Deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
O ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) falará nesta terça-feira pela primeira vez em interrogatório perante o juiz Sergio Moro, responsável pelas ações da Operação Lava Jato na primeira instância, em Curitiba. O depoimento está marcado para as 15 horas.
Preso desde 19 de outubro, o peemedebista é acusado de ter recebido propina de um contrato da Petrobras para exploração de petróleo no Benin, na África, e de ter usado contas na Suíça para lavar o dinheiro sujo.
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Ao todo, o suposto pagamento a Cunha foi de 1,3 milhão de francos suíços, o equivalente a 1,5 milhão de dólares. O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Zelada teria atuado como intermediário do acerto de valores. Com base em informações enviadas pelas autoridades suíças, o Ministério Público Federal conseguiu mapear o caminho do dinheiro movimentado na transação. No processo em questão, Cunha é réu pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas.
Apesar de ser o primeiro interrogatório, esta não é a primeira vez que Cunha e Moro ficarão frente a frente. O ex-deputado acompanhou presencialmente todas as audiências com as testemunhas de acusação e defesa. Após a oitiva do réu, a ação entra na fase final de exposição das alegações finais da procuradoria e da defesa.
Cunha ainda é réu em outras duas ações penais, uma que tramita no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro, por suposto recebimento de 5 milhões de dólares em propina por contratos de afretamento de navios-sonda da Samsung pela Petrobras. E outra que corre na Justiça Federal do Distrito Federal em que responde por desvios para a liberação de recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), da Caixa Econômica Federal.
07 fev 2017
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