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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Pela primeira vez, mercado projeta crescimento abaixo de 1% para este ano



Por Reinaldo Azevedo

Escrevi hoje de manhã um post afirmando que a presidente Dilma também vai encerrar o mandato com o seu 7 a 1: 7% de inflação contra 1% de crescimento!

E até brinquei que alguém poderia me acusar de superestimar a inflação, que está em 6,44%. Mas observei então que eu também superestimava o crescimento…

Pois é…

Pela oitava semana consecutiva, acreditem, os analistas de mercado, que fazem o chamado boletim Focus, com perspectivas sobre a economia, reviram para baixo a previsão de crescimento e, pela primeira vez, ela ficou abaixo de 1%: agora é de 0,97%.

Isso é menos do que um gol inteiro, presidente Dilma Rousseff!

No futebol, seria o mesmo que zero, já que não existe 0,97 gol.

Essa revisão para o Produto Interno Bruto acompanha a redução nas projeções para a produção industrial. Agora, espera-se uma queda de 1,15% nesse setor. Na semana passada, previa-se uma retração menor: de 0,9%.

Os números ruins de agora já projetam um péssimo PIB também para 2015, com crescimento de apenas 1,5%.

Na semana passada, a CNI, a Confederação Nacional da Indústria, informou que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), que é um indicador antecedente utilizado para identificar mudança de tendência na produção da indústria, chegou, em maio, ao menor nível em 15 anos: 48,4.

Quando cai abaixo de 50, isso quer dizer um empresariado pouco confiante e que, portanto, vai investir pouco — ou não vai investir.

Digamos que o crescimento neste ano fique em 0,9%. Com 2,7% em 2011; 0,9% em 2012 e 2,3% em 2013, os quatro anos de gestão Dilma terão produzido uma dos menores crescimentos médios da história: 1,7%. Só para comparar: o crescimento médio da primeira gestão FHC foi de 2,53%, e o da segunda, de 2,2%. O da primeira gestão Lula chegou a 2,88%; o da segunda, a 4,65%. É bem verdade que, nesse caso, o antecessor de Dilma preparava as armadilhas que trouxeram as dificuldades que aí estão. Não vou entrar nisso agora. Mas é bom notar: quando o PSDB perdeu a eleição, em 2002, o Brasil crescia a 2,7% — ou seja, o triplo do crescimento atual.

Todo o arcabouço publicitário que estava armado indica que o Planalto se preparava para usar a Copa do Mundo para criar uma razia, uma aniquilação, da oposição.

Em vez disse, assistimos àquele patético 7 a 1 contra a Alemanha.

Estou entre aqueles que acham que a população tira as chuteiras na hora de decidir o seu destino.

Convém não desprezar o povo assim.

21/07/2014

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