Por Conde Loppeux de la Villanueva
A política atual é uma sucessão de enganos ideológicos, de grosserias patéticas. A imprensa brasileira, na cobertura da posse da presidente da república Dilma Roussef, vendeu a idéia “maravilhosa”, “sacrossanta”, de que o Brasil terá a primeira mulher com a faixa presidencial. O que isto tem de importante para a política, ainda não consigo entender. Mas parece que a democracia está sujeita a “agendas” politicamente corretas. Falo “democracia” no geral, porque nos Eua também a imprensa ocidental (e a brasileira não escapou da jumentice) bombardeou a tolice do “primeiro negro” presidente da nação norte-americana como o sinônimo milagroso do progresso humano.
“Primeira mulher”, “primeiro negro”, clichês vendidos como se fossem especialidades de um bicho de zoológico. E há mulheres e negros que se sentem lisonjeados com essa distinção tosca. Isto porque em antigas eras, a mulher e o negro no poder nunca seriam sinônimos de empolgação alguma. Alguém no século XVI acharia alguma “revolução sexual” nas monarquias europeias, se visualizassem mulheres da estirpe de Isabel a Católica, Elizabeth I, Mary Stuart ou Catarina de Medici como as monarcas mais poderosas e controvertidas de toda a Europa? Ou quem sabe Catarina II da Rússia ou Maria Teresa da Áustria, em pleno século XVIII? Com certeza, para os contemporâneos dessas monarcas, ser mulher era o de menos. Ainda que alguns pudessem objetar a ascensão do belo sexo no governo, os súditos estavam mais preocupados com as qualidades éticas, morais e políticas de suas majestades do que o sexo delas. Se o Brasil estudasse história, saberia que teve mulheres notáveis no governo, como a imperatriz Leopoldina e a princesa Isabel. Convém dizer que a principesca Isabel de Bragança fez mais pelos negros do que todo o famigerado Ministério racista da “Igualdade Racial”.
Porém a história da república brasileira é tão vergonhosa que precisa ignorar os tempos gloriosos em que o país foi monárquico. Claro, a monarquia é machista e a república é “feminista”. Os slogans políticos vazios de bom mocismo encontrados da democracia brasileira são mais importantes do que os fatos concretos que a desmoralizam.
O mesmo se diria dos negros. Não houve negros governantes, ao menos, na África? E ao que parece, os reis tribais africanos nunca foram exemplos cristãos de virtudes políticas. Só no mundo ocidental é que negros decentes tiveram chances de mostrar suas capacidades de governo.
E o sexo e a cor do candidato vão fazer diferença na capacidade de governar? E quantos homens negros e mulatos não tiveram importância na história política e cultural do Brasil? Com certeza esses homens negros tiveram mais qualidades intelectuais e políticas do que a "negritude" pagodeira ridícula da atualidade.
Se não bastassem os desvarios da cultura politicamente correta, o governo Lula inaugurou a era do sentimentalismo barato e da informalidade fingida, tudo para apelar às emoções diante do povo. O ex-presidente chorou quando recebeu o diploma presidencial, afirmando que era sua primeira graduação. Em outras épocas, sua expressão seria prova de presunção analfabeta, de estupidez intelectual.
Mas na época republicana, onde as massas choramingam por novelas das oito, o ex-presidente fez o papelão que a gente vulgar gosta de ver. Dilma Roussef não fez diferente: caiu em lágrimas no discurso em que se lembrava de sua militância de terrorista pró-comunista, pronta para destruir a democracia que a elegeu.
Pouca gente percebe a imaturidade deste posicionamento: Lula e Dilma tratam a investidura do poder como um ganho, uma “vitória”, um “capricho” e não uma obrigação que deve ser assumida em prol da nação. O imperador Dom Pedro II, quando foi coroado aos 14 anos de idade em 1840, sentiu na pele que aquilo era um encargo, um dever, uma posição em que ele não era dono de si. Nasceu para ser um homem de Estado e toda sua vida e educação foi direcionada para esse fim, o serviço da nação.
No entanto, passou todo o reinado odiando as pompas e preferia o anonimato, já que a coroa pesava demais em sua cabeça. E mesmo assim aceitou a sina imperial com determinação estóica. Sua simplicidade era natural e autêntica e em suas viagens despia-se da figura monárquica para viver a sina do cidadão comum, embora fosse um homem de uma erudição intelectual extraordinária. Lembremos, o imperador pagava suas próprias viagens por meio de empréstimos pessoais e não pegava um tostão do governo. Ao contrário de um monoglota como Lula, o imperador dominava várias línguas e traduzia várias obras clássicas do latim, do grego, do hebraico e do francês.
Não havia fingimento, nem dissimulação na sua humildade. Muitos que o conheciam, elogiavam a integridade daquele monarca sábio e melancólico.
E o que se pode tirar de Lula e Dilma Roussef? Lula chora, Lula sorri. Dilma chora, Dilma sorri. Puro teatro para escamotear uma sede de poder e privilégios. Se Lula é produto de uma imagem fabricada de “paz e amor” para camuflar sua antiga imagem raivosa de sindicalista apologista do atraso socialista, Dilma Rousseff esconde sua real e fria natureza de burocrata stalinista búlgara. Alimentou-se o mito do eterno “operário” presidencial, quando seu governo foi capaz de humilhar até um pobre caseiro, ao violarem seu sigilo bancário, através do ardil do Ministro da Fazenda Antônio Palocci. É pior, a nova governante chamou novamente o violador de contas bancárias para ministro. Claro que o grosso dos nordestinos que elegeu a herdeira de Lula não reconheceu naquele caseiro, também nordestino, um protótipo do que pode ser seu sofrimento. Ao que depreende, uma parte considerável de eleitores nordestinos pensa com o estomago. Muitos deles acreditam no Lula da propaganda, tal como os russos acreditavam nas peripécias do grande papai Stálin. . .
É péssima a memória do jornalismo, dos intelectuais e mesmo do povo, com relação a todo um passado político que revela a farsa. O fato de se eleger uma assaltante de bancos e terroristas não incomoda a uma boa parte dos brasileiros. Isto, apoiado por um presidente cuja ficha suja de corrupção, clientelismo e desmoralização das instituições democráticas é notória. E uma boa parte das elites, do povo e da mídia se prende aos sorrisos e choros piegas de dois embusteiros profissionais, para não verem o óbvio. De fato, até hoje o governo que se oculta por detrás câmeras e dos holofotes direciona a política externa do país, alinhando-se a ditaduras criminosas ou ao narcoterrorismo. Ou quando tenta criar projetos e métodos legais de calar a boca da imprensa ou de revogar as liberdades individuais. Mas quem se importa com isso, quando os pobres são alimentados como porcos e os ricos se vendem facilmente por outros farelos governamentais?
A república expulsou um imperador erudito para colocar um iletrado presunçoso e delinquente e uma burocrata comunista apagada, que se orgulha de seu passado de banditismo. A chuvarada de Brasília no dia da posse da nova presidente foi mau sinal dos céus.
A república brasileira já deixou de ser séria faz tempo. Talvez nunca tenha sido. Agora se tornou a república da canalhice, junto com a pieguice. . .
2 comentários:
Lula e sua mulher, devolvam tudo que foi afanado do palácio, pois 11 caminhões de mudança é uma aberração.
Mas Lula conta com a impunidade, pois ele acobertou tudo de errado em Brasília (mensalão, Sarney etc etc, e dá a Bolsa Família, bolsa escola, (diga-se de passagem, as escolas estão cada vez pior em todos os aspectos) com o intuito de se perpetuar no Poder(ele e o PT, pois o povão quer isto, tudo de graça e não trabalhar mais "deitar em berço explêndido"como o Lula se deitou e continua deitado.
Lula e sua mulher, devolvam tudo que foi afanado do palácio, pois 11 caminhões de mudança é uma aberração.
Mas Lula conta com a impunidade, pois ele acobertou tudo de errado em Brasília (mensalão, Sarney etc etc, e dá a Bolsa Família, bolsa escola, (diga-se de passagem, as escolas estão cada vez pior em todos os aspectos) com o intuito de se perpetuar no Poder(ele e o PT, pois o povão quer isto, tudo de graça e não trabalhar mais "deitar em berço explêndido"como o Lula se deitou e continua deitado.
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