se quem é quem na vida pública.



O presidente Lula jurou cumprir e defender a Constituição.

Jurou, mas não cumpriu.


Sua única preocupação é blindar sua candidata Dilma, mesmo que para tal seja leniente com a violação da Constituição.

Já o senador Francisco Dornelles, da base governista, deu provas de seu caráter republicano, ao afirmar:
“O que foi feito contra Verônica Serra pode ser feito com qualquer pessoa, agride a consciência nacional”.
Infelizmente Dornelles prega no deserto ao aconselhar Lula a demitir, sumariamente, o Secretário da Receita.

O DNA do presidente vai noutra direção: a de passar a mão na cabeça de “companheiros” que praticam deliquência, para reabilitá-los mais adiante.

Diante desses fatos, soa como deboche e provocação a declaração da senhora Dilma de que o “PSDB estaria tentando ganhar as eleições no tapetão” ao vincular o episódio à luta eleitoral.

Ou seja, ela usa de meios escusos e ilegais para ganhar a eleição e somos nós quem está usando o “tapetão”?

Ora, faça-me um favor:

tenha um pouco de respeito pela inteligência dos brasileiros.

Charge do dia


parodiando caetano
www.sponholz.arq.br

domingo, 5 de setembro de 2010

Mundo cão na internet

Mundo cão na internet

Por Ipojuca Pontes
MSM

A morte misteriosa de Yves Hublet, o senhor que deu as famosas bengaladas em José Dirceu, e a filmagem do que seria o estupro de Ingrid Betancourt pelos narcoterroristas das FARC, são comentadas por Ipojuca Pontes, que responde aos ataques do ator Sérgio Brito.
1 - O mundo digital, vertiginoso, avança como um maremoto incontrolável. Acabo de receber pela Internet um vídeo que se presume da ex-senadora colombiana Ingrid Betancourt sendo estuprada num cativeiro por supostos integrantes do exército das FARCs, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

Seja ela quem for, são imagens de barbárie explícita, captadas por um cérebro doentio - digo, possuído pelo rancor e animalidade revolucionários.

No desenrolar das cenas, por vezes opacas, vemos doze homens abrutalhados, arquejantes, violentando a mulher indefesa.

Os guerrilheiros estão encapuzados ou usam máscaras, mas o rosto da vítima expressa impressionante mescla de angústia, sofrimento e dor.

Seus gritos são aflitivos, capazes de levar qualquer espectador à comoção.

Para rever, eliminei o som.


Os homens estão vestidos com uniformes verde-oliva, calças arriadas. Vez por outra a câmera pontua o bacanal macabro flagrando a imagem de um prato de frutas tropicais, num contraponto de puro nonsense.

Pode-se desconfiar da autenticidade do vídeo?

Ele não seria obra, por exemplo, de encenadores?

Sem dúvida, mas acho pouco provável, pois o vídeo se apresenta como uma prova elaborada por quem tem certeza do que faz e projeta, ou seja: atingir um alvo específico (familiares) e traumatizar adversários vacilantes.

De todo modo, falso ou não, nele não há nenhum traço de erotismo ou pornografia.

Como se sabe, Ingrid Betancourt, ex-senadora "politicamente correta", filha de diplomata formada em Ciências Políticas, em Paris, foi seqüestrada em 2002, sendo resgatada em 2008 numa operação planejada pelo exército colombiano, que tinha como ministro da Defesa, à época, o recém eleito presidente Juan Manuel Santos.

A boa pergunta: como teria chegada tal monstruosidade à Internet?

Um vazamento da área de segurança do próprio governo colombiano?

Tudo é possível, menos a hipótese da distribuição do vídeo pela ex-senadora Ingrid Betancourt, que, intempestiva, depois do extraordinário resgate, voltou-se contra o governo colombiano.

O certo é que esse vídeo vai perturbar o mundo, tal a sua violência.

De minha parte penso que, mesmo de origem duvidosa. se faz urgente o envio de copias aos editores da mídia, bem como aos "nossos" representantes no Congresso Nacional.


2 - Uma outra notícia fulminante, a circular na Internet, diz respeito a morte imprevista de Yves Hublet, escritor de livros infantis que, à época do escândalo do mensalão, acertou algumas bengaladas na cabeça do ex-Chefe da Casa Civil de Lula, José Dirceu, hoje mentor da candidata à presidência da República Dilma Rousseff.

A notícia dá conta de que em maio passado, Yves Hublet, que estava residindo na Bélgica (tinha dupla nacionalidade), veio ao Brasil tratar da publicação de um livro.

Ao regressar, fazendo escala em Brasília, o homem das bengaladas foi preso e mantido incomunicável.

Mas logo adoeceu e, dizem, morreu de câncer no dia 26 de julho último, sendo o seu corpo cremado em Brasília.

Segundo o informe, depois da cena das bengaladas, transmitida ao vivo pelos noticiários televisivos, o escritor curitibano enfrentou alguns problemas e resolveu sair do país.

É estranho que a grande imprensa não tenha se reportado ao fato. Afinal, Yves Hublet foi transformado em celebridade da noite para o dia.

De fato, ele foi louvado por boa margem da população ao punir com bengaladas o ex-Chefe da Casa Civil

Pergunta final: por qual motivo os jornalões não noticiaram sua morte, pelo menos como retranca do Obituário?


3 - Ainda na Internet dou de cara com uma entrevista do falso ator Sérgio Brito, um canastrão sem voz e sem alma, que há décadas vem parasitando em cima (e por baixo) do teatro tupiniquim. Numa entrevista concedida a fofoqueira Globo News, ele diz:

- "O Ipojuca sempre procurou me prejudicar. Quando o Centro Cultural Banco do Brasil, CCBB, estreou em 1981, ele conseguiu fazer com que eu não ficasse lá.

Inventou tudo que pôde.

Inventou, até, que eu tinha falado mal da mulher do presidente do Banco do Brasil.

Eu não conhecia o presidente do Banco do Brasil - nem o nome da mulher.

Criou-se uma situação impossível. Tive de sair".


Além de canastrão, Sérgio Brito é um mentiroso compulsivo.

Se ele, que trabalhava no CCBB, não conhecia o presidente do Banco do Brasil, muito menos eu, que tenho horror a banqueiros.

O que de fato ocorreu foi o seguinte: em 1989 (e não em 1981), fazendo uma análise da cultura brasileira na era Sarney, para o jornal O Estado de São Paulo, escrevi o seguinte:

- "A idéia de fazer arte a partir do usufruto das benesses oficiais é uma constante para certa camada da vida artística brasileira. Periodicamente, a cada oportunidade, durante congressos, encontros, festivais ou entrevistas, os ativos membros da fauna proclamam aos quatro ventos a necessidade de maior participação (no fundo, intervenção) do Estado na área da cultura.

Em tais ocasiões, como num canto coral, os membros da fauna reclamam por maiores verbas públicas, sem as quais - bradam com fúria - o Brasil perderia, como nação, sua própria identidade"
.

- "Mais do que simples fauna - continuava eu -, trata-se de verdadeira "casta de serviço", particularmente empenhada no desfrute do mecenato estatal para consecução de projetos pessoais desde a chegada, no Brasil Colônia, do fugitivo D. João VI com seu entourage de 15 mil cortesãos".

- "A violência das relações estatizantes na atividade teatral é confirmada pela forma como foi concebido o funcionamento do Centro Cultural Banco do Brasil - o mesmo banco cuja folha de pagamento anual dos funcionários eleva-se acima de US$ 15 bilhões, isto é, mais de uma vez e meia o valor do pagamento do serviço da dívida externa em 1988, considerada por todos uma carga insuportável para os ombros da nação".

No caso específico da demissão do falso ator Sérgio Brito, ela deu-se a partir das seguintes linhas:

- "Pois bem: o CCBB, instalado numa área cuja reforma ultrapassou a casa de US$ 3 milhões, sem consultar associações, entidades, empresariado da área ou criar conselho temporário, e amparado em tributos provenientes de todo território nacional, concentrou nas mãos de uma só pessoa - o ator Sérgio Brito - o orçamento anual de milhões de dólares, o que o torna um ser todo poderoso, embora represente apenas uma tendência do teatro carioca.

A fórmula de atuação cultural (que é a de financiar a fundo perdido e sem aprovação de um conselho pluralista, espetáculos cujo orçamento médio varia em torno de US$ 100 mil), coonestando a ação monopolista e evidenciando a prática do dumping econômico, fatalmente levara à marginalidade o empresário que não contar com tais benesses".

- "O privilégio torna-se mais acintoso quando o próprio Sérgio Brito, entronizado como o novo czar que detém as chaves do tesouro informa ao jornal "O Globo" (4/10/89) que pretende montar com o dinheiro público "um texto do auge do surrealismo capaz de espantar qualquer patrocinador com sua associação de imagens inspirados em órgãos sexuais, cogumelos e outras formas".


Como por milagre, em plena era Sarney, ao ler tais linhas, o presidente do Banco do Banco do Brasil (ou talvez do próprio CCBB), que nunca vi mais gordo, demitiu o mentiroso canastrão.

E a partir daí o Centro Cultural Banco do Brasil passou a funcionar de modo democrático, como recomenda a boa ética.

05 Setembro 2010

Blogueiro amador faz jornalismo sim!



Blogueiro amador faz jornalismo sim!


Por Klauber Cristofen Pires
MSM


O trabalho dos blogueiros nos últimos anos tem causado uma crônica dor de cabeça para a imprensa tradicional que antes tudo controlava: ficou para a história a cumplicidade da mídia com a tentativa de golpe de estado lulo-chavista contra Honduras, bem como também com relação ao acobertamento do Foro de São Paulo e da decorrente sociedade entre o PT e as FARC.

Houve uma ocasião, há algum tempo, em que recebi o e-mail de uma estudante de jornalismo que me fazia algumas perguntas para uma monografia sua.


Em síntese, ela queria saber se eu me considerava um jornalista e por qual razão assim pensava.


Solícito, respondi ao seu questionário e ao que me parece, por ter restado insatisfeita, enviou-me mais uma série de perguntas.


Foi então que percebi que ela não fazia uma pesquisa científica para descobrir a verdade a partir de suas investigações, mas sim, procurava fatos e depoimentos que comprovassem a sua convicção já pré-formada, ao que devidamente lhe mandei passear e importunar outra pessoa.




Isto tem um nome:
vigarice; vigarice estimulada pelas faculdades de jornalismo.

O caso acima se deu em meio ao alvoroço que antecedeu a sábia decisão do STF que suprimiu a obrigatoriedade de um diploma para o exercicio da liberdade de expressão, o que era um absoluto absurdo.

E que não me venham com firulas os bacharéis em Direito, sociólogos e assemelhados: estão neste rol também.


Para quem acha que o exercício da atividade jornalística requer uma gama de conhecimentos científicos ou assemelhados à precisão das ciências naturais, dou um exemplo bem corriqueiro:


nesta semana, ouvi do Jornal Nacional sobre uma pesquisa que afirma serem os brasileiros o segundo povo mais estressado do mundo, mas isto, pasmem, na mesma semana em que a capa da revista IstoÉ estampava a manchete "Nunca fomos tão felizes".


E agora, quem tem razão?




Os jornalistas "diplomados" andam a promover uma ampla campanha e a exercer um pesado lobby para que a obrigatoriedade do diploma como requisito obrigatório para o exercício da profissão de jornalista volte ao sistema jurídico sob a forma de uma emenda constitucional.

Sinceramente, não vejo como, eis que a própria Constituição Federal, no seu art. 60, § 4º, inciso IV estabelece: "Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: IV - os direitos e garantias individuais". (grifos meus)


A norma julgada inconstitucional vigorava até então sob o fenômeno jurídico da "recepção", segundo o qual as leis anteriores à Constituição permanecem em vigor desde que seus artigos mantenham-se aparentemente em concordância com a Lei Maior.


No caso, a lei que exigia os diplomas foi derrubada pelo STF, depois de provocado a pronunciar-se sobre a sua constitucionalidade.


Ademais, no meu entender particular, propostas de emendas à Constituição para sanear a inconstitucionalidade de leis que ferem cláusulas pétreas configuram um flagrante caso de inadmissivel desobediência ao soberano Poder Judiciário, cujos precedentes, se aceitos, só podem nos levar a uma dissolução do estado de Direito pela via do derretimento do poder judiciário.


Sustentando-se em pesquisas com a profundidade desta que denunciei no primeiro parágrafo, andam a levantar as alegações de que os blogueiros não produzem notícia, mas apenas agem como divulgadores de notícias.


Pura bobagem, e vou agora matar a cobra e mostrar o pau...


Nem todas as notícias dos jornais impressos ou televisivos são produzidas por eles mesmos. Na verdade, apenas uma pequena parte, local ou regional, compõe o mérito próprio da produção de notícias novas e até então desconhecidas.


O resto compõe-se de edição de reportagens sobre assuntos de amplo conhecimento ou obtido de agências de notícias, entre as quais a estatal agência Brasil, de onde as redações reproduzem suas matérias as mais das vezes sem um pingo de crivo.


Finalmente, temos também o trabalho de opinião e de media-watch.


Um blogueiro amador e individual, como eu, não tem como oferecer notícias novas todos os dias, haja vista as minhas próprias limitações físicas e circunstanciais (eu tenho de me sustentar de outro modo).


Mas isto cada um dos repórteres pagos pelos jornais também não produz, de forma que os "furos" são conquistados ora por um, ora por outro, de um grande time.


Há blogueiros que se especializam especialmente para a notícia de fatos novos, e eis a combativa Graça Salgueiro como exemplo notório, a nos trazer os fatos da América hispânica em primeira mão; de minha parte, concentro-me em um trabalho de pesquisa sobre fatos conhecidos, de opinião e de media-watch, que também, como vimos linhas acima, constitui a atividade jornalística. Ou não?


Leia
mais.

03 Setembro 2010



Serra Presidente - Programa de 04/09 (noite)


No programa de hoje, você conhece um pouco mais sobre os 40 anos de vida pública de José Serra e como utilizará toda essa experiência para governar o Brasil.

Serra deixa claro que em seu governo o sigilo de ninguém será quebrado, a imprensa não será ameaçada nem jornalistas serão perseguidos.

Também não será aliado a países que não respeitem a liberdade, a democracia e os direitos humanos.

Avisa que seu governo não será um cabide de empregos para os amigos do partido.

Serra lembra aos brasileiros que falta um mês para as eleições e convoca aos que querem mais segurança, saúde e educação que o acompanhem para que, com o voto de cada um, ele possa ser o presidente de um Brasil que precisa e pode muito mais.

Ao final do programa, são apresentadas mais informações sobre a quebra do sigilo de Verônica Serra, filha do candidato.

Conforme mostraram hoje os principais jornais do país, o homem que apresentou o documento falso à Receita Federal era filiado ao PT.


Às favas com os direitos - Dora Kramer



Às favas com os direitos


S
ó pesquisas podem medir com alguma chance de precisão se um episódio como o da quebra reiterada de sigilo fiscal nas dependências da Receita Federal mexe com a sensibilidade do eleitorado ao ponto de fazer da preservação do Estado de Direito um dos fatores para definição de voto.

A primeira impressão é a de que não influi.

Isso com base no peso que a população tem dado a questões como valores e princípios.


A ética foi enterrada como indigente.

Em silêncio, sem choro nem vela e à grande maioria pouco se lhe dá se o Estado aumenta seu poder discricionário, invade privacidade, agride a Constituição, barbariza com o patrimônio público, usa, abusa e ainda sai dizendo que o que vem debaixo não o atinge.

Distorce a verdade para fazer o papel de vítima sabendo-se na condição de algoz.

Permite que o ministro da Fazenda assuma como normal a insegurança dos dados do contribuinte e, se alguém diz que isso é crime de responsabilidade, acusa "golpe eleitoral".

Enquanto isso os mais pobres se alegram em poder comprar, atribuindo a bonança à ação de um homem sem compreender que é resultado de um processo;

os mais ricos não querem outra vida;

os mais retrógrados nunca tiveram tanto cartaz;

os mais à esquerda não perdem a esperança de vir a ter;

os mais conscientes percebem algo fora do lugar, mas preferem se irritar porque não têm ao seu lado também um líder carismático e sem pudor.

Em um cenário assim desenhado, convenhamos, os valores que estão em jogo soam difusos para o grosso do eleitorado: os deveres do Estado e os direitos do cidadão.

Neste Brasil de tantas necessidades é provável que, se for posto na balança de um lado o crédito farto e de outro a liberdade parca, o prato penda a favor do consumo largo.

É um debate difícil de ser feito.



Quase impossível em períodos eleitorais porque sempre haverá por parte dos acusados a alegação de que são injustamente atacados por adversários "desesperados", enquanto a essência da questão se perde:

a invasão do espaço institucional por tropas de ocupação com interesses específicos.

Ideológicos, fisiológicos ou simplesmente corruptos.


Sob a indiferença das vanguardas (onde?) e deixadas à mercê do poder da propaganda, as pessoas não conseguem ter a dimensão da gravidade.

Não atentam para o seguinte:

o Estado que deixa sigilo ser quebrado, não se incomoda com propriedades privadas invadidas e insiste no controle dos meios de comunicação amanhã ou depois pode querer reduzir a liberdade alegando agir em prol do povo e do patriotismo como fator indispensável ao triunfo do Brasil.

Por isso é improvável que haja repercussão eleitoral. Se houver, terá sido por causa dos tropeções e das contradições do governo.

A naturalidade do ministro da Fazenda ao dizer que as informações do contribuinte não são invioláveis é tão escandalosa quanto a quebra de sigilo.

Nesse caso a urgência fez a imprudência.

No afã de afastar de Dilma Rousseff as suspeitas de uso político da máquina pública, Guido Mantega informa ao público pagante que a Receita Federal e a casa da mãe joana são ambientes similares.

Uma confissão de incapacidade de prestar o serviço contratado pelo cidadão e a impossibilidade de cumprir a lei que se impõe a todos.

É a rendição do Estado à ação do crime.

A propósito, se era para dizer uma estultice dessa envergadura o ministro da Fazenda estava mais bem posicionado em sua omissão diante dos fatos.



Quórum. Dos 22.561 candidatos inscritos às eleições deste ano só 55 haviam se cadastrado no site ficha limpa.org.br até a tarde de sexta-feira.

Significa dizer que 0,24% dos concorrentes a mandatos se dispuseram a firmar compromisso com a Lei da Ficha Limpa e a semanalmente prestar contas sobre as doações e os gastos nas respectivas campanhas eleitorais, apresentando também declaração de que não são alvos de processos nem renunciaram a mandatos eletivos para evitar cassações.


05 de setembro de 2010

MANIFESTAÇÃO CONTRA A DITADURA DO PT



MANIFESTAÇÃO CONTRA
A DITADURA DO PT

Vamos todos apagar as luzes e desligar as TVs todos os dias às 20:00, durante 5 minutos.

Vamos provar que podemos resistir à essa ditadura e derrubar a audiência dessas emissoras omissas.

Vamos começar HOJE (dia 5/9) horário nobre.

Divulguem na rede!

Não passarão!

Não passarão!



Roberto Freire
BRASIL ECONÔMICO

Freire: Lula ameaça liberdades democráticas e Estado de Direito

"A propaganda dos movimentos totalitários, que precede a instauração desses regimes e os acompanha, é invariavelmente tão franca quanto mentirosa, e os governantes totalitários em potencial geralmente iniciam suas carreiras vangloriando-se de crimes passados e planejando cuidadosamente seus crimes futuros".

Esse trecho do livro As origens do Totalitarismo, de Hanna Arendt, caracteriza o momento que estamos vivendo no Brasil.

Além da similitude flagrante que encontramos entre os 8 anos de lulopetismo e os movimentos autoritários que ascenderam ao poder na Europa em particular na Itália e na Alemanha nas décadas de 20 e 30, que traziam a conformação de uma aliança entre o grande capital e respectivos grupos econômicos e o lumpesinato, a reiterada desmoralização das instituições republicanas perpretada pelo governo petista e seus aliados e seguidores com objetivo de atingir os adversários e eleger a candidata oficial a qualquer custo, nos faz lembrar os tempos nefastos do fascismo.


O governo de Lula consolidou nesse período a ameaça às liberdades democráticas e ao Estado de Direito, com uma pressão crescente sobre a imprensa (sempre adjetivada de “grande imprensa empresarial e burguesa”, por seus ideólogos e de PIG pelos asseclas), por meio de conferencias patrocinadas pelo Estado apoiadas por ONG’s muitas das quais subvencionadas pelo dinheiro do contribuinte.
Leia mais.

Setembro 04, 2010