Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

O responsável pela bandidagem




O responsável pela bandidagem

Editorial


O procedimento dos interessados em ter acesso a declarações de renda da empresária Verônica Serra, filha do candidato tucano ao Planalto, destoa do que, tudo indica, tenha sido o padrão seguido nas violações do sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, e de três outras pessoas ligadas ao ex-governador. Nesses episódios, para obter o que queriam, os predadores da intimidade alheia contavam com afinidades políticas ou a ganância de servidores da agência da Receita em Mauá, na Grande São Paulo - uma verdadeira casa da mãe joana, com senhas individuais expostas e documentos eletrônicos ao alcance das vistas de qualquer um.

No caso de Verônica Serra, que antecedeu os dos demais em cerca de uma semana (de 30 de setembro a 8 de outubro do ano passado), o método seguido foi mais complicado na urdidura e mais simples no trâmite final. Alguém falsificou a assinatura da contribuinte - e o seu reconhecimento num cartório onde ela nem sequer tinha ficha - numa solicitação de cópia de documentos e incumbiu um tipo que habita as cercanias do Código Penal, devidamente identificado no formulário, de apresentá-la à Delegacia da Receita de Santo André. Ali, burocraticamente, a servidora Lúcia de Fátima Gonçalves Milan fez o que lhe era pedido, repassando ao titular da procuração as declarações de Verônica relativas aos exercícios de 2007 a 2009.



Por enquanto, pode-se apenas especular sobre os porquês das diferenças de estratagema. Mas o intuito era claramente o mesmo: recolher material que pudesse ser usado contra Serra na sua futura disputa com a escolhida do presidente Lula, Dilma Rousseff. Àquela altura, no último trimestre de 2009, embora o governador paulista ainda se negasse a assumir a pretensão e o mineiro Aécio Neves ainda não tivesse largado mão da esperança de ser ele o candidato, já não havia dúvidas sobre quais seriam os principais contendores da sucessão. E não passa pela cabeça de ninguém que a turma da pesada do PT fosse esperar a formalização das candidaturas para só então juntar papelório que pudesse comprometer o tucano e seus aliados.

Seria, no mínimo, subestimar a capacidade de iniciativa do "setor de inteligência" petista, como viria a ser conhecido. Principalmente porque os responsáveis pelo trabalho sujo não precisariam gastar tempo e energia para preparar o terreno por excelência de onde escavariam a matéria-prima desejada.

O campo da Receita Federal começou a ser aplainado para servir aos interesses do partido quando, em 31 de julho de 2008, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, demitiu o então secretário do órgão, Jorge Rachid, há 5 anos e meio no cargo.

Desde então, a isenção e o profissionalismo deram lugar ao aparelhamento e à politização das decisões do Fisco. É o que atesta o escândalo das quebras de sigilo para fins eleitorais.




A contar da denúncia, a Receita levou praticamente duas semanas até anunciar a abertura de inquérito administrativo sobre o vazamento de declarações de renda de Eduardo Jorge, cópias das quais apareceram em mãos de membros do comitê nacional de Dilma Rousseff.

Depois, quando vieram a público as demais violações, depois que a Justiça autorizou o vice-presidente do PSDB a ter acesso aos autos da investigação, os hierarcas da Receita, acionados pelo governo, correram a desvincular da campanha eleitoral os ilícitos revelados.

Afinal, disseram sem enrubescer, o que havia na agência de Mauá era um "balcão de compra e venda de dados sigilosos", movido a "propina". Não que não fosse - outros 140 registros também foram vasculhados ali. Se tivesse uma gota de vergonha, aliás, o secretário Otacílio Cartaxo já teria se demitido. Eis, em suma, o que o governo Lula e a cultura petista fizeram do Fisco: uma repartição em que o livre tráfico de informações presumivelmente seguras sobre os contribuintes brasileiros se entrelaça com o uso da máquina, literalmente, para intuitos eleitorais torpes.

O crime comum e o crime político se complementam.

Agora, destampada a devassa nas declarações de Verônica Serra, vem o presidente Lula falar em "bandidagem".


Se quiser saber quem é o responsável último por essa degenerescência, basta se olhar no espelho.

03 de setembro de 2010


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

“Pequena grande mentecapta”



Celso Arnaldo Araújo
e

Augusto Nunes


Maior especialista em dilmês do país, o jornalista Celso Arnaldo Araújo resolveu assistir a uma aula da candidata que Lula inventou.


Tema: educação.

O relato comprova que Dilma Rousseff representa um perigo para qualquer brasileiro com mais de dois neurônios: é de matar de rir — e de morrer de medo:


Na redação da revista Manchete, no Rio, onde trabalhei nos meus primeiros cinco anos de carreira, foram bolados alguns dos mais saborosos – porque bem temperados entre a genialidade e a infâmia – títulos de reportagem do jornalismo “fait divers” no Brasil. Muitos ficaram célebres, como “China vai de Mao a Piao” – quando o líder chinês Mao Tse-Tung, doente, foi provisoriamente substituído no governo por seu ministro de Defesa, Lin Piao.


Dei também minhas contribuições a esse capítulo – e meu título mais “escandaloso” foi para uma matéria sobre um médium espírita anão que atraía multidões em Porto Alegre com seu poder de cura:


“O PEQUENO GRANDE MÉDIUM”

Lembro desse episódio anedótico a propósito de…Dilma Rousseff. Sim, a “Pequena grande mentecapta” que, se tudo correr mal, será nossa presidente a partir de primeiro de janeiro de 2011. Há pelo menos dois anos avisada de que Lula lhe apontaria o “dedazo” zapatista para ser sua sucessora, ela teve todo esse tempo para tentar ficar pelo menos à meia altura da missão que lhe caiu ao colo.


Mas o dedo apontado deve ter sido o mindinho esquerdo, ausente – e por isso a indigitada Dilma não se preparou nem minimamente para conhecer e discorrer sobre os temas de maior peso na vida de um país emergente e ainda repleto de carências: saúde, educação, segurança, etc.


Como se viu pelo
vídeo anterior, a proposta de Dilma para a saúde pública não tem o alcance de um band-aid – seu desconhecimento sobre o tema, a 30 dias de sua provável eleição, revelou-se assustador. Na mesma “entrevista”, na verdade uma desastrada tentativa de voo-solo para mostrar aura de estadista, ela chegou a ensaiar um blá-blá-blá tatibitate sobre educação – mas parou na iminência de um edema de glote, quase engasgada com o “ensino mé, fundá, médio-fundamental, ou seja, o ensino básico.”

Mas a Dra. Dilma Rousseff, que também não tem o menor senso de autocrítica, o que é próprio dos grandes mentecaptos, deve ter dado alta com louvor para sua doentia performance sobre saúde e repetiu o diagnóstico, no mesmo cenário, a porta de casa – desta vez para completar seu pensamento vivo sobre educação.


Com a mesma blusa branca, a agora Professora Dilma, que acabara de receber o presidente da CNI, “o Robinson”, pôs-se a divagar, já na forma de planos de governo, sobre ideias que acabara de ouvir de orelhada na reunião e que, mal processadas por seu neurônio duplo, resultaram em mais um show de despreparo e desconhecimento absolutos e irreparáveis.


O tumor da Receita é grave e metastático, característica do adenocarcinoma petista. Mas o estado de ignorância integral, mediado pela má-fé, que a candidata quase eleita demonstra sem trégua há 11 meses me parece ainda mais preocupante – porque será doença crônica e incapacitante durante pelo menos quatro anos. Ela não sabe nada sobre o País que pode vir a governar – nem sobre o que fazer com ele.


Na saída da reunião, entre triunfante e compenetrada, começou a falar sobre os “problemas da era do crescimento”. Ou seja, o Brasil de Lula cresceu tanto que, se melhorar, estraga.


“O país, chegando quase ao pleno emprego, nós vamos precisá de qualificá bastante a nossa mão de obra para podê dá um salto”, recita a candidata que dará o maior salto de sua vida sem precisá de se qualificá nem um pouquinho.


Muitas sugestões ouvidas do presidente da CNI viraram “plano de governo” no caminho da sala da casa à calçada da coletiva:


“A CNI tem um processo que é muito interessante di, i qui afina-se com a minha proposta em relação ao ProMédio (programa de bolsas de estudo para alunos de ensino médio e baixa renda, ainda uma ficção), que é combiná o ensino médio com o ensino profissionalizante. Então, no nosso caso, a gente utilizaria, né, as vagas tanto nas escolas, é, nos institutos federais tecnológicos e também de todas as entidades privadas que prestam cursos profissionalizantes. Então a gente compraria vagas e complementaria o ensino técnico com o ensino médio, articulando um no outro. Eles chamam isso de ensino articulado”.


Dilma também gostou muito de algo que ouviu do presidente da CNI sobre o ensino em regiões remotas. Já encampou a ideia, mas vamos ver se ela entendeu direitinho:


“E outra sugestão muito interessante que eu achei é em pequenas cidades no Amazonas usar o ensino técnico móvel. Seria uma capacitação muito parecida com que nós fazemos no Brasil Profissionalizante, que é, por exemplo, eles operam muito com caminhões ou com ônibus. Ali, a escola chega, eles formam eletricistas. Nós fizemos isso aliás no Luz para Todos. No Luz para Todos faltava eletricista e a gente tinha de formá nos próprios lugares”.


Deve ser um projeto maravilhoso, mas a versão de Dilma, aparentemente, é meio esquisita.

Caminhões e ônibus transportam muito poucas coisas no Amazonas, um estado basicamente fluvial. Um caminhão ou um ônibus chegando a uma cidade remota com uma escola dentro seria um acontecimento. Se me falta a luz necessária para entender o programa, não faltarão eletricistas para nos iluminar a todos.


Esses são apenas os primeiros quatro minutos do vídeo. Há mais cinco minutos impagáveis — mas que pagaremos caro.


Divirtam-se com a Escolinha Média Fundamental Básica Profissionalizante da Professora Dilma.




Direto ao Ponto


02/09/2010

É um triste fim para o Brasil


Para quem já matou, assaltou e seqüestrou, violar um sigilo fiscal não é nada.

Teremos uma criminosa Presidente ?

Vamos nos igualar àquelas republiquetas Africanas governadas por bandidos ?

É um triste fim para o Brasil.
Anônimo disse...

2 de setembro de 2010
18:05

Sign the Petition : Em defesa do Estado de Direito no Brasil - Assine, lute pela democracia!

Em defesa do Estado de Direito no Brasil


To: Tribunal Superior Eleitoral

"Nenhum cidadão está acima das leis."

Estado de Direito significa que nenhum indivíduo, presidente ou cidadão comum, está acima da lei. Os governos democráticos exercem a autoridade por meio da lei e estão eles próprios sujeitos aos constrangimentos impostos pela lei.

Solicitamos às autoridades competentes do Brasil que se façam cumprir a Lei Eleitoral e a Constituição Brasileira.

Não é o que temos visto.

Diariamente, o Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, dá mostras de descumprimento das leis, sem qualquer manifestação contrária de nossos órgãos de Justiça.

Sua presença nos comícios da candidata governista - a quem jurou eleger - bem como o evidente uso da máquina pública e de todo o aparato governamental na campanha é aberto e claro.

Não só a estrutura do estado é usada (como aviões, segurança, logística, instalações do governo), como também o são os ministros, assessores e funcionários de estatais.

O abuso de poder econômico, cometido com o nosso dinheiro, e o abuso da autoridade estão explícitos.

O Presidente ocupa este cargo em nome de todos os brasileiros, de todas as partes do país, raças e credos, devendo estar acima de questões eleitorais e partidárias.

A Presidência é um cargo de ocupação integral, não havendo "folga" ou "fim de expediente", Um presidente é presidente sempre, a não ser que passe o cargo para seu substituto legal, o vice, oficialmente.

Caso contrário, a qualquer hora do dia, todos os dias, Lula é o Presidente da República.

Quando de sua posse, jurou cumprir o que reza a Constituição.

É evidente que ele não a tem respeitado, nem observado os artigos 73, 76 e 77 da Lei Eleitoral nº 9.504/1997

Para os casos em que a lei não é respeitada, e para evitar os abusos, existem o Ministério Público Eleitoral e o Tribunal Superior Eleitoral, a quem cabe zelar pela seu cumprimento.

Exigimos o cumprimento das leis do nosso pais, e a defesa da nossa Constituição.

Exigimos a imediata ação dos órgãos responsáveis para fazer cumprir as leis eleitorais brasileiras.

Sincerely,

The Undersigned



View Current Signatures


Aqui
.
The Em defesa do Estado de Direito no Brasil Petition to Tribunal Superior Eleitoral was created by Por Um Brasil Melhor and written by Cristina Azevedo (crisrochazevedo@hotmail.com).  This petition is hosted here at www.PetitionOnline.com as a public service. There is no endorsement of this petition, express or implied, by Artifice, Inc. or our sponsors. For technical support please use our simple Petition Help form.

Quero ir até o fim. Quero saber quem é o mandante. Isso é o que importa - Monica Serra


'Quero saber quem é o mandante', diz mulher de Serra sobre quebra de sigilo fiscal


CATIA SEABRA
Folha

Mulher do tucano José Serra, a psicóloga Monica Serra duvida da inocência da petista Dilma Rousseff na violação do sigilo de sua filha, Veronica. Monica diz que não se conformará com a responsabilização de servidores.

"Quero ir até o fim.

Quero saber quem é o mandante."

Folha - Como reage à quebra do sigilo de Veronica?

Monica Serra - Coisa de quem não tem família, um atentado à democracia que tanto custou aos brasileiros. Temos uma vida limpa, valores, princípios. E o governo deixa as portas abertas para essa quadrilha banalizando tudo. Todos têm que se sentir ameaçados. Já sofremos com duas ditaduras. [No Chile], vi meu filho, de nove meses, com um cano de arma na cabeça. É isso que fazem as ditaduras. Ameaçam os filhos. O que estão fazendo com a Veronica é para atingir o Zé, me atingir. Peço que deixem minha família em paz.

Segundo o governo, há uma procuração.


Ela desconhece.

Vão dizer qualquer coisa.

Provem.

Isso é um crime.

Não vou me conformar em dizer que é uma simples funcionária, coitada.

Quem é o mandante?

E o argumento de que há um balcão de compra?
Desculpas estapafúrdias. Você acha que o povo é ingênuo? Estão tratando todo mundo como bobo.

Como havia notícias, nunca suspeitaram de violação?

Quando tem campanha, fazem esse tipo de coisa. Nunca tinha chegado tão longe. Havia ameaças, ouvir dizer. Mas eu não tinha visto.

Sente-se ameaçada?
Eu e o Brasil. As instituições não estão funcionando e querem culpar uma funcionária. Não levam em conta que está acontecendo só com pessoas ligadas ao PSDB. Querem que a gente acredite e dê atestado de quê? Quero respeito com minha família. Não admito uma coisa dessas. Já que as instituições não estão funcionando, vamos admitir que estamos numa ditadura disfarçada.

Acha que a Dilma sabe?

Você espera que se diga "eu não sabia de nada" mais uma vez?


Tem que respeitar um pouco os neurônios que as pessoas têm.

Veronica está chateada?
Ela acha isso um absurdo. É vítima de um crime cometido pelo Estado. O Estado tem a posse dos dados dos cidadãos para mantê-los sob sigilo. Não vamos aceitar que banalizem a questão botando a culpa em duas ou três pessoas.


Quero ir até o fim.

Quero saber quem é o mandante.

Isso é o que importa.


Editoria de Arte/Folhapress


É agora ou nunca - Acorda, marqueteiro!



Se o PSDB não colocar o problema em toda a extensão ainda hoje, no pograma eleitoral, a reação do outro lado já está em andamento.

Oficialmente, o ministério de Lula, em horário de expediente e cometendo um crime eleitoral igual a dezenas já cometidos, comanda o discurso de que a violação do sigilo da filha de José Serra é "uma tentativa de golpe eleitoral".

A imprensa dá guarida e apoio. Leiam aqui.

Que o PSDB tenha a exata noção da História!

É agora ou nunca.

O que o PSDB deve fazer é um Comunicado ao Povo Brasileiro.

Menos do que isso, é nada.





Isto que foi veiculado no programa da tarde não funciona.

Este é o jeito Gonzales de fazer as coisas,entendendo que não deve expor o candidato diretamente.

O marqueteiro acha que recorte de jornal tem mais credibilidade do que a palavra de um homem de bem como José Serra, de uma mulher de bem como Mônica Serra e de nomes que, por mais que sejam criticados, têm um passado, como Fernando Henrique Cardoso.


Chega de recortezinho de jornal!

Tudo isso o povo já sabe e já viu no Jornal Nacional.


Está na hora de colocar INDIGNAÇÃO no ar,
senhor Gonzales!

De colocar REVOLTA, que é o que todos nós estamos sentindo.

Chega de apresentadorzinho com arzinho de indignadinho, porra!


Acorda, marqueteiro!

Isso não se aplica mais a este momento do país e tampouco da campanha eleitoral.

Isso não é o Dossiê dos Aloprados.

Violar sigilo é infinitamente mais grave do que isso.

Chega de pesquisinhas qualitativas, porque o consumidor não sabe o que está ocorrendo e, portanto, não tem condição de opinar sobre o caso.

É preciso mostrar a ele em um, dois, três, o resto dos programas eleitorais o que vai acontecer com a democracia no Brasil.


Alguém precisa abrir os olhos do marqueteiro, fazendo logo aquela operação de catarata que ele tanto está necessitando!


Setembro 02, 2010

‘É a ideologia, estúpido! - Totalitarismo


Totalitarismo

Por Rivadavia Rosa

Parafraseando o marketeiro norteamericano:

‘é a ideologia, estúpido!

(“É a economia, estúpido!” – JAMES CARVILLE)

Ademais, o que se poderia esperar de um Partido de formação marxista-leninista inspirado  nos modelos genocidas da extinta URSS, de Cuba, China, Albânia, Coréia do Norte e outro regimes regressistas totalitários e sanguinários.

É o bolchevismo em sua configuração pura de Partido-máfia  – organização criminosa no poder que sob a concepção derivada do marxismo-leninismo (os fins justificam os meios) de que a corrupção é o caminho mais rápido para fazer uma revolução econômica, promove o maior roubo/estelionato dos cofres públicos como nunca se fez antes (desde 1500 - como diz o líder máximo delles).

Assim, por meio desse processo criminoso de apropriação/redistribuição de renda alega pretender realizar a mudança social (o marxismo visa essencialmente transformar o mundo), quando na verdade enche é as próprias burras e vai dormir o sono dos justos, consciente de que realizou sua missão histórica.

No socialismo, vulgarmente conhecido como comunismo, o Estado prescreve o que deve ser a sociedade – usurpa a função da sociedade civil (vide a fúria legislativa, desde a abrangência total do PNDH, às leis/projeto da ‘palmadas’, ‘anti-fumo’, salvo o charuto cubano), ‘cadeirinha’ ...), degrada as instituições, destrói as classes, formando a ‘nomenklatura, e, por fim funde de uma vez só as instâncias executiva, legislativa, judiciária, policial e administrativa, tornando-se um mesmo ator onisciente e onipotente, ou seja, o ‘Deus-Estado-partido’, representado pelo ditador de plantão e enquanto se mantém no poder, sob o culto da personalidade.

Na flamante reconfiguração do experimento comunista através do petismo-lulismo os brasileiros são as cobaias da vez, assim como os demais países bolivarianos (Argentina, Bolívia, Equador, Nicarágua, Paraguaia, Venezuela), sob a direção oculta do Foro de São Paulo, cujo método marxista-leninista é a violência política, o crime e, por último, o terror permanente que já avança pela via do Estado policialesco.

Assim, é o totalitarismo - que muitos confundem com regimes tirânico, autoritário ou ditatorial, o qual, porém esconde a ‘cara’, mas que se esclarece à luz do prolongamento e na inversão que ele inflige no imaginário da democracia, através de técnicas gramscistas de manipulação, controle e domínio das mentes.

O regime totalitário insere-se insidiosamente pelo imaginário da abolição da pluralidade, da divisão e do conflito, promessa/esperança de um mundo social (um outro mundo é possível) sem separação e sem mediação, do engendramento de um homem/hombre novo/nuevo (agora, também no siglo XXI) e ainda regenerado.

Nele (totalitarismo) o Estado prescreve o que deve ser a sociedade: substitui a sociedade civil, aniquila as classes sociais e os poderes (republicanos), confundindo de uma vez só as instâncias executiva, legislativa, judiciária, policial e administrativa em um mesmo protagonista, onisciente e onipotente.

Com o apoio ideológico dos profetas da barbárie
buscam a totalização integral no seu interior e exterior do domínio do poder, do saber e da lei em uma rede de identificações em que o Povo é o Partido, o Partido é o Estado e o Estado é o ‘Egocrata’ – guia supremo que encarna fantasticamente a totalidade do poder e da sociedade (sem mais nenhuma intermediação, sobretudo do respeitável e distinto povo), numa reconfiguração sem precedentes na história das tiranias e dos déspotas da Antiguidade, avançando para além da relação de representação e da crítica da opinião, cuja palavra infalível e a imagem gloriosa que imaginam ser o infinito, ocupa o espaço coletivo.

Da infalibilidade tirânica
, uma vez adquiridas as ‘condições objetivas e hegemônicas’ ninguém pode divergir.

O que prevalece não é o coletivo, o bem-comum, mas o do Estado-partido, sob a figura do ditador de plantão.

O Estado total na concepção dos profetas:

“Não existe para o Estado senão uma única e inviolável lei: a sobrevivência do Estado.” Karl Marx;

"Tudo no Estado. Nada contra o Estado. Nada fora do Estado." Benito Mussolini;
“Não preciso de pai nem de mãe; só preciso do Estado”. Mao Tse Tung (Zedong)),

Enfim - o domínio total – sem medida de comparação histórica senão pelo duplo processo novilingüístico (George Orwell, 1984) em que de um lado, a encenação do espetáculo virtual da ‘boa democracia’, dotada de uma Constituição, de um Parlamento e demais poderes da República; de outro,   sob a perversa hegemonia do poder Executivo apoiado por toda sorte de movimentos 'sociais', ONGs, organismos burocráticos, sindicais e associativos e, partidos aliados, todos instrumentalizados para facilitar o desvio dos recursos públicos, além de um 'exército marginal da reserva', financiado com dinheiro público para promover invasões, esbulhos, terrorismo político, mantidos inicialmente de forma subliminar e, mais tarde de forma descarada a sociedade e o sistema produtivo como refém.

E, todos os militantes devidamente articulados, com o apoio de artistas, intelectuais ‘orgânicos’ e em parceria com a imprensa, quando não estão no silêncio devoto e obsequioso, promovem a difusão de todas as mentiras contra o capitalismo, e a favor do socialismo e da revolução comunista (os quais parecem desconhecer que nos regimes comunistas são os primeiros a serem eliminados, na menor ou mesmo imaginada dissidência), e, atualmente como não podem mais esconder a barbárie e continuar mentindo sobre o socialismo soviético, chinês, cubano, albanês, coreano apegam-se a apologia dos direitos humanos (curiosamente sempre os dos bandidos), e ações contra o sistema político, o capitalismo, a economia mercado, o liberalismo (pasme!, o liberalismo, que por si só elimina qualquer idéia totalitária, mas sob o jargão pejorativo ‘neoliberalismo’ é satanizado), a democracia (sim, até a democracia que alegam defender, mas que uma vez no poder  não serve mais) e contra todos os valores, princípios e instituições da civilização ocidental (judaico-cristã).

Também não se pode esquecer alguns vigários (‘orgânicos’?) católicos romanos, episcopais anglicanos e metodistas, pastores sinodais luteranos, cuja posição sobre a realidade agrária brasileira - é de expresso apoio à luta de classes no meio rural, num claro e aberrante equívoco sobre o amor e fraternidades cristãos que deveriam nortear suas ações.

Essa tentativa de conciliar o amor e a fraternidade cristã
com luta de (sem) classes  por si só nega qualquer tipo de religião, é o maior estelionato religioso, sem precedentes na história da humanidade. Onde o messianismo comunista foi imposto foram abolidos os direitos e liberdades fundamentais, de expressão, de informação, de religião (ópio do povo) com perseguição dos religiosos e destruição das Igrejas, a propriedade privada, enquanto que os 'intelectuais' que perceberam a barbárie e não ficaram em silêncio foram silenciados definitivamente.

Até a extrema violência e o terror revolucionário
– são ‘justificados’ ‘histórica e filosoficamente’ pela convicção dos ditadores comunistas e seus adeptos que pensam terem compreendido o sentido do ‘processo histórico mundial’(materialismo ‘científico’), que lhes conferiria uma consciência ‘tranqüila’ e o ‘sono dos justos’, uma vez que se autojustificam na crença da absolvição pela dogmática da história de todas as ponderações de ordem moral, com a expressão sociopatológica  ‘a história me absolverá’.

Nessa linha de conduta perversa - promovem um grande espetáculo midiático (‘pão e circo’)
e intensa propaganda com dinheiro público (é claro) - simulam a racionalidade e a 'defesa da democracia e da Constituição'; a eficácia onde reina a negligência econômica; a feliz sociabilidade, onde predominam a suspeita generalizada e o medo da denúncia; a liberdade, onde prevalece a arregimentação,  o histrionismo símio, a demagogia, o neopopulismo, o assistencialismo, o arbítrio, a repressão e toda sorte de mistificação e fraude.  

Na América Latina temos a agregação do famigerado realismo mágico que oculta o verdadeiro mal que é o ESTATISMO que possibilita a corrupção, o populismo, o assistencialismo, a miséria, o atraso e a barbárie.

Por isso e, justamente por isso, não podemos olvidar a advertência de quem viveu e sobreviveu ao totalitarismo:

Para combater o totalitarismo, basta compreender uma única coisa: o totalitarismo é a negação mais radical da liberdade. No entanto, essa negação da liberdade é comum a todas as tiranias e não é de importância fundamental para compreender a natureza peculiar do totalitarismo. Contudo, quem não se mobiliza quando a liberdade está sob ameaça jamais se mobilizará por coisa alguma.” ARENDT,         Hannah. Compreender – formação, exílio e totalitarismo (Ensaios – 1930-1954). Belo Horizonte/MG: Editora UFMG/CIA. LETRAS, 2008, p. 347.

O totalitarismo é uma máquina de tremenda eficácia. A ideologia comunista propõe a imagem de uma sociedade melhor e nos incita a desejá-la: não faz parte da identidade humana o desejo de transformar o mundo em nome de um ideal? (...) Além do mais, a sociedade comunista priva o indivíduo de suas responsabilidades: são sempre ‘eles’ que decidem. Ora, a responsabilidade é frequentemente um fardo pesado a ser carregado (...) A atração pelo sistema totalitário, experimentado inconscientemente por numerosos indivíduos, provém de um certo medo da liberdade e da responsabilidade – o que explica a popularidade de todos os regimes autoritários”. Tzvetan Todorov, filósofo e lingüista búlgaro, radicado em Paris desde 1963 (1939 – Sofia/Bulgária)

Caçaram os judeus e eu nada fiz porque não era judeu; depois prearam os protestantes e eu nada fiz porque não era protestante; o mesmo foi feito com os católicos e eu nada fiz porque não era católico; até que chegou a minha vez e eu não tinha com quem fazer alguma coisa, porque não havia mais com quem agrupar-me”. - “Cuando vinieron a buscar a los judíos, callé: yo no era judío. Cuando vinieron a buscar a los comunistas, callé: yo no era comunista. Cuando vinieron a buscar a los sindicalistas, callé: yo no era sindicalista. Cuando vinieron por mí, ya no había nadie para protestar”.  Monólogo de Martin Niemöller, 1933, pastor protestante, apoiador inicial do nacional-socialismo (assim como as Igrejas alemãs) e posterior vítima do Holocausto.

“Ela era, sob certos aspectos, muito mais sutil do que Winston e muito menos permeável à propaganda do Partido. Um dia, tendo ele, por acaso, feito uma alusão qualquer à Guerra..., ela surpreendeu-o dizendo com desenvoltura que em sua opinião não havia guerra e que era muito provável que as bombas e mísseis, que diariamente caíam sobre Londres, fossem lançados pelo próprio governo só para manter a população num estado de terror'. Esta era uma idéia na qual ele literalmente nunca havia pensado ...”
GEORGE Orwell, in 1984

"
A ideologia! Ela fornece a desejada justificação para a maldade, para a firmeza necessária e constante do malfeitor. Ela constitui a teoria social que o ajuda, perante si mesmo e perante os outros, a desculpar os seus atos e não escutar censuras ou maldições, mas sim elogios e testemunhos de respeito. Era assim que os inquisidores se apoiavam no cristianismo, os conquistadores no enfraquecimento da pátria, os colonizadores na civilização, os nazis na raça, os jacobinos (de ontem e de hoje) na igualdade, na fraternidade e na felicidade das gerações futuras". - Alexandre Soljenítsen, in ARQUIPÉLAGO GULAG (1918-1956). São Paulo: Círculo do Livro S.A. p. 176.

Abs RR

02.Setembro.2010

Democracia em perigo - Merval Pereira

Democracia em perigo

Por Merval Pereira
O GLOBO

A face mais dura do aparelhamento do Estado brasileiro por forças políticas está sendo revelada nesse episódio da quebra do sigilo fiscal da filha do candidato do PSDB à Presidência da República.

Em um país sério, o secretário da Receita já teria se demitido, envergonhado, ou estaria demitido pelo seu chefe, o ministro da Fazenda Guido Mantega.

E alguém acabaria na cadeia.


Ao contrário, o secretário Otacílio Cartaxo tentou até onde pôde minimizar a situação, preferindo despolitizar o caso e desmoralizar sua repartição.

Ao mesmo tempo surgem de vários lados do governo tentativas de contornar o problema, ora atribuindo à própria vítima a culpa da quebra de seu sigilo fiscal, ora sugerindo que uma disputa política dentro do próprio PSDB poderia ter gerado a quebra do sigilo fiscal de Verônica Serra.

Uma análise muito encontradiça entre os políticos governistas é de que as denúncias, tendo aparecido em período eleitoral, perdem muito de sua credibilidade e de seu poder de influenciar o voto do eleitor, ficam com sabor "eleitoreiro".

Como se essa fosse a questão central. Pensamentos e atos de quem não tem espírito público.




O aparelhamento político da máquina pública não ocasiona apenas a ineficiência dos serviços, o que fica patente em casos como o dos Correios, outrora uma empresa exemplar e que se transformou em um cabide de empregos que gera mais escândalos de corrupção do que seria possível supor.

Dessa vez a revelação de que a Receita Federal transformou-se em um balcão de negcios onde o sigilo fiscal dos cidadãos brasileiros está à venda, seja por motivos meramente pecuniários, seja por razões políticas, coloca em xeque uma instituição que, até bem pouco tempo, era respeitada por sua eficiência e pelo absoluto respeito aos direitos dos cidadãos.

O episódio da quebra do sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB Eduardo Jorge Caldas Pereira, de três pessoas ligadas de alguma maneira ao partido ou ao candidato oposicionista e, mais grave, da sua filha, mostra que diversas agências da Receita Federal são utilizadas para práticas criminosas, não apenas a de Mauá, que se transformou em um local onde se compra e se vende o sigilo de qualquer um.

O sigilo de Verônica Serra foi quebrado na agência de Santo André, numa demonstração de que se vulgarizou a privacidade dos contribuintes brasileiros.

Não terá sido coincidência que, além de Verônica, os nomes ligados ao PSDB que tiveram seu sigilo fiscal quebrado — Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira e Gregório Marin Preciado — sejam personagens de um suposto livro que o jornalista Amaury Ribeiro Junior estaria escrevendo com denúncias sobre o processo de privatizações ocorrido no país durante o governo de Fernando Henrique.

O jornalista fazia parte do grupo de comunicação da campanha de Dilma Rousseff, subordinado a Luiz Lanzetta, e os dois tiveram encontro com um notório araponga tentando contratá-lo para serviços de espionagem que incluíam grampear o próprio candidato tucano à Presidência.

Além da denúncia do araponga, delegado aposentado da Polícia Federal Onésimo de Souza, feita no Congresso, outro ator do submundo petista surgiu nos últimos dias denunciando manobras criminosas nas campanhas eleitorais.

Wagner Cinchetto, conhecido sindicalista, afirmou ao "Estado de S. Paulo" e à revista "Veja" que o núcleo envolvido com a violação de sigilo fiscal de tucanos na ação da Receita é uma extensão do grupo de inteligência criado em 2002 por lideranças do PT.

Ele diz ter certeza de que os mesmos personagens atuam nos dois episódios. Revelou que o escândalo que levou ao fim a candidatura de Roseana Sarney em 2002 foi montado por esse grupo petista para incriminar o então candidato tucano à Presidência, José Serra, que foi considerado responsável pela denúncia pela família Sarney.

Até mesmo um fax teria sido enviado ao Palácio do Planalto para dar a impressão de que a Polícia Federal havia trabalhado sob a orientação do governo de Fernando Henrique.

No caso atual, os diversos órgãos do governo envolvidos na apuração — Polícia Federal, Receita Federal, Ministério da Fazenda — tiveram atuação leniente, e foram os jornais que descobriram rapidamente que a procuração era completamente falsa, desde a assinatura de Verônica Serra até o carimbo do Cartório do 16 Tabelião de Notas de São Paulo, onde aliás Verônica nunca teve firma.

Não basta a Receita dizer que por causa de uma procuração está tudo legal. Não faz sentido que qualquer pessoa que apareça em qualquer agência da Receita Federal com uma procuração possa ter acesso a dados sigilosos.

Aliás, o pedido em si não faz o menor sentido. Então o contribuinte que declara seu imposto de renda não tem uma cópia?

Agora, que quase todo mundo declara pela internet, como não ter uma gravação da declaração?

A funcionária da Receita que achou normal a apresentação da procuração deveria ter desconfiado de alguma coisa, pelo menos do fato de uma pessoa que declara seu imposto de renda na capital de São Paulo mandar um procurador a uma agência de Santo André para ter acesso a uma cópia.

O contador Antônio Carlos Atella Ferreira admitiu que foi ele quem retirou cópias das declarações de IR de Verônica Serra na agência da Receita Federal em Santo André, mas alega que fez isso por encomenda de uma pessoa que "queria prejudicar Serra".

Mais uma história mal contada.

E tudo leva ao que aconteceu em 2006, quando um grupo de petistas ligados diretamente à campanha de Aloizio Mercadante e à direção nacional do PT foi preso em flagrante tentando comprar um dossiê, com uma montanha de dinheiro vivo, contra Serra, candidato ao governo de São Paulo, e Alckmin, o candidato tucano à Presidência.



O presidente chamou-os de "aloprados", indignado nem tanto com o episódio em si, mas com a burrice de seus correligionários que acabaram impedindo que ganhasse a eleição no primeiro turno.

Hoje o caso é mais grave, pois envolve um órgão do Estado que deveria proteger o sigilo de seus cidadãos.

O que menos importa é se a repercussão do caso influenciará o resultado da eleição.

O grave é a ameaça ao estado de direito embutida nesse uso da máquina pública para chantagem eleitoral.


2.9.2010

Receita tentou abafar caso da violação do sigilo fiscal da filha de Serra


Receita tentou abafar caso da violação do sigilo fiscal da filha de Serra


Em meio ao discurso de que não havia irregularidade, governo já sabia que a procuração usada para violar dados de Verônica era falsa



O comando da Receita Federal suspeitou de fraude na violação do sigilo fiscal da filha do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, mas mesmo assim montou uma operação para abafar o escândalo e evitar impacto político na campanha de Dilma Rousseff (PT).


Em meio ao discurso oficial de que não havia irregularidade, o governo já sabia que a procuração usada para violar os dados de Verônica Serra poderia ser falsa.

Os novos documentos da investigação, a que o Estado teve acesso ontem, também provam que a Receita sabia desde o dia 20 de agosto que o sigilo fiscal de Verônica havia sido violado em setembro do ano passado.




A prova da suspeita da Receita está em um documento que mostra que, na tarde de terça-feira, a comissão de inquérito decidiu encaminhar o caso ao Ministério Público Federal.

Ou seja, antes de a filha de Serra e o cartório afirmarem que o documento era falso, o que desmente o discurso e a entrevista dada ao Estado pelo secretário-geral da Receita, Otacílio Cartaxo.

Num documento obtido pelo Estado, com data de terça-feira, a comissão de investigação levanta suspeitas sobre Antônio Carlos Atella Ferreira, autor da procuração utilizada para retirar os dados fiscais de Verônica Serra em uma agência da Receita em Santo André.

No ofício, Ferreira é tratado como pessoa "supostamente" autorizada a retirar os documentos da filha de Serra.

A comissão levantou informações sobre ele e cita que tem quatro CPFs em "diversos municípios".

Diante da suspeita, a comissão pede que a procuração seja enviada à Procuradoria da República para "confirmação de autenticidade".

O documento da comissão, tratado como "ata de deliberação", registra o horário das 17h de terça.

A Receita descobriu pouco antes, às 13h42, que Ferreira era dono de quatro CPFs.

Na noite daquele mesmo dia, quando o portal estadão.com.br revelou, com exclusividade, o episódio, o Ministério da Fazenda e a Receita procuraram a imprensa, inclusive o Estado, para informar que não havia irregularidade e os dados de Verônica foram consultados mediante requisição autorizada e assinada por ela.

O discurso foi compartilhado pelo primeiro escalão do governo durante toda a manhã de ontem, incluindo o ministro Guido Mantega (Fazenda) e o líder no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).




"A Receita vai comprovar que a filha de Serra pediu o acesso aos dados", anunciou Jucá na Comissão de Constituição e Justiça, falando como porta-voz do Planalto.

"A Receita é confiável e toda a curiosidade será explicada", disse o próprio presidente Lula, com base em informações da Receita que garantiam a autenticidade da procuração.

Mantega também chegou à Fazenda dizendo que "tudo seria esclarecido".


Comissão.

Os documentos obtidos pelo Estado mostram ainda que, além de já suspeitar da violação do sigilo, a Receita descobrira havia pelo menos 10 dias que os dados fiscais da filha de Serra haviam sido invadidos ilegalmente.




Mais exatamente às 17h59 do dia 20 de agosto, quando Eduardo Nogueira Dias, membro da comissão de investigação, consultou o histórico dos acessos aos dados de Verônica.

Naquele dia, ele descobriu que as declarações de renda dela foram acessadas às 16h59 de 30 de setembro de 2009 por meio da senha da servidora Lúcia de Fátima Gonçalves Milan, lotada em Santo André.

Ou seja, quando deram uma entrevista coletiva, convocada às pressas na sexta-feira passada, Cartaxo e o corregedor-geral, Antônio Carlos da Costa D" Avila, já tinham conhecimento do acesso aos dados fiscais de Verônica.

Na sexta, Cartaxo e D" Avila anunciaram uma versão que até agora não se sustenta nos autos da investigação.

Afirmaram que a Receita descobriu a existência de um esquema de venda de dados fiscais mediante "encomenda" e "pagamento de propina".


Indiciamento.

A Receita indiciou na segunda-feira duas servidoras, Antonia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva e Adeildda Ferreira dos Santos, por serem as donas da senha e do computador usados para violar o sigilo de Eduardo Jorge e de Luiz Carlos Mendonça de Barros, Gregório Marin Preciado e Ricardo Sérgio de Oliveira.

Na terça-feira, a comissão de investigação incluiu Lúcia de Fátima Gonçalves Milan no rol de "acusados".

02 de setembro de 2010



É a hora da virada - Participe!






Íntegra do discurso de Serra no Encontro com Prefeitos

http://tinyurl.com/2e895gw



#HoraDaVirada

Frase...


"...Se as pesquisas ganhassem eleições, não haveria eleições...
"

Brizola

Melhor não cantar o Hino Nacional, querida!

Melhor não cantar o Hino Nacional, querida!




Outro dia circulou um áudio no Youtube — e eu não escreveria nada a respeito se ela própria não tivesse explicado o que aconteceu — em que a comentarista Lúcia Hipólito, da CBN, desandava a dizer coisas sem sentido sobre o “Programa Nacional-Socialista dos Direitos Humanos”. Parecia a Vanusa cantando o Hino Nacional.

As duas deram a mesma explicação: tomaram “remédios muito fortes” e ficaram meio trelelés. Acontece.

Não tratei do assunto aqui nem publiquei o áudio porque, de vez em quando, eu também consumo “remédios muito fortes”. Compreensível. Só que tomo o cuidado de não cantar o hino, não escrever nem opinar sobre política. Minha mulher diz que sempre quero dançar, mas ela me demove da idéia (quase sempre).

Lúcia comentou ontem, na CBN, a violação do sigilo fiscal de Verônica Serra.

Na primeira parte do seu comentário, afirmou que a Receita parecia a casa-da-mãe-joana e coisa e tal. Enquanto ouvia, perguntava-me: “Estarei percebendo certo esforço para, ainda que com aparência crítica, endossar a versão de Otacílio, o Cartaxo do PT, segundo a qual tudo não passa, assim, de lambança, desorganização, bagunça, mas sem conotação política?” Deixei a suspeita de lado:

“Pô, Reinaldo, seja um homem bom! Ouça até o fim”. Ouvi.


A partir, no entanto, de 1min31s, as coisas se complicaram. Eu transcrevo aqui em vermelho a sua fala, com intervenções minhas em azul:

“O outro aspecto que tem de ser visto nessa história, Nonato, é que, é, é…, a gente não sabe o que dizer a esse respeito”.


Bem, quando a gente não sabe o que dizer, o melhor mesmo é ficar de boca fechada. É o que ela deveria ter feito. Sigamos.

Se for verdade, se for verdade, que isso seria uma reedição do caso dos aloprados, isto é uma maluquice, Nonato! Não é possível que imaginaram que fossem fazer tudo outra vez.

É de uma incompetência assombrosa.

Se você ouvir o áudio, vai perceber que aquele segundo “se for verdade” é dito de forma cantada, evidenciando que a comentarista está muuuito desconfiada.

O raciocínio já começa a caminhar por aquelas larguezas da irracionalidade.

Na opinião de Lúcia, “não é possível” porque seria “muita incompetência”.

Isso não é um raciocínio lógico, isso não é um raciocínio ilógico, isso não é um raciocínio dialético, isso não é um raciocínio linear.

Isso não é um raciocínio.


Há um contador que já apareceu, chamado Antônio Carlos de Tal, que já declarou ao jornal O Globo que sim, que foi ele que falsificou a procuração, que foi ele que violou o sigilo fiscal da filha de José Serra a pedido de não sei quem…

É de uma incompetência que faz até a gente desconfiar de que não seja verdade. Eu acho que é preciso ir com muito cuidado neste caso, ir com muita seriedade, porque é tão incompetente, mas tão incompetente, que fica até parecendo uma armação, sabe, Nonato?
Fica parecendo uma coisa armada sei lá por quem para tumultuar esse processo no final da corrida eleitoral…

Vamos por partes. A desinformação de Lúcia Hipólito é constrangedora:

1 - Antônio Carlos de Tal não confessou a falsificação; disse que atendia a um cliente;

2 - como a suspeita recai sobre o PT, Lúcia desconfia que tenha havido uma violação porque a operação foi “muito incompetente”. Isso nos leva, logicamente, à constatação de que ela acredita que o PT só faz coisas competentes — inclusive as safadezas. Por competentes, então não seriam descobertas. Logo, ninguém nunca flagraria uma sacanagem feita pelo partido, que passaria incólume por qualquer investigação — não porque santo, mas porque “competente”;

3 - quando Lúcia faz essa maravilha de comentário, o cartório já havia informado que Verônica não tinha firma lá, que o reconhecimento era falso, que a assinatura era falsa;

4 - ao afirmar que fica “parecendo uma armação”, ela sugere, evidentemente, que seria uma “armação tucana”, repetindo a tese petista que tenta transformar a vítima em ré;

5 - a violação aconteceu em setembro do ano passado; vai ver os tucanos já estavam planejando tudo com antecedência para poder culpar agora o PT;

6 - Lúcia ignora que, comprovadamente, o sigilo de Eduardo Jorge estava com petistas e que dados da declaração de Verônica circulavam já em blogs petistas e no texto de um ex-jornalista que participava da turma de Luiz Lanzetta;

7 - segundo a tese desta pensadora, porque há uma corrida eleitoral, então o fato deixa de ser um fato para ser uma armação.

Mais um pouco.



… porque é amador demais!

E quando é, sabe?, amador demais, todo mundo começa a desconfiar, porque é muito incompetente, é muito incompetente demais (sic).

Eu acho que a gente precisa ir com calma, não pode tirar conclusões apressadas, é preciso investigar e saber o que é que tá acontecendo e o que foi que realmente aconteceu nessa história, Nonato…

É evidente que esta senhora está flertando com a acusação petista de que tudonão passaria de uma conspiração tucana!!!


O trecho acima ilustra o que é a banalidade, a tolice, o nada, mas com entonação convicta.

Destaco o “muito incompetente demais”.

O único a quem a língua deu licença para coisas assim foi Tom Jobim:

“Meu amor por você é enorme demais…”.

Lúcia é que não sabia o que estava acontecendo. Quando ela fazia essa magnífica intervenção, já estava claro também que a Receita havia armado uma versão, que se desmoralizou. Notem que ela não diz um “a” sobre o fato de um órgão do governo ter posto para circular uma procuração com claros sinais de fraude.

Aliás, já sabia tratar-se de uma fraude.


Invadiram o sigilo de um grupo de tucanos e da filha do candidato do PSDB. As informações circulavam nos subterrâneos da campanha de Dilma. Mas Lúcia Hipólito está “muuuuito” desconfiada.

Não dá! O que aconteceu é grave demais para que mereça esse tratamento ligeiro, beirando a irresponsabilidade. É a Constituição que está sendo agredida. Não se trata de uma pequena bagunça no almoxarifado. Não é aceitável que se lancem especulações como essas, contra os fatos.

Há coisas que são o retrato de um tempo. Vocês acabam de ouvir o “som” de um tempo. Não vou perguntar se Lúcia Hipólito havia tomado de novo aquele remédio.


De todo modo, eu lhe recomendo que não cante o Hino Nacional.




Vanusa até pode ser a Lúcia Hipólito do iê-iê-iê, mas convém que Lúcia não seja a Vanusa da análise política.


02/09/2010