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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O COLAPSO DO PODER PÚBLICO COMO GESTOR ESTATAL DO PAÍS

O COLAPSO DO PODER PÚBLICO
COMO GESTOR ESTATAL DO PAÍS
II
Por Geraldo Almendra

As tragédias trazidas pelas chuvas que atingiram o Rio e SP, principalmente, são uma forte evidência de que entrou em colapso o modelo social, político e econômico do país.
A outra, a principal, é a falência moral do poder público.
A morte de dezenas de pessoas já é estimada a cada temporal esperado ou inesperado. Os locais são identificados, mas o Poder Público não recebe a pressão da sociedade para direcionar seus investimentos prioritariamente para salvar vidas e ter um projeto honesto, não politiqueiro ou assistencialista comprador de votos, para traçar novos parâmetros de ocupação do solo para evitar tantas desgraças, todos os anos.
Foi perdida a mínima racionalidade na ocupação das cidades pela migração de milhares de cidadãos que procuram uma saída para sua sobrevivência.
O que estamos assistindo é a sociedade se comportando com extrema prostração e sem a revolta necessária diante do mais criminoso modelo político de nossa história: todos os anos são contados os desaparecidos e enterrados os mortos, sem que sejam punidos os responsáveis pela destruição de suas vidas, e a politicagem calhorda sempre sai com seus atores fazendo os contribuintes de otários e palhaços.

Não existe mais respeito pelo contribuinte, pelo cidadão comum.
A contrapartida dos seus votos é o esquecimento dos compromissos estabelecidos, aqueles que são firmados com as promessas feitas pela classe política mais sórdida da história do país, sempre que precisam dos votos daqueles que viraram palhaços do Circo do Retirante Pinóquio.
O maior exemplo dessa desgraça se apresentou durante o primeiro período da tomada do poder pelo petismo: aquele que prometeu resgatar a moralidade do poder público, simplesmente permitiu que sua estrutura fosse dominada por corruptos, corruptores e prevaricadores como princípio e filosofia de ação.
Somente uma falência cultural, educacional, e moral, profundas, pode justificar a aprovação pela maioria da sociedade de um desgoverno onde imperou o suborno descarado dos ignorantes, dos omissos, dos covardes e, principalmente, dos esclarecidos canalhas; um desgoverno que sai pelas portas dos fundos da ilegalidade e da imoralidade ao negociar, com o submundo do poder público, a concessão de passaportes diplomáticos para seus filhos e decidir que um criminoso condenado à prisão perpétua em outro país tenha o direito de receber a cidadania no Brasil.
Nossas maiores virtudes dizem respeito à solidariedade demonstrada pelos cidadãos comuns com os atingidos pelas tragédias, e nosso maior defeito é a covardia diante dos que ganham salários e mordomias para ninguém botar defeito, mesmo sem cumprir suas responsabilidades com aqueles que os elegem.
Os canalhas da política prostituída acabam ficando quase sempre ilesos dos danos criminosos que suas vidas imundas continuam provocando no país.
Não estamos vivendo um colapso decorrente de problemas econômicos porque, felizmente, o funcionamento do país se mostra, muitas vezes, exógeno dos efeitos da burrice, da incompetência, do roubo descarado dos contribuintes, ou das canalhices praticadas por governantes e pelas classes políticas sórdidas que lhes dão sustentação.
Estamos vivendo um colapso muito mais grave, aquele que destrói as forças sociais capazes de impor aos governantes as atitudes que garantam o atendimento das demandas sociais mais básicas: segurança, saneamento, saúde pública, infraestrutura para o desenvolvimento, e a prevenção obrigatória e responsável para minimizar os efeitos das tragédias provocadas pela natureza que está sendo desafiada sistematicamente pela ocupação desordenada dos espaços urbanos, pelo desmatamento criminoso, e pela poluição das cidades.
O que mais podemos esperar em termos de reação de uma sociedade que demonstra ter perdido a autoestima, a dignidade e a honra diante de tantas mortes causadas pela omissão criminosa de um poder público que é controlado por uma classe política desprezível, que já conseguiu transformar as próprias Forças Armadas em aliados para o projeto de poder perpétuo do PT?
A solidariedade da ajuda ao próximo nunca se converte em iniciativas de mudar esse modelo político criminoso que está destruindo o país; aqueles que ajudam a encontrar os sobreviventes ou mortos de outras famílias poderão estar próximos de serem as próximas vítimas do descaso da política ordinária que impera no país.

17/01/2011

1 comentários:

Anônimo disse...

INFELISMENTE NÃO POSSO FALAR O QUE PENSO,SOBRE A ATUAL POLÍTICA BRASILEIRA.DESDE QUE ADIQUERI O USO DA RAZÃO ACOMPANHO A POLÍTICA BRASILEIRA. CONFESSO;NUNCA VI NADA IGUAL, POLÍTICOS DESPREPARADOS.