Por Antonio Ribeiro
de Paris
de Paris
Pronto. Missão cumprida. A candidata do PT, Dilma Rousseff, posou para fotografias ao lado do presidente da França, Nicolas Sarkozy.
E cumprida com louvor.
Recebeu beijos na despedida de um encontro de 25 minutos no Palácio do Elysée, em Paris, solicitado pela candidata.
Mas os marqueteiros de Dilma queriam mais.
A entrada no interior do palácio do cinegrafista que a equipe da candidata leva a tiracolo na turnê promocional pela Europa.
O objetivo era registrar o encontro de Rousseff com Sarkozy para o horário de propaganda eleitoral.
O protocolo presidencial francês brecou a idéia.
Houve quem desejasse saber o que foi tratado no encontro imediatamente antes da sessão fotográfica e pelo qual Dilma classificou de “muito bom, muito gentil”.
A candidata gastou um minuto e cinqüenta e dois segundos relatando platitudes. Um raro momento onde o discurso reflete exatamente o que aconteceu.
Em uma palavra: nada.
Antes de ser convidada gentilmente a deixar o pátio devido à chegada de um outro visitante, sobrou tempo para perguntar sobre a compra dos 36 Rafales franceses para a Força Aérea Brasileira (FAB)
O maior gasto militar da história do Brasil — 12 bilhões de reais — não poderia estar fora da conversa entre a eventual presidente do país com Sarkozy.
Embora fosse como apostar na vitória da Espanha contra a Suíça, a zebra desfilou a seu modo não só na Copa mas também na capital da França .
“Não tratamos do assunto”, disse a canditada do PT.
Mais cedo, Dilma recebeu o apoio da secretária-geral do Partido Socialista francês, Martine Aubry, à sua candidatura. O que é perto de nada.
No momento em que a candidata do PT se despedia de Aubry, em mais uma sessão de fotografias, Tadeu começou a gritar em português: “Sarney é igual a Hitler, Sarney é igual a Hitler, aqui é a França.”
Dilma reganhou rápido sua suíte. Atônita, Martine Aubry quis saber quem era Sarney?
quarta-feira, 16 de junho de 2010
0 comentários:
Postar um comentário