A falta de vergonha faz com que tudo seja permitido, vale tudo, nada é mau, tudo é negado, ninguém é punido e sequer pede desculpas pelo dano ocasionado.
MAS OS QUE TÊM VERGONHA NA CARA SABEM QUE Vivemos o mais sórdido e triste período da vida nacional, pela corrupção de dimensão tsunâmica e degradação das instituições com o objetivo de corroer a base moral da atual e futura geração.
E, QUEM DEFENDE TAL ESTADO DE COISAS - se, não faz parte da societas sceleris - é devoto transformado em eunuco político, e assim está FELIZ com a situação, ouvindo encantado o discurso panglossiano do chefe dos chefes.
MEMÓRIA:
"Se é um erro de nosso tempo imaginar que a propaganda possa obter tudo e convencer a gente de qualquer coisa, mesmo que apresente os argumentos com suficiente habilidade, e os grite bem alto, o erro daquele período era pensar que sendo "a voz do povo a voz de Deus", a tarefa do homem de Estado, como observava com sarcasmo Clemenceau, fosse a de seguir cegamente aquela voz.
Essas opiniões derivam do mesmo e básico erro, o de identificar a plebe com o povo, em lugar de considerá-la como sua caricatura. A plebe é constituída de todos os sem classificação.
Nela, assim, se representa qualquer classe da sociedade. Por isso é fácil confundi-la com o povo, que, da mesma forma, compreende todos os estratos sociais.
Enquanto nas grandes revoluções, o povo luta pela liderança coletiva da nação, a plebe reclama, em todas as ocasiões, o "homem forte", o "grande chefe".
A plebe odeia a sociedade, de que é excluída, e o parlamento, onde não é representada. Os plebiscitos, com os quais os ditadores modernos têm obtido tão excelentes resultados, são, portanto, velho expediente dos políticos que dominam a plebe. Hannah Arendt, The Origins of Totalitarianism, New York, 1966.
por Rivadávia Rosa
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