PERNAMBUCO - ELEIÇÕES
O site Contas Abertas detectou que Pernambuco, sozinho, foi contemplado, no último ano, com 90% das verbas do programa “prevenção e preparação a desastres”, graças ao atual ministro da Integração Nacional, o pernambucano, Fernando Bezerra.
Indicado, protegido e apadrinhado do Governador Eduardo Campos. Bezerra é o coringa de Eduardo Campos para candidato da Prefeitura do Recife, e até para ser seu sucessor como Governador do Estado.
Os petistas recifenses ficaram histéricos com a notícia.
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Dilma toda simpática com Fernando Bezerra Coelho, antes das notícias serem divulgadas
A notícia do site Contas Abertas sobre o privilégio de Pernambuco das verbas federais para os desastres naturais, concedida pelo atual ministro da Integração Nacional, o pernambucano, Fernando Bezerra (PSB), algo em torno dos 90% de tudo que pago em obras iniciadas no ano passado, teria deixado a presidenta Dilma insatisfeita, segundo o jornal O Estado de São Paulo.
Bezerra Coelho, candidatíssimo a Prefeito do Recife, exagerando nos privilegiadas para Pernambuco
Do seu casulo de férias, na Bahia, a presidenta cassou as férias da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman, mandando-a tomar pé na situação, e promover a distribuição das verbas apenas sob o aspecto de critérios técnicos.
Mesmo sem ter sido convocado, o Ministro Bezerra Coelho, por iniciativa própria cassou suas férias e partiu para Brasília. O estado de São Paulo comenta que escalando a chefe da Casa Civil, Gleisi para fazer a mediação técnica com o ministério neste ano de eleição municipal, a presidenta que nem se deu ao trabalho de procurar sequer Bezerra para questioná-lo sobre suas escolhas de investimento, mostra que vai tentar barrar o uso de recursos federais nas campanhas eleitorais municipais. Conseguirá?
O site Conta Aberta registra que o viés político já havia ocorrido antes no Ministério da Integração Nacionla. O antecessor de Fernando Bezerra, Geddel Vieira Lima, utilizou a mesma lógica para fazer os repasses do Ministério da Integração Nacional. Geddel, no entanto, não só privilegiou seu Estado, a Bahia, como também deu preferência aos correligionários do PMDB. No período, em que o pemedebista ocupou o cargo, 80,8% dos recursos foram destinados a prefeituras baianas comandadas pelo partido.
Por outro lado, o PT pernambucano, em luta fraticida pela prefeitura do Recife, na disputa entre o ex-prefeito João Paulo, e o atual João da Costa, ficou em estado de choque desde que o atual Ministro da Integração Nacional o ex-prefeito de Petrolina em três mandatos, e homem de confiança do Governador Eduardo Campos, transferiu o seu domicilio eleitoral para o Recife.
Humberto Costa histérico, com a movimentação de Bezerra, apadrinhado de Eduardo
Com em política nada acontece por acaso, os petistas estão certos que Bezerra Coelho mudou seu título de eleitor para o Recife, atendendo determinação do Governador Eduardo Campos, para se candidatar a Prefeito do Recife.
Curioso é que os candidatos petistas a prefeito não aparentaram tanta preocupação com o fato, quanto o senador Humberto Costa (PT), candidatíssimo a governador de Pernambuco em 2014.
Humberto percebe que a pretensão do Governador é tornar Bezerra Coelho, forte eleitoralmente no interior pernambucano, notadamente no sertão, também conhecido na capital e região metropolitana. Mesmo não sendo eleito prefeito do Recife, a candidatura de Coelho, apoiada por Eduardo Campos, aumentaria suas chances eleitorais para o Governo do Estado em 2014.
Os números são incontestes, o ministro Fernando Bezerra, indicado pelo Governador Eduardo Campos, para o Ministério, aplicou em seu Estado R$ 25,5 milhões do total de R$ 28,4 milhões pagos em obras autorizadas em 2011 para prevenção de desastres naturais. Deixou apenas R$ 2,9 milhões ao restante do País.
Foto: Arquivo
Eduardo Campos, de cofre cheio, negando os privilégios de Bezerra Coelho, em relação a Pernambuco
O governador Eduardo Campos durante uma entrevista à Rádio Jornal do Commercio, enquanto fazia um balanço da gestão em 2011, disse que:
"Nunca houve nenhuma priorização para Pernambuco por parte do ministro Fernando Bezerra. Em 2010, quando o Ministério da Integração era comandado pelos ministros ligados ao PMDB da Bahia, Pernambuco recebeu R$ 275 milhões da pasta. Isso representa 22,5% do total de repasses feitos pela União ao Estado. Em 2011, recebemos R$ 62.6 milhões. Isso dá 7,8% de tudo o que foi repassado voluntariamente pela União para PE. Ou seja, recebemos menos com Fernando à frente da pasta", sentenciou.
Ainda segundo o governador, do total de recursos liberados pelo ministério em 2011, R$ 25 milhões foram definidos e acordados diretamente com a presidente Dilma, sem a intervenção direta do ministro pernambucano.
"No último mês de março, em uma noite em que a enxurrada atingiu a nossa Mata Sul, destruindo cidades inteiras, a presidente Dilma Rousseff me ligou e perguntou como poderia ajudar e o que precisaríamos fazer para que isso não voltasse a acontecer. Tínhamos os projetos das barragens prontos e esta era a alternativa técnica para resolver o problema. Sabia que a União não teria como arcar com tudo, por isso fiz a proposta de bancarmos a metade e o governo federal a outra metade. Naquele dia ficou acordado que iríamos investir, juntos, R$ 2,5 bilhões na região. Estes R$ 25 milhões liberados em 2011 representam apenas 10% do que foi prometido pela presidente em pessoa", destacou.
O PT pernambucano tem mais que se preocupar. Bezerra Coelho que deve deixar o Ministério até março, para se desincompatibilizar, caso seja realmente candidato a Prefeito do Recife, traz agora no curriculum, que não mediu esforços para mandar recursos para o seu estado. Isso pode censurável na sua atuação de ministro, mas pode cair muito bem junto ao eleitorado.
Fontes: Estadão, Estadão, Acerto de Contas, Estadão , Estadão , Contas Aberta
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