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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Pronto! Aécio ficou com as batatas. Agora PSDB precisa ser notícia com um novo assunto



 
Por Reinaldo Azevedo

Circula nas redes sociais uma pequena nota, redigida pelo ex-governador de São Paulo, José Serra, em que ele deixa claro que não pretende disputar a vaga de candidato do PSDB à Presidência da República. Pronto! Acabou! Agora, esse é um não-assunto. Eis a íntegra do texto:

Para esclarecer a amigos que têm me perguntado :
Como a maioria dos dirigentes do partido acha conveniente formalizar o quanto antes o nome de Aécio Neves para concorrer à Presidência da República, devem fazê-lo sem demora. Agradeço a todos aqueles que têm manifestado o desejo, pessoalmente ou por intermédio de pesquisas, de que eu concorra novamente.

Retomo
Se a possibilidade de que Serra viesse a pleitear a vaga — abrindo, então, uma eventual disputa com o senador Aécio Neves (MG) — era o que impedia que o mineiro fosse considerado, desde já, o candidato do partido, convenham: não há mais impedimento.

A nota significa uma mudança no status do acordo estabelecido não há muito tempo entre Aécio e Serra: ficou combinado que uma decisão seria tomada em março e que ambos ficavam livres para tocar suas respectivas agendas, sem bateção de cabeça. Mas parece que isso não combinava com a aflição no PSDB. O acordo foi feito, mas as pressões do partido sobre o ex-governador de São Paulo continuaram no mesmo tom de antes. Haviam diminuído diante da possibilidade de ele deixar o partido. Depois voltaram ao de sempre.

A mim sempre pareceu — e já escrevi aqui — que Aécio só não seria, e só não será, o candidato do PSDB se não quiser. Vamos ser claros: Serra não era, não é e não será impedimento para que o mineiro se firmasse ou se firme como candidato. A história de que a não-retirada de seu nome da disputa enfraquecia o mineiro é uma fantasia tola. Mas de fantasias também se faz a política. Bem, tire-se agora essa história da frente.

Espero que…

Espero que as oposições — e o próprio PSDB — não venham ainda a lamentar o desfecho. ALGUNS TUCANOS COM PAIXÕES SANGUINOLENTAS LEIAM DIREITO O QUE VEM AGORA. De que lamento estou a falar? Não! Não me refiro à hipótese já vencida, que sempre me pareceu remotíssima, de ser ele o nome tucano. Fico cá a indagar se, para a realização de um segundo turno, o prudente não teria sido que ele também fosse candidato, ainda que por um pequeno partido, como o PPS, numa ação concertada com o próprio PSDB.

Não me parece que seja fácil Dilma vencer no primeiro turno. O PT jamais conseguiu realizar essa façanha: nem em 2002, contra um governo então com baixa popularidade, como o era o de FHC, nem em 2006 e 2010, com a gestão Lula lá nas alturas. Mas impossível não é, num ano tão cheio de eventos, como será 2014. Antes de junho, qualquer especulação sobre as relações entre política e Copa do Mundo pareceria forçada, meio tola até. Depois de junho, ninguém sabe. Os estádios vistosos reacenderão a palavra-de-ordem “hospitais e escolas padrão Fifa” ou farão o brasileiro estufar o peito de orgulho?

Mas volto ao ponto: o pior cenário para Dilma já não existe mais, e era aquele em que ela teria de enfrentar Aécio, Marina Silva, Eduardo Campos e, na hipótese de que trato, José Serra. Os adversários se reduziram a dois, um deles agora definido sem nem mais aquela aresta de dúvida — será Aécio —, e o outro ainda nem tão definido assim. Não acho que esteja absolutamente certo que Campos será o nome do PSB se Marina chegar a março ou abril com o dobro das intenções de voto e se o seu nome significar a diferença entre a vitória de Dilma no primeiro turno e realização de um eventual segundo turno. Mas isso fica para depois.

Pronto! O PSDB agora que trate de buscar ser notícia sem contar com a facilidade da guerrinha Aécio X Serra. Aécio ficou com as batatas. Agora é preciso descobrir um novo assunto.

16/12/2013

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