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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Planos seguem emperrados sob Dilma



Demissões de ministros, somadas ao estilo centralizador da presidente, atrapalham continuidade de projetos; eleições pioram cenário




JOÃO DOMINGOS / BRASÍLIA
O Estado de S.Paulo

As oito demissões involuntárias de ministros - sete por suspeitas de irregularidades e malversação do dinheiro público e um por rebeldia - ao longo do primeiro ano de mandato da presidente Dilma Rousseff têm causado problemas de continuidade nos projetos tocados pelas pastas. O cenário, somado ao perfil centralizador de Dilma, que fiscaliza diretamente todos os projetos de auxiliares, engessa obras e planos e irrita ministros que refutam a pecha de lentos e improdutivos.

O próprio ministro Aloizio Mercadante (PT), ao deixar a pasta da Ciência e Tecnologia e ser transferido para a Educação, brincou dizendo que a presidente é uma "espancadora de projetos", pois preocupa-se excessivamente com os mínimos detalhes e ordena reiteradas vezes que propostas sejam refeitas.

Projeto mais do que prometido pelo governo é o que visa regulamentar a compra de terra por estrangeiros. Por enquanto, segundo informações do Palácio do Planalto, está em exame, sob a coordenação da Advocacia-Geral da União (AGU). Dilma quer ler o texto final antes de enviá-lo ao Congresso.

O Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), projeto considerado prioritário pela presidente, é outro que não andou ainda. Quanto à proposta que regulamenta a radiodifusão - pelo qual setores do governo anseiam que contenha um controle social da mídia, o que é rejeitado pela presidente - é outro que está parado. Foi feito no final do governo de Lula pelo então ministro Franklin Martins (Comunicação Social), mas segue na gaveta.

Enrolada mesmo é a compra de novos caças para a Aeronáutica.

O plano existe desde 2002, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso. Na Era Lula (2003-2010) foi tão falado que criou uma onda de agitação no mercado mundial de aeronaves de combate e mobilizou um forte lobby por parte das indústrias de aviões dos Estados Unidos, Suécia e França.

Lula chegou a dizer que preferia os Rafale franceses. Mas Dilma Rousseff sentou-se em cima da proposta.


Minas e Energia. Ministérios como o de Minas e Energia não tiveram problemas com troca de titulares, mas nem por isso conseguiram concluir suas propostas.

Uma delas é o Código de Mineração, que o ministro Edison Lobão (PMDB) pretendia apresentar em junho. Dilma mandou refazê-lo várias vezes.

De acordo com informações do Palácio do Planalto, por se tratar de um tema que a presidente domina (ela foi ministra do setor sob Lula), exige sempre novos estudos.

Leia mais.

23 de fevereiro de 2012

2 comentários:

Laguardia disse...

Off Topic 1 Continua

Prezados amigos

Quero abrir aqui um debate que, reconheço, não afeta a todos, mas que demonstra claramente o descaso de nossos governantes para com a população. Me perdoem pelo longo email

Permitam-me primeiro contar uma velha piada que certamente é de conhecimento de todos:

O João saia todos os dias de casa de manhã para ir ao trabalho e só retornava bem a tardinha já bem cansado da labuta diária. Um dia o amigo Miguel, o chamou e disse:

- João não sei como te dizer isto, mas como seu amigo não posso deixar de te contar. Há muito que sua mulher vem o traindo com o Ricardão. Ela o trai no sofá da sala. Todos os dias, por volta das nove horas o José chega e só sai depois do almoço. Um dia, de tão curioso, me esgueirei até a janela da sala e dei uma olhada e vi os dois no sofá da sala, uma vergonha.

- Mas como? Pergunta o João, nunca notei nada.

João então resolveu investigar por si só. Saiu como de costume e se escondeu perto da casa. As nove horas não deu outra, chegou o Ricardão, bem vestido, perfumado e com flores. Foi recebido pela mulher de João com beijos e abraços. João foi de mansinho até a janela e viu o que não gostaria de ter visto. Amolado foi para o trabalho.

Dois dias depois João se encontra com o amigo Miguel e lhe diz: Miguel, você tinha razão, minha esposa estava me traindo com o Ricardão. Vi tudo. Miguel então perguntou: Que providências você tomou João.

Tirei o sofá da sala – foi a resposta pronta de João.

O que pretendo com esta piadinha meio sem graça é mostrar que muitas vezes as atitudes tomadas por nossas autoridades são como o tirar o sofá da sala ou simplesmente leis só para inglês ver que não trazem nenhum benefício ao povo.

Um exemplo disto é a lei da sacola plástica adotada em Belo Horizonte e em São Paulo (aí por acordo entre os supermercados, uma vez que a justiça considerou a lei ilegal).

Este Acordo tem se mostrado demagógico e ineficaz, beneficiando mais os comerciantes, trazendo mais ônus para a população pelos seguintes motivos.
A grande maioria de nós consumidores utilizávamos as sacolinhas fornecidas pelos supermercados para o descarte do lixo doméstico, da cozinha, do banheiro etc.
Muitas destas sacolinhas é verdade iam parar nos bueiros causando entupimentos e cheias na época das chuvas. Mas isto não por culpa da população que as lançava propositadamente nos bueiros, mas por falha da administração pública que até hoje não faz uma coleta eficaz do lixo urbano nem tem um sistema de tratamento de lixo, sendo que o mesmo é colocado em aterros sanitários.
Com o fim da distribuição gratuita de sacolinhas plásticas nos supermercados, o consumidor agora tem que adquirir sacos plásticos de lixo para descartar o lixo doméstico, portanto o problema continua o mesmo. Lixo descartado em embalagens que não são bio degradáveis.
Com a medida, os supermercados deixaram de ter o custo das sacolinhas, custo este já embutido no preço dos produtos que compramos, e passou a lucrar mais com o aumento na venda dos sacos de lixo plásticos. Aumentou-se portanto o lucro dos supermercados e sobrecarregou o consumidor com mais um custo que não existia antes.
A cobrança de R$0,19 por sacola é um acordo entre supermercados o que caracteriza formação ilegal de cartel.
Os supermercados continuam utilizando embalagens plásticas para acondicionar verduras e frutas, acondicionar produtos como arroz, feijão, farinhas etc. Os refrigerantes são vendidos em garrafas PET, encontradas em grande quantidade em nossos bueiros esgotos e rios, os produtos de limpeza são acondicionados em embalagens plásticas, bem como os produtos de uso pessoal, como sabonetes líquidos etc.
Os supermercados ainda utilizam de embalagens de isopor para acondicionar queijos fatiados, embutidos etc.

--

Laguardia disse...

Off Topic 2 - Continuação

Outros produtos mais poluentes como fraldas descartáveis continuam sendo comercializados normalmente.
A população mais pobre, de menor poder aquisitivo, ficou mais prejudicada financeiramente. Vai ter que, além de adquirir as sacolas retornáveis, adquirir sacos de lixo plásticos, que reforço, não são biodegradáveis, ou o que é pior, descartar seu lixo a céu aberto sem o devido condicionamento, o que piora e muito a situação anterior.
Como se pode ver, o meio ambiente em nada ganhou com a proibição na verdade só o comerciante teve a ganhar com a medida. O consumidor ficou mais onerado com despesas adicionais para o descarte de lixo doméstico, as autoridades não movem uma palha sequer para melhorar o tratamento do lixo urbano e o meio ambiente continua a ser prejudicado.

O acordo não resolve o problema dos aterros sanitários e o problema do tratamento do lixo urbano. A medida é puramente paliativa e demagógica, sobrecarregando ainda mais a população. O problema ambiental do lixo urbano não será resolvido com a omissão das autoridades e a aprovação de leis para inglês ver como esta.

A população que já arca com uma carga tributária de 35% (sendo que as classes de renda mais baixa ainda com uma carga maior que chega quase a 50%) ainda teve seus gastos aumentados com esta medida. Estamos abandonados a nossa própria sorte.

Tendo em vista o lucro que os supermercados estão tendo com esta medida as custas do povo, tenho certeza de que os vereadores e partidos (em Belo Horizonte a medida partiu do PT) estão tendo algum benefício financeiro imoral.

O pior é que quando acabam os aterros sanitários estas autoridades permitem a construção de casas em cima do aterro, como aconteceu no morro do Bumba em Niterói e de um Shopping em São Paulo.

Assim como esta, muita outras medidas são tomadas pelo governo com o propósito de afastar de si a responsabilidade de resolver os grandes problemas que enfrentamos no nosso dia a dia. A eliminação das sacolas plásticas é como tirar o sofá da sala. Não resolve nada.

Quem se lembra da reação do governo Lula na época do escândalo dos bingos? Lula proibiu o Bingo para acabar com a corrupção. Mais uma vez tirou o sofá da sala e não resolveu o problema. Não que eu seja favorável a jogos de azar, que por princípios sou contra, mas estas medidas demagógicas tem que ser eliminadas e nós temos que encarar de frente os problemas. A corrupção continua cada vez mais impune e cada vez mais institucionalizada.

Enquanto o governo de Belo Horizonte e de São Paulo se preocupam com sacolinhas de supermercado, nossa população continua sem saneamento básico adequado, sem receber atendimento a saúde condizentes, a educação pública piora de qualidade a olhos vistos, nossas estradas causando cada dia mais mortes, o transporte público uma lástima, a carga tributária só aumenta, os juros nem se fala, e o contribuinte cada vez mais onerado.

Acho que a única solução vai ser apelar para a desobediência civil, sem violência, mas eficaz.

Gostaria de ver a opinião dos amigos sobre este assunto



Laguardia