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sexta-feira, 15 de abril de 2016

PP fecha questão pelo impeachment e ameaça expulsar dissidentes


Ideia é punir aqueles que votaram contra a orientação do partido

Por Cristiane Jungblut
O Globo
Deputados do PP: partido fechou questão a favor do impeachment
Givaldo Barbosa / Agência O Globo / 12-4-2016

BRASÍLIA — A direção do PP se reuniu na tarde desta sexta-feira e decidiu fechar questão em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff e que poderá expulsar os infiéis. O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), disse ao GLOBO que será analisado caso a caso, mas que haverá punição e que os piores casos são daqueles que negociam cargos. O líder do PP na Câmara, deputado Agnaldo Ribeiro, disse que anunciará encaminhará em favor do impeachment na hora da votação.

— Fechamos questão e vamos analisar caso a caso. Mas o caso para maior punição são para as pessoas relacionadas na nomeação de cargos — disse Ciro Nogueira, caminhando pelos corredores, depois de encerrada a reunião.

A reunião foi tensa, segundo participantes. Houve exigência de fechamento de questão depois que o deputado Júlio Lopes (PP-RJ) mostrou um vídeo onde o deputado Waldir Maranhão (PP-MA) aparecia dando apoio a Dilma com outros 11 deputados.

— Houve fechamento de questão e vai ter expulsão. Eu já entreguei o cargo de vice-líder do governo e votarei pelo impeachment — disse o deputado Ricardo Barros (PP-PR).

Os parlamentares do partido estão irritados também com o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE). Acusam o parlamentar de manter negociação com o Palácio do Planalto mesmo depois da entrega do Ministério da Integração Nacional.

A ideia é punir aqueles que votaram contra a orientação do partido e aos que faltarem à sessão. Ainda há dúvidas sobre se será punido João Leão, por exemplo, vice-governador da Bahia.

— Estamos dando um recado aos governadores do Ceará e da Bahia, que ficam pressionando o PP — disse um dirigente.

Para o deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS), há 40 votos a favor do impeachment.

A direção divulgou a seguinte nota:

"Em reunião da executiva nacional na tarde desta sexta-feira (15), o Partido Progressista fechou questão quanto ao apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff ao decidir, por aclamação, aplicar punição a parlamentares que faltarem a sessão e aos que votarem contra a orientação do partido. As sanções, que estão previstas no estatuto do partido, podem chegar à expulsão da legenda, após o processo ser submetido ao conselho de ética partidário".

15/04/2016

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