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sábado, 28 de novembro de 2015

A REPORTAGEM DE CAPA DE 'VEJA' , O PASSARALHO E O ENIGMA QUE FAZ PODEROSOS AMARGAREM CALADOS A PRIVAÇÃO DA LIBERDADE.


O texto que segue está dividio em duas partes. A primeira contém considerações sobre a revista Veja, cuja capa da edição que chega às bancas neste sábado está estampada acima. Na segunda parte faço algumas considerações sobre a chamada de capa e transcrevo um aperitivo da reportagem principal.

Vamos lá:


A revista Veja, até agora a mais importante publicação da grande mídia brasileira recentemente permitiu que passaralho a serviço do conluio PT-mega empresários, a versão nacional dos boliburgueses da Venezuela bolivariana, desse um voo rasante sobre a redação. O passaralho vermelho derrubou a TVeja detonando a Joice Hasselmann que era a alma do projeto, aliás um belo projeto que integrava uma plataforma de vídeos com excelentes entrevistas e opinião, algo que foi banido da imprensa brasileira depois que Lula e seus sequazes chegaram ao poder. A partir daí foi inaugurado um tempo em que a opinião só pode ser emitida em favor do lulismo. Ao que tudo indica Veja se curvou.

Antes de Joice foi mandado embora o colunista Rodrigo Constantino enquanto o colunista Lauro Jardim, ao que parece, teve seu passe adquirido por O Globo. Por enquanto ainda tem as colunas do Augusto Nunes, do Reinaldo Azevedo e do Felipe Moura Brasil. Só.

De resto, sobraram aqueles chatos eternos com as quatro patas fincadas no terreiro do pensamento politicamente correto. Como não entendem nada de televisão cometem diariamente o exercício daquilo que defino como "burrice dinâmica". Decididamente não dá mais para ver a outrora influente e dinâmica TVeja que em inúmeras oportunidades destaquei aqui no blog. Já o site da revista também piorou muito.

Velho de guerra do jornalismo eu sei o que é o ambiente corporativo. Já fui testemunha de coisas mais ou menos parecidas como essa que rola na Veja. Já vi burros dinâmicos guindados à diretoria de organizações bem como psicopatas. Aliás, esses últimos, os psicopatas, são os que obtêm o maior sucesso nos ambientes corporativos. Normalmente porque são mestres em lamber os pés dos chefões, porque são capachos. Esses tipos ao longo da história têm sido os responsáveis pela destruição de muitos empreendimentos e bons projetos. Eles estão em todos os lugares. Menos aqui neste espaço que é só meu e, por extensão, dos meus estimados leitores. Aliás, esses andróides são incapazes de formular um parágrafo de cinco linhas que tenha algum sentido, quanto mais manter um blog com conteúdo exclusivo. E quando se metem a fazer televisão aí o troço desanda. E fica pior ainda quando o caras mentem.

Essa digressão que acabo de fazer creio ser necessária. Não dá para dourar a pílula, isto é, não dá para enrolar. Opinião para adular alguém ou uma organização é trololó.


QUEM CALA, CONSENTE. No que se refere à principal reportagem de Veja, outrora a "reportagem-bomba", o assunto é a prisão do senador Delcídio Amaral. Não poderia ser diferente. Todavia o aperitivo da matéria postado no site de Veja, nos leva a concluir de antemão que esta matéria não está calcada num furo de reportagem. Como a publicação é semanal, se não furar patina na resenha da semana. Ainda mais com a internet.

Louvando-me no resumo da reportagem de capa de Veja, concluo que todo o aparato criminoso que esfacela a Nação segue incólume. Em inúmeras oportunidades tenho reiterado que a permanência do PT no poder, desde o primeiro dia que Lula subiu a rampa, se deve exclusivamente por aquilo que denomino de "núcleo duro da economia", ou seja, uma plêiade de mega empresários e banqueiros que não conseguem sobreviver além do deletério patrimonialismo e encontraram no estatismo totalitário bolivariano um oásis. O ícone desse grupo é o Marcelo Odebrecht, que está em cana há mais de quatro meses acreditando piamente que será libertado.

Deve ter suas razões para esse comportamento. É justamente aí que reside o fulcro da questão, ou o "busílis', como diria o meu colega Reinaldo Azevedo. O resto é marola, é cascata, é empulhação. Além disso é de se questionar se as tais colaborações premiadas até agora resultaram em verdades ou meias verdades.

Em decorrência de tudo o que está acontecendo arrisco a segunda hipótese. A prova de que faço a escolha mais objetiva se encontra nesta reportagem da capa de Veja quando informa que a família de Delcídio Amaral está "avaliando" a possibilidade de ele colaborar com os investigadores, fato que lhe proporcionaria o relaxamento da prisão e atenuação da pena.

É de se indagar, portanto, quais seriam esses critérios a nortear tal avaliação? Pelo exposto intui-se que algo forte, grandioso e inaudito garante uma alternativa ao senador que permanece na carceragem da Polícia Federal e cuja maior regalia por enquanto é encomendar um Big-Mac com Coca-Cola para o jantar. Sem falar no fato de que Lula já lhe chamou de "imbecil" entre outros prováveis impropérios que são expelidos pela boca do Apedeuta quando fica enfezado.

A família de Delcídio está 'analisando'? Tá bom.

Transcrevo um aperitivo da reportagem de Veja, publicação que ainda dispõe de um fio tênue de confiabilidade. Leiam:



Pelas redes sociais já está bombando esta campanha destinada a estimular Delcídio Amaral a quebrar o enigma que vem mantendo figurões na cadeia enquanto Lula e seus sequazes continuam livres, leves e soltos. Aliás Lula ao saber da fatídica gravação que gerou a prisão de Delcídio não deixou por menos e disparou: "imbecil".

DELCÍDIO AMARAL:
'A' TESTEMUNHA


Para entender a magnitude da prisão, na semana passada, de Delcídio do Amaral, senador petista e líder do governo, é preciso até um pouco de imaginação. Pois imaginemos que nenhum empresário preso na Operação Lava-Jato tivesse até hoje quebrado o silêncio nas delações premiadas - ou que nenhum político estivesse na lista que a Procuradoria-Geral da República mandou para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Mesmo no cenário irreal acima, a prisão de Delcídio e a possibilidade de ele recorrer à delação premiada - uma vez que foi abandonado pelo PT, ignorado por Dilma e ofendido por Lula - terão consequências devastadoras para a estabilidade do já cambaleante regime lulopetista.

Delcídio do Amaral testemunhou os momentos mais dramáticos dos escândalos do governo do ex-­presidente. Viveu e participou desses mesmos momentos no governo Dilma. Delcídio não é uma testemunha. Ele é "a" testemunha - e a melhor oportunidade oferecida à Justiça até agora de elucidar cada ação da entidade criminosa que, nas palavras do ministro Celso de Mello, decano do STF, "se instalou no coração da administração pública".

Terminada uma reunião no gabinete de Dilma Rousseff, em junho passado, Delcídio chamou-a de lado e disse a seguinte frase: "Presidente, a prisão (de Marcelo Odebrecht) também é um problema seu, porque a Odebrecht pagou no exterior pelos serviços prestados por João Santana à sua campanha". Delcídio contrariou o diagnóstico de Aloizio Mercadante, que ainda chefiava a Casa Civil, segundo quem a prisão de Marcelo Odebrecht "era problema do Lula".

Ao deixar o Palácio do Planalto, Delcídio definiu Dilma a um colega de partido como "autista", espantado que ficou com o aparente desconhecimento da presidente sobre o umbilical envolvimento financeiro do PT com as empreiteiras implicadas na Lava-Jato. Na reunião, Dilma dissera aos presentes que as repercussões da operação nada mais eram do que uma campanha para "criminalizar" as empreiteiras e inviabilizar seu pacote de investimento e concessões na área de infraestrutura. "A Dilma não sabe o que é passar o chapéu porque passaram o chapéu por ela", concluiu Delcídio.

Passar o chapéu é bater na porta das empreiteiras e pedir dinheiro para campanhas políticas. Quando feitas dentro da lei, as doações não deixam manchas no chapéu. Mas, quando fruto de propinas como as obtidas nos bilionários negócios com a Petrobras, a encrenca, mesmo que seja ignorada por sua beneficiária, não vai embora facilmente.

Menos de um mês após a reunião no Planalto, a Polícia Federal divulgou as explosivas anotações com que Marcelo Odebrecht incentivava seus advogados a encontrar uma maneira de fazer chegar a Dilma a informação de que as investigações sobre as contas da empreiteira na Suíça bateriam nela.

Poucos políticos tiveram mais acesso do que Delcídio aos bastidores do mensalão e do petrolão. Poucos políticos conhecem tão bem como ele as entranhas da Petrobras, onde trabalhou e fez amigos. Poucos políticos têm tanto trânsito como ele nos gabinetes mais poderosos da política e da iniciativa privada.

Até ser preso, Delcídio atuava como bombeiro, tentando reduzir os focos de tensão existentes para Lula, Dilma e o PT.

Na condição de encarcerado, é uma testemunha decisiva.

A possibilidade de ele colaborar com os investigadores está sob avaliação de sua família.


novembro 28, 2015

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