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quarta-feira, 23 de maio de 2018

Temer diz que pediu 'trégua' de dois ou três dias a caminhoneiros para encontrar 'solução satisfatória'


Presidente deu declaração após evento no Planalto.

Caminhoneiros têm feito atos em todo o país há três dias contra aumento no preço dos combustíveis; entidade diz que 'não se trata de trégua'.


Por Roniara Castilhos, Filipe Matoso e Guilherme Mazui
TV Globo e G1, Brasília

Temer diz que pediu 'trégua' de dois ou três dias a caminhoneiros



O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira (23) que pediu "trégua" de dois ou três dias aos caminhoneiros para encontrar uma "solução satisfatória" sobre o preço dos combustíveis (veja no vídeo acima).



Temer deu a declaração após participar de um evento no Palácio do Planalto. Enquanto ele falava com a imprensa, acontecia, também no palácio, uma reunião da Casa Civil com representantes de caminhoneiros.


Caminhoneiros têm feito atos em todos o país há três dias contra o aumento no preço do diesel. A Petrobras já anunciou que a política de reajustes não mudará.


"Desde domingo, estamos trabalhando nesse tema para dar tranquilidade não só ao brasileiro, que não quer ver paralisado o abastecimento, e tentando encontrar uma solução que facilite a vida dos caminhoneiros", afirmou o presidente.



"Até estou solicitando e pedi que nesta reunião [na Casa Civil, entre representantes do governo e dos caminhoneiros] se solicite uma espécie de trégua para que, em dois ou três dias, possamos encontrar uma solução satisfatória para os caminhoneiros e para o povo brasileiro", completou.

Protestos de caminhoneiros começam a provocar falta de combustíveis

Diante da paralisação dos caminhoneiros, o governo anunciou nesta terça (22) um acordo com o Congresso Nacional para eliminar um dos tributos que incidem sobre o diesel quando o Poder Legislativo aprovar o projeto de reoneração da folha de pagamento das empresas - a votação ainda não tem data confirmada.

Na prática, se Câmara e Senado aprovarem a proposta da reoneração, a União terá aumento nas receitas e, em troca, irá zerar a Cide que incide sobre o diesel. Segundo o Ministério da Fazenda, a atual alíquota do tributo representa R$ 0,05 por litro do diesel.

Diumar Bueno, presidente da Confederação dos Transportadores, durante entrevista no Palácio do Planalto (Foto: Guilherme Mazui/G1)


Confederação dos Transportadores

Após a reunião com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Carlos Marun (Secretaria de Governo) e Valter Casimiro (Transportes), o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, afirmou que o governo não apresentou uma proposta concreta.

O encontro, de acordo com a Casa Civil, reuniu 10 entidades nesta quarta. Segundo Diumar Bueno, ficou acertada uma nova reunião nesta quinta (24), também no Palácio do Planalto.

"O governo não ofereceu nada até agora. A proposta foi pedir um prazo para nós para que eles se posicionem amanhã [quinta, 24] às 14h", disse o presidente da CNTA.

Ainda de acordo com o presidente da entidade, os ministros na reunião explicaram a "impossibilidade" de atender às reivindicações da categoria.

Sobre a possível eliminação da Cide sobre o diesel, Bueno declarou: "Isso só é insuficiente, porque isso representa R$ 0,05 no preço, se for passado para as bombas".

Questionado sobre se a categoria atenderá ao pedido de "trégua" do governo, Diumar afirmou que ficou apenas estabelecido o prazo para a nova reunião.

"Não se trata de trégua, ele pediu um prazo para nos dar uma reposta, e o que foi estabelecido hoje foi esse prazo até amanhã às 14h", declarou. "Infelizmente, o governo está condicionando a paralisação nacional dos caminhoneiros permanecer por mais um dia", completou.

Diumar também destacou que a confederação avisou o governo sobre a insatisfação da categoria com o preço do diesel, além do pedido pelo fim da cobrança de pedágio de caminhões que trafegam vazios e com os eixos suspensos.

23/05/2018 


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