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sábado, 7 de janeiro de 2012

Minas Gerais pouco aproveitou verba de R$ 50 mi contra cheias


Das 80 cidades a serem beneficiadas no estado,
só 15 tiveram obras concluídas




BH - A maior parte dos R$ 50 milhões entregues pelo governo federal ao governo de Minas há quase um ano para obras de reconstrução de estradas, pontes e outros bens de 80 cidades que sofreram danos nas chuvas de janeiro de 2011 não representou melhorias efetivas na vida de moradores. Segundo o próprio governo estadual, apenas em 15 cidades as obras teriam sido concluídas.


Dez autorizações para início dos trabalhos foram dadas apenas na última quinta-feira, 336 dias depois de o dinheiro ter sido depositado na conta do governo mineiro. Uma das cidades nem começou as obras e nas 54 restantes elas ainda estariam em andamento. E os cálculos do governo de Antonio Anastasia ainda podem estar superestimados. Ouvidos pelo Globo, gestores de pelo menos quatro cidades que, em tese, teriam concluído as obras, informaram que elas ainda não terminaram.

Nesta sexta-feira, as chuvas elevaram os prejuízos e o número de mortes no estado, que passou de oito para 12, de acordo com a Defesa Civil. Se as regiões Central e Zona da Mata eram as mais afetadas, agora o leste do estado também vive situação crítica. Diversas partes de Governador Valadares foram inundadas com o aumento do nível do Rio Doce e um deslizamento de terra soterrou a casa onde estava um casal, que morreu. Em União de Minas e em Guaraciaba, duas vítimas de afogamento foram encontradas. O número de cidades afetadas pelas chuvas chegou a 155, das quais 99 decretaram situação de emergência.

O número é próximo do registrado no ano passado, quando 110 cidades do estado declararam situação de emergência. No início de fevereiro daquele ano, o governo federal enviou R$ 50 milhões para a reconstrução de 80 cidades pelo governo estadual, que ainda teria reservado mais R$ 20 milhões para a serem aplicados nas 31 restantes.

Responsável pela aplicação dos recursos do governo federal no estado, o secretário de Transportes e Obras Públicas, Carlos Melles, culpa a burocracia pelo atraso.

- Depois das chuvas, o segundo desastre é o desastre burocrático. Se nós não arrumarmos uma forma muito diligente e expressa de fazer chegar os recursos aos municípios, vamos ficar nesta angústia de ter o dinheiro, querer fazer e não poder fazer - diz o secretário, que culpa os municípios por problemas administrativos na hora de enviar documentospara execução dos projetos de recuperação.

O secretário afirma que, no ano passado, prefeitos chegaram a ser convocados para tentar elaborar em conjunto com o governo os pedidos de ajuda, mas o esforço não teria sido suficiente.

Ministro critica a burocracia

Ao ser informado sobre a baixa execução dos recursos federais no estado, o ministro da Integração, Fernando Bezerra, que esteve nesta sexta-feira em Minas, também culpou a burocracia.

- A população quer pressa, quer urgência, mas os estados, municípios e a própria União são obrigados a cumprir determinados ritos da legislação que terminam travando a obra - argumentou.

1 comentários:

Anônimo disse...

Os mineiros votaram maciçamente na anta.Agora phodam-se de verde e amarelo. São os meus mais sinceros votos.