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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Brickmann: nem gente poderosa ligada ao governo, como a Turma do Mensalão, foi tratada com tanta gentileza pelas autoridades quanto “Rose”, a amiga de Lula. Por que é que ela é mais igual que os outros?



Por Ricardo Setti

Por que será que Rosemary Noronha é mais igual que os outros?
(Foto: Fernando Cavalcanti)

A nota que publico abaixo, com o respectivo título, integra a coluna desta semana do jornalista Carlos Brickmann no Observatório da Imprensa.
OS MAIS IGUAIS

O julgamento dos réus do Mensalão, no Supremo Tribunal Federal, foi integralmente transmitido pela televisão. O julgamento do casal Nardoni, alvo de intensa comoção popular, foi amplamente coberto por rádio, TV, jornais, revistas, Internet.

Já o caso de Rosemary Noronha, que foi chefe de Gabinete da Presidência da República em São Paulo, apanhada na Operação Porto Seguro da Polícia Federal e sobre quem há suspeitas de muitas irregularidades, está protegida da imprensa. Os repórteres fotográficos não podem registrar imagens no Fórum Criminal Federal de São Paulo sem prévia autorização. Rose fez o pedido alegando estar “com trauma” da exposição que sofreu desde que seu caso foi divulgado.

Este colunista entende a posição de Rosemary Nóvoa de Noronha: também detestaria estar na posição dela, também estaria com trauma da exposição. Só que na hora do bem-bom Rose não imaginou as consequências; ou imaginou que, ocupando uma área estratégica, estaria livre desse tipo de constrangimento.

O fato é que nem gente poderosa, ligada ao governo, como a Turma do Mensalão, foi tratada com tanta gentileza quanto Rose. Por que será ela mais igual que os outros?
31/01/2013

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