Por Reinaldo Azevedo
Circula nas redes sociais uma pequena nota, redigida pelo ex-governador de São Paulo, José Serra, em que ele deixa claro que não pretende disputar a vaga de candidato do PSDB à Presidência da República. Pronto! Acabou! Agora, esse é um não-assunto. Eis a íntegra do texto:
Para esclarecer a amigos que têm me perguntado :
Como a maioria dos dirigentes do partido acha conveniente formalizar o quanto antes o nome de Aécio Neves para concorrer à Presidência da República, devem fazê-lo sem demora. Agradeço a todos aqueles que têm manifestado o desejo, pessoalmente ou por intermédio de pesquisas, de que eu concorra novamente.
Retomo
Se a possibilidade de que Serra viesse a pleitear a vaga — abrindo, então, uma eventual disputa com o senador Aécio Neves (MG) — era o que impedia que o mineiro fosse considerado, desde já, o candidato do partido, convenham: não há mais impedimento.
A nota significa uma mudança no status do acordo estabelecido não há muito tempo entre Aécio e Serra: ficou combinado que uma decisão seria tomada em março e que ambos ficavam livres para tocar suas respectivas agendas, sem bateção de cabeça. Mas parece que isso não combinava com a aflição no PSDB. O acordo foi feito, mas as pressões do partido sobre o ex-governador de São Paulo continuaram no mesmo tom de antes. Haviam diminuído diante da possibilidade de ele deixar o partido. Depois voltaram ao de sempre.
A mim sempre pareceu — e já escrevi aqui — que Aécio só não seria, e só não será, o candidato do PSDB se não quiser. Vamos ser claros: Serra não era, não é e não será impedimento para que o mineiro se firmasse ou se firme como candidato. A história de que a não-retirada de seu nome da disputa enfraquecia o mineiro é uma fantasia tola. Mas de fantasias também se faz a política. Bem, tire-se agora essa história da frente.
Espero que…
Espero que as oposições — e o próprio PSDB — não venham ainda a lamentar o desfecho. ALGUNS TUCANOS COM PAIXÕES SANGUINOLENTAS LEIAM DIREITO O QUE VEM AGORA. De que lamento estou a falar? Não! Não me refiro à hipótese já vencida, que sempre me pareceu remotíssima, de ser ele o nome tucano. Fico cá a indagar se, para a realização de um segundo turno, o prudente não teria sido que ele também fosse candidato, ainda que por um pequeno partido, como o PPS, numa ação concertada com o próprio PSDB.
Não me parece que seja fácil Dilma vencer no primeiro turno. O PT jamais conseguiu realizar essa façanha: nem em 2002, contra um governo então com baixa popularidade, como o era o de FHC, nem em 2006 e 2010, com a gestão Lula lá nas alturas. Mas impossível não é, num ano tão cheio de eventos, como será 2014. Antes de junho, qualquer especulação sobre as relações entre política e Copa do Mundo pareceria forçada, meio tola até. Depois de junho, ninguém sabe. Os estádios vistosos reacenderão a palavra-de-ordem “hospitais e escolas padrão Fifa” ou farão o brasileiro estufar o peito de orgulho?
Mas volto ao ponto: o pior cenário para Dilma já não existe mais, e era aquele em que ela teria de enfrentar Aécio, Marina Silva, Eduardo Campos e, na hipótese de que trato, José Serra. Os adversários se reduziram a dois, um deles agora definido sem nem mais aquela aresta de dúvida — será Aécio —, e o outro ainda nem tão definido assim. Não acho que esteja absolutamente certo que Campos será o nome do PSB se Marina chegar a março ou abril com o dobro das intenções de voto e se o seu nome significar a diferença entre a vitória de Dilma no primeiro turno e realização de um eventual segundo turno. Mas isso fica para depois.
Pronto! O PSDB agora que trate de buscar ser notícia sem contar com a facilidade da guerrinha Aécio X Serra. Aécio ficou com as batatas. Agora é preciso descobrir um novo assunto.16/12/2013
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
Pronto! Aécio ficou com as batatas. Agora PSDB precisa ser notícia com um novo assunto
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