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quinta-feira, 5 de março de 2015

Citação a Dilma na Lava Jato surpreende Planalto




Interlocutores do Planalto afirmaram que 'jamais' alguém pensou que isso pudesse ocorrer; nome da presidente foi citado em pedido de arquivamento de inquérito

Tânia Monteiro
O Estado de S. Paulo


Brasília - A menção do procurador-geral da República Rodrigo Janot ao nome da presidente Dilma Rousseff na lista dos nomes da Operação Lava Jato, ainda que para pedir o arquivamento do inquérito, foi recebida com surpresa no Palácio do Planalto. Interlocutores de Dilma afirmam que "jamais alguém pensou que isso pudesse acontecer". Avalia-se, segundo essa fonte, que é "absurdo" alguém achar que, por conta das revelações da revista "Veja" sobre depoimento do doleiro Alberto Youssef que envolvia Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sugerindo que ambos sabiam do esquema de corrupção na Petrobrás, eles pudessem ser, de alguma forma, envolvidos neste processo.

Após ressaltar que a Constituição não permite a investigação do chefe do Executivo por qualquer ato que não seja relacionado com o exercício do cargo da Presidência, e como as denúncias remontam a antes de 2011, quando Dilma assumiu, o interlocutor avaliou: "Isso não aconteceu e não poderia mesmo ter acontecido. Não havia a menor base pra isso", disse.

Dilma durante encontro com líderes da base aliada no CongressoDilma durante encontro com líderes da base aliada no CongressoDilma durante encontro com líderes da base aliada no Congresso

Dilma passou a manhã desta quinta-feira, 5, no Palácio da Alvorada, gravando pronunciamento que será exibido no domingo, em comemoração ao Dia da Mulher, como antecipou o Estado, para sair em defesa do governo. Dilma está enfrentando graves problemas políticos e econômicos e tenta reverter a maré de más notícias que atingiram inclusive a sua popularidade. Por conta disso, reiniciou suas viagens pelo país. Amanhã, Dilma estará em Araguari (MG), onde anunciará a entrega de mais casas do programa Minha Casa  Minha Vida.

Em meio ao turbilhão político, dirigentes da agência Standard & Poor's serão recebidos nesta tarde pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Mais cedo, o ministro esteve com os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, na reunião da Junta Orçamentária. Mas, depois, trataram do encontro que Levy terá daqui a pouco com a agência e Mercadante, às 16h30.

O governo está trabalhando para tentar evitar que as demais agências de classificação de risco sigam o exemplo da Moody's, que rebaixou em dois graus o rating da Petrobrás, levando a estatal a perder seu grau de investimento. A preocupação maior é com o risco de que o rebaixamento da nota da Petrobrás possa contrbuir para que se retire o grau de investimento dos títulos brasileiros.

05 Março 2015

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