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terça-feira, 4 de outubro de 2016

Governador da Bahia e dois ex-ministros do PT são alvos da Hidra de Lerna



Polícia Federal pediu autorização para buscas no gabinete de Rui Costa, mas Procuradoria não concordou, em investigação sobre esquema de financiamento ilegal de campanha política e fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades


Julia Affonso, Fausto Macedo e Fábio Serapião, de Brasília
Estadão
Rui Costa
Foto: Reprodução/Facebook



A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 4, à Operação Hidra de Lerna. A ação, que no total cumpre 16 mandados de busca e apreensão, investiga um esquema de financiamento ilegal de campanhas políticas na Bahia e outro de fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades. O governador Rui Costa (PT), da Bahia, é investigado.


A empreiteira OAS e um diretório do PT na Bahia são alvo da investigação e os ex-ministros Márcio Fortes (Cidades – Governo Lula) e Mário Negromonte (ex-ministro de Cidades do Governo Dilma e atual conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia) e a Propeg, de busca e apreensão.

A PF pediu autorização para fazer buscas no gabinete do governador da Bahia, mas o Ministério Público Federal não concordou.

Mário Montenegro
Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara


Os mandados, em razão do foro por prerrogativa de função de investigados, foram todos deferidos pela Ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça. A Federal cumpre mandados na Bahia, no Distrito Federal e Rio de Janeiro.

Márcio Fortes
Foto: Estadão


A Operação Hidra de Lerna deriva de 3 colaborações de investigados na Operação Acrônimo, já homologadas pela Justiça e em contínuo processo de validação pela Polícia Federal, e tem como origem 2 novos inquéritos em tramitação no STJ. A distribuição entre os ministros da Corte ocorreu de forma automática.


Segundo a PF, uma das linhas de investigação recai sobre supostos esquemas para financiar ilegalmente campanhas eleitorais. A empreiteira teria contratado de maneira fictícia empresas do ramo de comunicação especializadas na realização de campanhas políticas, remunerando serviços prestados a partidos políticos e não à empresa do ramo de construção civil. Em outra direção, a Federal pretende investigar a ocorrência de fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades.

Hidra de Lerna. O nome da operação se refere à ‘monstruosa figura da mitologia helênica, que ao ter a cabeça cortada ressurge com duas cabeças, a Operação Acrônimo, ao chegar a um dos líderes de uma Organização Criminosa, se deparou com uma investigação que se desdobra e exige a abertura de dois novos inquéritos’.

COM A PALAVRA, O MINISTÉRIO DAS CIDADES

O Ministério das Cidades informa que não recebeu nenhuma notificação sobre operação da Polícia Federal envolvendo recursos da Pasta, na manhã desta terça-feira (4).

Em poder das informações, a Pasta terá condições de avaliar do que se trata e capacidade de instaurar, imediatamente, Processos Administrativos Disciplinares para investigar a denúncia.

O Ministério das Cidades ressalta a disponibilidade em colaborar com todas as informações necessárias para garantir eficiência e transparência na aplicação dos recursos citados.

COM A PALAVRA, A PROPEG

Na manhã desta terça-feira, 4 de outubro, a Polícia Federal realizou buscas nos escritórios da Propeg em Salvador e Brasília e nas residências de executivos da empresa. Na ocasião, prestou-se todo o apoio à ação.

A Propeg tem auxiliado, por iniciativa própria, desde junho deste ano, as autoridades judiciais para esclarecer e apurar os fatos investigados. A agência antecipou-se e forneceu diversas informações, bem como prestou depoimentos espontâneos.

No que tange à agência, os fatos em apuração não possuem qualquer conexão com o Partido dos Trabalhadores, o Governador do Estado da Bahia e com a empresa OAS.

Com 50 anos de atuação, a Propeg age com correção, respeito às leis e seguindo as normas do mercado publicitário.

Propeg Comunicação



04 Outubro 2016


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