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domingo, 9 de novembro de 2014

Ao contrário dos manifestantes de 2011, os indignados que voltarão às ruas em 15 de novembro sabem quem são e o que querem




Por Augusto Nunes




Em novembro de 2011, ilustrado por um mapa do Brasil com informações sobre o horário, o local e o acesso aos organizadores das passeatas programadas para 40 cidades, um post assinado pela jornalista Fernanda Costa chamou a atenção dos leitores para os atos de protesto que ocorreriam no feriado de 15 de novembro de 2011. Passados três anos, o texto e o mapa voltaram a circular na internet, mas associados às manifestações de rua convocadas para o próximo dia 15. Nada a ver.

Ao abismo no calendário se somam as diferenças entre os dois movimentos. Os envolvidos nos protestos de 2011 nunca souberam direito quem eram e o que queriam. Como voltaria a acontecer em junho de 2013, os manifestantes sucumbiram à crise de identidade, à inexistência de objetivos claramente definidos, à falta de palavras-de-ordem que evitassem a dispersão. Dessas carências não padecem os indignados de 2014 que mostraram sua cara na Avenida Paulista no primeiro dia deste novembro. Esses sabem perfeitamente quem são e o que querem, como se verá em outro post.

Antecipo o esclarecimento para desfazer equívocos e, sobretudo, para colocar a coluna à disposição dos organizadores ou participantes das manifestações marcadas para 15 de novembro. Sejam bem-vindos às ruas os incontáveis inconformados, saúdam os integrantes da resistência democrática. O Brasil decente enfim se dispôs a travar a luta sem tréguas contra a seita lulopetista — no terreno e com as armas que os adversários escolherem. A desfaçatez dos incapazes capazes de tudo foi longe demais.

Os corruptos a serviço do governo estão por toda parte, e financiam com roubos bilionários a conspiração contra o Estado Democrático de Direito. Os farsantes no poder acham que os fins justificam os meios e se julgam condenados à perpétua impunidade. O sossego dos cínicos acabou. Mais de 51 milhões de eleitores advertiram em 26 de outubro que todos são iguais perante a lei. Lula e Dilma não são mais iguais que os outros, avisaram os participantes do ato de protesto na Avenida Paulista.

Em coro, multidões continuarão a exigir o esclarecimento da roubalheira na Petrobras (e de todos os escândalos), cobrar a punição dos envolvidos e repetir que Dilma e Lula sabiam de tudo. A oposição está na ofensiva. E o PT não mete medo em mais ninguém.
09/11/2014


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