O Brasil ficou mal na foto
O Estado de S.Paulo
O governo brasileiro exibe um estranho troféu quando compara o pífio desempenho econômico do País em 2011 com o do resto do mundo e ainda tenta contar vantagem
No ano passado, o crescimento da economia brasileira foi menor que o do Grupo dos 20 (G-20), sua inflação foi maior e seu investimento continuou muito abaixo do necessário para uma expansão segura e continuada. No entanto, a presidente Dilma Rousseff aproveitou uma viagem à Alemanha para reclamar da política do Banco Central Europeu e recomendar mais investimentos públicos - como se o seu governo estivesse aplicando montanhas de recursos em estradas, portos, centrais elétricas e outras obras.
As bravatas da presidente e de seus principais ministros ficam ainda mais ostensivas - e indefensáveis - quando se examinam os dados sobre o desempenho do G-20 divulgados nesta semana pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
No ano passado, as economias do G-20, as maiores do mundo, cresceram em média 2,8%, pouco mais que a brasileira (2,7%). Aquela média foi obviamente elevada pelo excelente desempenho da China (9,2%) e da Índia (7,3%), mas isso explica só em parte o resultado geral melhor que o do Brasil.
Pelo menos uma economia da zona do euro cresceu mais que a brasileira. Foi a alemã, com expansão de 3%. Também exibiram crescimento maior que o do Brasil a Indonésia (6,5%), a Coreia (3,6%), o México (3,9%), a Arábia Saudita (6,8%) e a África do Sul (3,1%).
O resultado final da Turquia, também membro do grupo, ainda não foi publicado, mas no terceiro trimestre seu Produto Interno Bruto (PIB) foi 8,5% maior que o de igual período do ano anterior.
A OCDE publicou também outros indicadores de desempenho dos países-membros do G-20.
A inflação média em 2011 chegou a 6,6% no Brasil.
Só três países tiveram desempenho pior nesse quesito: Argentina, com taxa oficial de 9,5% e taxa real provavelmente acima de 20%, Índia (8,9%) e Rússia (8,4%).
Em todos os demais, incluídos alguns com crescimento acelerado, os preços aumentaram menos intensamente - 5,4% na China e na Indonésia, por exemplo.
Na Alemanha, a alta de preços ficou em 2,3%, taxa muito maior que a de 2010, mas sem risco de descontrole.
O levantamento da OCDE inclui também a expansão dos investimentos produtivos, isto é, da formação bruta de capital fixo. Isso engloba os valores aplicados em máquinas, equipamentos, construções de fábricas, de moradias e de outros edifícios e, naturalmente, em obras de infraestrutura.
O desempenho do Brasil foi ruim também sob esse aspecto. No ano passado, o total investido pelo setor público e pelo setor privado brasileiros foi 4,7% maior que em 2010.
O governo apresentou esse resultado como altamente positivo, embora o investimento ainda tenha correspondido a 19,3% do PIB, proporção muito inferior à observada em outras economias.
O contraste é indisfarçável.
No ano passado, o investimento aumentou 7,2% na Austrália, 6,9% no Canadá, 6,4% na Alemanha (a presidente Dilma Rousseff não devia saber disso), 8,8% na Indonésia e 5,7% na Holanda, mas esses números mostram apenas uma parte do quadro.
Se a comparação envolvesse também as taxas de investimento, isto é, a porcentagem do PIB correspondente à formação de capital fixo, a desvantagem brasileira seria bem mais ostensiva.
O baixo nível de investimento limita fortemente as possibilidades brasileiras de expansão econômica.
O investimento do setor público depende principalmente da Petrobrás. O desempenho das outras estatais é, no melhor dos casos, medíocre.
Os programas e projetos inscritos no Orçamento-Geral da União e financiados diretamente pelo Tesouro são executados muito lentamente.
Apesar disso, a tributação brasileira é muito mais pesada que a dos outros emergentes e de boa parte dos países desenvolvidos. Essa é uma das limitações ao investimento privado.
Mas é muito mais simples, para as autoridades federais, protestar contra a expansão monetária na Europa e nos Estados Unidos e atribuir aos outros os males do Brasil.
Governar seriamente dá um trabalho terrível.
16 de março de 2012
3 comentários:
UMA SUBSERVIÊNCIA CAVALAR
Uma das extravagantes conseqüências do Manifesto Interclubes Militares, do “Alerta à Nação” e seus signatários tem sido a reação da caserna.
Na medida em que “ladraram os velhos cães de pijama” e não foram punidos, conforme a ordem dos ofendidos, os comandos militares não cumprindo a decisão da suprema governança, por impossibilidade legal, se empenham em demonstrar um servilismo, que soa como uma ÇAdesculpa para os seus superiores por sua “falta de competência”.
É uma modesta compensação para remediar a falta de amparo para sancionar os infratores, pois se assim não fosse, teriam aplicado o Regulamento Disciplinar.
Por certo, prometeram acalmar os militares de pijama. Como sabemos um preso é um cidadão, um drogado é um cidadão, um corrupto é um cidadão, um patife é um cidadão, mas um militar de pijama (?) não é um cidadão.
Sua impotência diante dos fatos parece tê - los colocado em má situação perante as autoridades, e eles se empenham em minimizar a mossa, clamando por paciência e para a contemporização, para uma atitude passiva que deve ser banida do dicionário de qualquer individuo, que tenha um mínimo de vergonha na cara (artigo escasso no mercado).
Não sabemos que tipo de individuo pode apelar para o bom - senso, para a boa - vontade, ou para qualquer tipo de trégua, quando recentemente, haviam determinado a punição de cidadãos acima de qualquer suspeita por exercerem o seu direito de opinião.
Mesmo antes da Lei da Anistia, que permitiu o retorno de uma canalha (muitos conhecidos criminosos) para o País, corria à solta a avalanche de propaganda e ações psicológicas que objetivaram desmoralizar as Forças Armadas e denegrir e, se possível, condenar os que haviam lutado contra a subversão.
Bom, depois eles assumiram o poder, e a partir de então, com o aval, e até a mão do governo, a perseguição sem quartel adquiriu tal dimensão que ficou caracterizada como um ignóbil REVANCHISMO.
O REVANCHISMO tem sido implacável e uma serie sem conta de eventos e de maléficas e estudadas atitudes corroboram que ele foi, é, e prosseguirá.
É preciso sofrer de amnésia profunda para esquecer tantas repugnantes ações. A Comissão da Verdade é um de seus últimos atos, mas, certamente, não será o último.
Portanto, é de estarrecer que entre pessoas esclarecidas, convivam ingênuos que possam vir a sussurrar em nossos ouvidos para que acalmemos os ânimos, para que nos calemos, e apenas por amor, a não sabemos bem “a que, ou a quem”, enfiemos a viola no saco.
Hoje, não se trata tão somente de denunciar, de bradar em defesa da honra militar, mas de alertar que muito pior do que desmoralizar e enfraquecer as Forças Armadas, de crucificar antigos agentes da repressão, está em andamento uma tirania programada, que submeterá a todos, e que se propõe a destruir esta terra como nação soberana e democrática.
E um dos passos é a subserviência militar, que vai bem obrigado, o que estraga é esta cachorrada de vira - latas de pijama.
Brasília, DF, 17 de março de 2012
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira
16/03/12
Que Democracia??
O estado democrático é uma falácia, um engodo, uma farsa, uma fraude. É a ditadura do poder econômico, o domínio das estruturas sociais pelo mercado financeiro e pelas grandes empresas. A administração pública, a começar pelos três poderes, executivo, legislativo e judiciário, está dominada pela influência de uma minoria ínfima da população, desviando as prioridades do estado para os seus interesses econômicos, negligenciando as funções principais de servir à coletividade como um todo.
Mantém-se o povo ignorante, desinformado, desmoralizado e amedrontado. Ignorante, negando-lhe uma educação que mereça esse nome; desinformado, controlando a mídia e as comunicações, deturpando informações, omitindo, distorcendo, de acordo com o interesse dos poucos que dominam; desmoralizado, criminalizando qualquer movimento que agregue, esclareça, conscientize e defenda a maioria, dividindo e isolando os indivíduos com a ideologia da competição e do consumo compulsivo através de uma publicidade massacrante, repetitiva, insidiosa, desonesta; amedrontado, entre a exclusão social e o aparato da “segurança pública”. Periodicamente, alimenta-se a farsa, simulando-se eleições “democráticas”, obrigando à votação em massa, após campanhas publicitárias milionárias, mentirosas, onde o único compromisso que se pensa em honrar é com os financiadores dessas campanhas, esquecendo-se os eleitores. São estatísticas.
O povo, sabotado em instrução, em informação, em consciência, em dignidade, não consegue discernir para escolher, não percebe o jogo de interesses ao qual é submetido. Muitos entram no jogo, negociam vantagens, migalhas... e sustentam o controle do jogo. Outros, não querem “nem saber de política”, querem é consumir, desfrutar, possuir, ostentar, ainda que seja sua própria miséria, sua própria pobreza mal disfarçada, sua média classe, sua mediocridade. São os prisioneiros da publicidade, dependem de estímulos externos para sentirem alguma razão no existir. São a grande maioria das pessoas. Há outros e muitos tipos, mas poucos interessados no que fazem nossos empregados – os políticos, executivos e funcionários públicos em cargos de chefia - e como controlá-los e mantê-los a serviço da coletividade como um todo, priorizando as situações de fragilidade e não os interesses dos mais ricos entre os mais ricos. Que não me venham falar em democracia. A ditadura se impõe, insidiosa ou descarada, sobre a ignorância onde é mantida a maioria. O resto é jogo de cena.
Eduardo Marinho
http://observareabsorver.blogspot.com
CARTA ENVIADA À PROMOTORIA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACUSA ROBERTO KALIL, CONHECIDO POR ATENDER CELEBRIDADES E POLÍTICOS, POR FORMAÇÃO DE QUADRILHA E TRÁFICO DE INFLUÊNCIA
18 de Março de 2012
Aqui:
http://cncardio.com.br/denuncias-graves/
Carta denúncia assinada pelo Dr. Leonardo Vieira Rosa
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