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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Terceira vez do mesmo...

Com Temer e Sarney, PMDB assume comando de Câmara e Senado

Ambos são eleitos pela terceira vez para a presidência das casas.
Sarney recebeu 49 dos 81 votos. Temer foi eleito por 304 dos 509 votantes.

Do G1

Reuters/Agência Estado

O senador José Sarney (em cima) e o deputado Michel Temer discursam nesta segunda no Senado e na Câmara (fotos: Jamil Bittar/Reuters e Ed Ferreira/Agência Estado)

O PMDB assumiu o comando da Câmara dos Deputados e do Senado Federal com as vitórias, nesta segunda (2), do deputado Michel Temer (PMDB-SP) e do senador José Sarney (PMDB-AP) nas eleições para a presidência das duas casas.

Ambos os parlamentares ocuparão a presidência pela terceira vez.

Temer está no sexto mandato consecutivo como deputado.

Desde 1971, Sarney acumula cinco mandatos como senador, dois pelo Maranhão e três pelo Amapá.

Câmara

O deputado Michel Temer (PMDB-SP) foi eleito em primeiro turno nesta segunda-feira (2) pela terceira vez presidente da Câmara dos Deputados. Ele obteve 304 votos contra 129 de Ciro Nogueira (PP-PI) e 76 de Aldo Rebelo (PC do B-SP). Temer foi eleito para o cargo em 1997 e em 1999, tendo sido presidente por quatro anos. No total dos 513 deputados, 509 votaram.

O peemedebista formou uma ampla aliança com 14 partidos para chegar à presidência, unindo partidos do governo e da oposição.


Em discurso na sessão na qual foi eleito, Temer defendeu que a Casa seja um centro de debates e contribua com soluções para a crise financeira.

“Quero fazer da Casa um centro de debates. A crise, que está nas nossas portas, vamos debatê-la aqui, usar a consultoria, trazer versados, debater, formular idéias para o país."

O candidato defendeu ainda uma ampliação do serviço de comunicação da Casa pra acompanhar o trabalho dos deputados nos finais de semana. “Quero ampliar enormemente o nosso setor de comunicação, a TV Câmara estará na sexta e no sábado nos estados para transmitir o trabalho dos deputados. Muitas vezes se trabalha mais na sexta, no sábado e na segunda do que nos outros dias em Brasília."

A eleição de Temer é o cumprimento de um acordo feito pelo PMDB com o PT ainda em 2007, para eleger Arlindo Chinaglia (PT-SP). Pelo acordo, caberia agora ao PMDB indicar o candidato para o cargo.

Temer é advogado e está no sexto mandato na Câmara dos Deputados. O presidente da Câmara é quem assume a Presidência da República em caso de ausência do presidente e do vice. Isso já aconteceu com o próprio Temer duas vezes (em 1998 e 1999).

Senado

José Sarney (PMDB-AP) foi eleito presidente do Senado por 49 votos contra 32 do senador Tião Viana (PT-AC) nesta segunda-feira, e vai substituir no cargo o senador pelo Rio Grande do Norte Garibaldi Alves, também do PMDB.

Sarney adiou, na noite desta segunda-feira, a eleição da Mesa Diretora da Casa para a terça-feira, às 15h.

Aos 78 anos - faz 79 em abril -, Sarney vai comandar pela terceira vez o Senado - os mandatos anteriores foram entre 1995 e 1997 e entre 2003 e 2005.

No cargo, Sarney vai administrar um contingente de 7,2 mil funcionários, entre efetivos e em cargo de confiança, e um orçamento anual de R$ 2,7 bilhões, superior ao da cidade de Porto Alegre. Ele apoiou um corte de 10% nesse valor em um discurso antes da eleição.

A vitória de Sarney pode abalar a base aliada do governo. O senador rompeu um acordo entre o governo e o PMDB, que previa a troca de apoio nas eleições da Câmara e o Senado e que vinha da legislatura anterior.

Em 2007, o PMDB apoiou a candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP) à presidência da Câmara em troca do apoio do partido na eleição de Garibaldi Alves (PMDB-RN) à presidência do Senado. Com a maior bancada na Câmara e no Senado, o partido resolveu não ceder a vaga pacificamente ao PT.

Neste domingo (1º), o ministro José Múcio (Relações Institucionais) relatou a preocupação do governo com a situação.

Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria pedido “cautela” aos parlamentares aliados sobre o desenrolar da eleição, já que os partidos envolvidos na disputa tanto no Senado quanto na Câmara pertencem ao bloco de sustentação do governo.


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